domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Franco-Atirador

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Sean Penn, o novo Liam Neeson?

Baseado no livro “The Prone Gunman”, de Jean-Patrick Manchette, ‘O Franco-Atirador (The Gunman) traz o veterano Sean Penn no primeiro papel protagonista dentro de um filme de ação em sua carreira. Com o roteiro coescrito pelo próprio, Penn interpreta Jim Terrier, assassino de um grupo secreto de mercenários. Logo na abertura, vemos o protagonista em ação, precisando eliminar um ministro do Congo, na África.

Depois do ato, o regulamento a ser seguido é o desaparecimento, o que significa deixar para trás sua antiga vida, incluindo a companheira – interpretada pela bela italiana Jasmine Trinca. Alguns anos depois, Terrier vive como funcionário de uma ONG, retornando ao país africano para ajudar aldeias. Seu passado volta para assombrá-lo, quando assassinos tentam matá-lo. Agora, sua missão é descobrir os responsáveis por eliminar sua antiga equipe, ao mesmo tempo em que corre grande perigo sendo caçado pelos mesmos.



CinePop 4

Vale mencionar a força por trás do projeto. O produtor é Joel Silver, especialista no gênero, responsável por obras como ‘O Predador’, ‘Máquina Mortífera’, ‘Duro de Matar’ e ‘Matrix’. A direção é do francês Pierre Morel, que em 2008 deu nova guinada para a carreira de Liam Neeson com ‘Busca Implacável’. E por fim deve ser mencionado o envolvimento do astro Penn, que além de escrever e protagonizar, também produz o filme, o que demonstra que o ator realmente acreditava no projeto.

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O resultado, no entanto, fica abaixo do esperado. ‘O Franco-Atirador’ não é um exemplar inspirado do gênero, ao contrário, é um bem genérico e esquecível. O filme fica devendo nos aspectos que deveriam favorecê-lo, ou seja, uma história interessante e nova ou em cenas de ação que nos faça justamente esquecer a história (caso não seja o forte da produção). A ação confeccionada por Morel se resume a muitos tiros, dos quais nenhum jamais atinge o protagonista. A obra é pontuada por tiroteios constantes.

CinePop 3

A falta de ação desenfreada seria perdoada caso a obra fizesse uso de um roteiro interessante, com personagens chamativos e uma história que realmente nos capturasse. O que daria o tom de seriedade para um filme adulto do gênero. Mas aqui o material é reciclado. Uma trama aguada e diluída, que nos desafiará a lembrá-la na semana seguinte a termos saído da exibição. Sequer espaço de criação para bons atores é permitido. E aqui, Javier Bardem e Idris Elba são os mais prejudicados. Bardem recria mais um antagonista caricato (de filmes como ‘Skyfall’ e ‘O Conselheiro do Crime’), este perdendo por muito em comparação. E Elba aparece menos do que seu talento merece, em um personagem que poderia ser interpretado por qualquer ator.

Sean Penn, ator duas vezes vencedor do Oscar (‘Sobre Meninos e Lobos’ e ‘Milk: A Voz da Igualdade’), não consegue trazer sua intensidade performática de costume, e resume sua atuação a flexionar os músculos recém adquiridos, no auge de seus 54 anos (com uma Charlize Theron em casa, é bom estar em forma). Existem filmes de ação que não ressoam conosco após o termino da exibição, mas que enquanto assistimos nos entretém. Nem este fato é verdade com ‘O Franco-Atirador’. A falta de energia é sentida. Para não apontar o filme como um desperdício completo, vale mencionar novamente a participação refrescante da italiana Trinca, que possui uma boa presença de cena.

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Depois do ato, o regulamento a ser seguido é o desaparecimento, o que significa deixar para trás sua antiga vida, incluindo a companheira – interpretada pela bela italiana Jasmine Trinca. Alguns anos depois, Terrier vive como funcionário de uma ONG, retornando ao país africano para ajudar aldeias. Seu passado volta para assombrá-lo, quando assassinos tentam matá-lo. Agora, sua missão é descobrir os responsáveis por eliminar sua antiga equipe, ao mesmo tempo em que corre grande perigo sendo caçado pelos mesmos.

CinePop 4

Vale mencionar a força por trás do projeto. O produtor é Joel Silver, especialista no gênero, responsável por obras como ‘O Predador’, ‘Máquina Mortífera’, ‘Duro de Matar’ e ‘Matrix’. A direção é do francês Pierre Morel, que em 2008 deu nova guinada para a carreira de Liam Neeson com ‘Busca Implacável’. E por fim deve ser mencionado o envolvimento do astro Penn, que além de escrever e protagonizar, também produz o filme, o que demonstra que o ator realmente acreditava no projeto.

O resultado, no entanto, fica abaixo do esperado. ‘O Franco-Atirador’ não é um exemplar inspirado do gênero, ao contrário, é um bem genérico e esquecível. O filme fica devendo nos aspectos que deveriam favorecê-lo, ou seja, uma história interessante e nova ou em cenas de ação que nos faça justamente esquecer a história (caso não seja o forte da produção). A ação confeccionada por Morel se resume a muitos tiros, dos quais nenhum jamais atinge o protagonista. A obra é pontuada por tiroteios constantes.

CinePop 3

A falta de ação desenfreada seria perdoada caso a obra fizesse uso de um roteiro interessante, com personagens chamativos e uma história que realmente nos capturasse. O que daria o tom de seriedade para um filme adulto do gênero. Mas aqui o material é reciclado. Uma trama aguada e diluída, que nos desafiará a lembrá-la na semana seguinte a termos saído da exibição. Sequer espaço de criação para bons atores é permitido. E aqui, Javier Bardem e Idris Elba são os mais prejudicados. Bardem recria mais um antagonista caricato (de filmes como ‘Skyfall’ e ‘O Conselheiro do Crime’), este perdendo por muito em comparação. E Elba aparece menos do que seu talento merece, em um personagem que poderia ser interpretado por qualquer ator.

Sean Penn, ator duas vezes vencedor do Oscar (‘Sobre Meninos e Lobos’ e ‘Milk: A Voz da Igualdade’), não consegue trazer sua intensidade performática de costume, e resume sua atuação a flexionar os músculos recém adquiridos, no auge de seus 54 anos (com uma Charlize Theron em casa, é bom estar em forma). Existem filmes de ação que não ressoam conosco após o termino da exibição, mas que enquanto assistimos nos entretém. Nem este fato é verdade com ‘O Franco-Atirador’. A falta de energia é sentida. Para não apontar o filme como um desperdício completo, vale mencionar novamente a participação refrescante da italiana Trinca, que possui uma boa presença de cena.

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