segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | O Homem mais Odiado da Internet: Original Netflix denuncia o submundo da depravação virtual

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Como uma faca de dois gumes, a internet e as redes sociais deram voz a todos os tipos de anseios, trazendo como efeito colateral um emaranhado de atrocidades divulgadas sob a pecha do anonimato. A história de Hunter Moore não foi bem assim. Mas como alguém que surgiu das profundezas do mais grotesco esgoto, ele se tornou um dos grandes precursores da pornografia de vingança, ganhando a vida a partir de um site que se alimentava de nudes de homens e mulheres – na maioria das vezes sem seu consentimento. Hackeando informações pessoais e fotos íntimas jamais publicamente divulgadas, não é atoa que ele acabou se tornando O Homem mais Odiado da Internet.



A minissérie original da Netflix, dirigida por Rob Miller, se aprofunda na história de um pária que se consagrou no cânone de subcelebridades por conta de seu site, sempre abastecido por fotos constrangedoras e bastante reveladoras. Em uma época onde o mundo ainda estava aprendendo a lidar com a internet em termos legais (como copyright e distribuição de conteúdo explícito e gráfico sem discriminação), Hunter Moore se tornou em 2011 o que hoje chamamos de influencer. E ao longo de três episódios, O Homem mais Odiado da Internet vai além de sua famigerada história de ascensão e queda e se concentra em contar a narrativa mais importante: A obstinação de uma mãe que não mede esforços para lutar pela honra de sua filha.

A produção documental nos chama atenção para além de seu título extremamente chamativo e completamente condizente com a persona de Moore. A minissérie detalha os bastidores da saga de Charlotte Laws, que foi até às últimas consequências para desbancar um criminoso POP que até chegou a ter o seu próprio exército de minions – um culto chamado Família. No decorrer das quase três horas de documentário, acompanhamos todas as fases da investigação, que alcançou veículos de imprensa como The Rolling Stones e Village, chegando a se transformar em uma grandiosa investigação do FBI.

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Com um material fonte bem gráfico (mas todos devidamente censurados), a produção conta com diversas entrevistas com vítimas e outras figuras diretamente associadas a Moore e pode ser emocionalmente exaustiva. Disposta a causar um verdadeiro embrulho no estômago, a original Netflix denuncia o submundo da depravação virtual e expõe o que há de mais horrendo e nojento na internet. Nos lembrando que muitas vezes o ambiente online é sim uma terra de ninguém, O Homem mais Odiado da Internet faz um perfil importante sobre um dos influencers mais desprezíveis e permite que outros públicos fora da América do Norte conheçam a fundo não apenas sua trajetória demoníaca, mas também a jornada heróica de uma mulher que não desistiu de buscar justiça.

Com uma montagem excelente e uma boa direção (que peca apenas por aquelas batidas simulações), a minissérie salienta a força que a Netflix tem quando se trata de produzir documentários. Doloroso de assistir, mas também muito necessário e inspirador, O Homem Mais Odiado do Mundo deve ser consumido entre pequenas pausas, exige uma enorme disposição emocional, mas é também um refrigério de que mesmo em tempos de cyberbullying, é possível combater a impunidade que sustenta os abusadores virtuais.

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Como uma faca de dois gumes, a internet e as redes sociais deram voz a todos os tipos de anseios, trazendo como efeito colateral um emaranhado de atrocidades divulgadas sob a pecha do anonimato. A história de Hunter Moore não foi bem assim. Mas como alguém que surgiu das profundezas do mais grotesco esgoto, ele se tornou um dos grandes precursores da pornografia de vingança, ganhando a vida a partir de um site que se alimentava de nudes de homens e mulheres – na maioria das vezes sem seu consentimento. Hackeando informações pessoais e fotos íntimas jamais publicamente divulgadas, não é atoa que ele acabou se tornando O Homem mais Odiado da Internet.

A minissérie original da Netflix, dirigida por Rob Miller, se aprofunda na história de um pária que se consagrou no cânone de subcelebridades por conta de seu site, sempre abastecido por fotos constrangedoras e bastante reveladoras. Em uma época onde o mundo ainda estava aprendendo a lidar com a internet em termos legais (como copyright e distribuição de conteúdo explícito e gráfico sem discriminação), Hunter Moore se tornou em 2011 o que hoje chamamos de influencer. E ao longo de três episódios, O Homem mais Odiado da Internet vai além de sua famigerada história de ascensão e queda e se concentra em contar a narrativa mais importante: A obstinação de uma mãe que não mede esforços para lutar pela honra de sua filha.

A produção documental nos chama atenção para além de seu título extremamente chamativo e completamente condizente com a persona de Moore. A minissérie detalha os bastidores da saga de Charlotte Laws, que foi até às últimas consequências para desbancar um criminoso POP que até chegou a ter o seu próprio exército de minions – um culto chamado Família. No decorrer das quase três horas de documentário, acompanhamos todas as fases da investigação, que alcançou veículos de imprensa como The Rolling Stones e Village, chegando a se transformar em uma grandiosa investigação do FBI.

Com um material fonte bem gráfico (mas todos devidamente censurados), a produção conta com diversas entrevistas com vítimas e outras figuras diretamente associadas a Moore e pode ser emocionalmente exaustiva. Disposta a causar um verdadeiro embrulho no estômago, a original Netflix denuncia o submundo da depravação virtual e expõe o que há de mais horrendo e nojento na internet. Nos lembrando que muitas vezes o ambiente online é sim uma terra de ninguém, O Homem mais Odiado da Internet faz um perfil importante sobre um dos influencers mais desprezíveis e permite que outros públicos fora da América do Norte conheçam a fundo não apenas sua trajetória demoníaca, mas também a jornada heróica de uma mulher que não desistiu de buscar justiça.

Com uma montagem excelente e uma boa direção (que peca apenas por aquelas batidas simulações), a minissérie salienta a força que a Netflix tem quando se trata de produzir documentários. Doloroso de assistir, mas também muito necessário e inspirador, O Homem Mais Odiado do Mundo deve ser consumido entre pequenas pausas, exige uma enorme disposição emocional, mas é também um refrigério de que mesmo em tempos de cyberbullying, é possível combater a impunidade que sustenta os abusadores virtuais.

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