quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | O Jogo das Chaves – Série com Maite Perroni tem Troca de Casais e BDSM

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Um pouco antes do sucesso ‘Desejo Sombrio’, da Netflix, a queridinha Maite Perroni estrelou uma oooooutra série que envolvia sexo, desejos proibidos e alguma perversão. Estamos falando de ‘O Jogo das Chaves’, série de 2019 que traz a ex-RBD no papel principal e está atualmente em cartaz na Amazon Prime.



Adriana (Maite Perroni) é uma mulher já beirando os 40 anos, casada com Óscar (Humberto Busto) desde o Ensino Médio, mãe de uma jovem de quinze anos e bem realizada em sua profissão como cerimonialista de casamento. Até o dia em que reencontra sem querer ao seu antigo crush de escola, Sérgio (Sebastián Zurita), cuja namorada, Siena (Ela Velden) convida Adriana, Sérgio e os amigos deles – Barbie (Fabiola Campomanes), Leo (Hugo Catalán), Valentín (Horacio Pancheri) e Gabi (Marimar Veja) – a dar uma variada no relacionamento e jogar o tal ‘O Jogo das Chaves’, que consiste em todos os homens colocarem as chaves do carro em uma caixa; em seguida, as mulheres escolhem uma chave e o dono da chave será seu parceiro sexual naquela noite.

Criada por Marisa Quiroga, o argumento da série é bem interessante, especialmente no início de cada capítulo, que traz estatísticas que dialogam com o tema do episódio e demonstram ao espectador percentuais sobre fantasias sexuais, infidelidade, infelicidade, etc – embora não diga a fonte desses números. O roteiro de Verónica Bellver, Sandro Halphen e Patrick McGinley tem seus pontos previsíveis, mas consegue dosar muito bem a comicidade com a imprevisibilidade da vida, alternando os jogos sexuais com suas consequências na vida dos casais. Em dez episódios com pouco menos de trinta minutos, nem sentimos a série passar. Destacamos o terceiro episódio e toda a sequência que leva à prisão – simplesmente hilária!

Toda vez que uma série ou filme aborda o tema do sexo, relega um desafio à direção em conseguir retratar as cenas sem torná-las nem vulgar, nem irreal. Nesse ponto, a direção tripla de Kenya Marquez, Javier Colina e Fernando Lebrija flui com bastante naturalidade, mostrando o que é preciso mostrar (e quando) e deixando a imaginação do espectador projetar as cenas que não pedem explicitação. Ao mesmo tempo, aproveitam bem a iluminação natural das locações abertas para contrastar essas cores com o humor dos personagens, ajudando-nos a sentir junto com eles.

Ter um resultado tão positivo em uma primeira temporada só é possível em ‘O Jogo das Chaves’ graças a um elenco firme e seguro do que está fazendo, que se provou entrosado e, em sua maioria, capaz de interpretar seus papéis com solidez. Os destaques vão para o casal Barbie (Fabiola Campomanes) e Leo (Hugo Catalán), hilários como uma mulher independente financeiramente e um homem pseudo-revolucionário mas que adora ter as vantagens do mundo capitalista; e também para Maite Perroni, que de novo faz o papel de uma mãe de adolescente, mas que novamente se mostra bastante desinibida e segura de seu próprio corpo para topar projetos tão desafiadores – e, ainda por cima, manter essa segurança quando suas personagens estão totalmente inseguras de si mesmas.

É preciso falar brevemente sobre a legenda disponibilizada pela Amazon Prime, que está simplesmente péssima. Se você quiser ver no áudio original, prepare-se para uma tradução a la Google Translator, com um portunhol macarronado que mais confunde que ajuda. Sugestão: se não conseguir entender no áudio original em espanhol da série mexicana, veja dublado.

Embora escorregue aqui e ali em estereótipos previsíveis, ‘O Jogo das Chaves’ é uma série divertida sobre maturidade emocional do matrimônio, tratando de temas como os desejos e as fantasias não realizadas ao longo da vida, a monogamia e a confiança. É uma série que ao mesmo tempo em que diverte, faz refletir.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Adriana (Maite Perroni) é uma mulher já beirando os 40 anos, casada com Óscar (Humberto Busto) desde o Ensino Médio, mãe de uma jovem de quinze anos e bem realizada em sua profissão como cerimonialista de casamento. Até o dia em que reencontra sem querer ao seu antigo crush de escola, Sérgio (Sebastián Zurita), cuja namorada, Siena (Ela Velden) convida Adriana, Sérgio e os amigos deles – Barbie (Fabiola Campomanes), Leo (Hugo Catalán), Valentín (Horacio Pancheri) e Gabi (Marimar Veja) – a dar uma variada no relacionamento e jogar o tal ‘O Jogo das Chaves’, que consiste em todos os homens colocarem as chaves do carro em uma caixa; em seguida, as mulheres escolhem uma chave e o dono da chave será seu parceiro sexual naquela noite.

Criada por Marisa Quiroga, o argumento da série é bem interessante, especialmente no início de cada capítulo, que traz estatísticas que dialogam com o tema do episódio e demonstram ao espectador percentuais sobre fantasias sexuais, infidelidade, infelicidade, etc – embora não diga a fonte desses números. O roteiro de Verónica Bellver, Sandro Halphen e Patrick McGinley tem seus pontos previsíveis, mas consegue dosar muito bem a comicidade com a imprevisibilidade da vida, alternando os jogos sexuais com suas consequências na vida dos casais. Em dez episódios com pouco menos de trinta minutos, nem sentimos a série passar. Destacamos o terceiro episódio e toda a sequência que leva à prisão – simplesmente hilária!

Toda vez que uma série ou filme aborda o tema do sexo, relega um desafio à direção em conseguir retratar as cenas sem torná-las nem vulgar, nem irreal. Nesse ponto, a direção tripla de Kenya Marquez, Javier Colina e Fernando Lebrija flui com bastante naturalidade, mostrando o que é preciso mostrar (e quando) e deixando a imaginação do espectador projetar as cenas que não pedem explicitação. Ao mesmo tempo, aproveitam bem a iluminação natural das locações abertas para contrastar essas cores com o humor dos personagens, ajudando-nos a sentir junto com eles.

Ter um resultado tão positivo em uma primeira temporada só é possível em ‘O Jogo das Chaves’ graças a um elenco firme e seguro do que está fazendo, que se provou entrosado e, em sua maioria, capaz de interpretar seus papéis com solidez. Os destaques vão para o casal Barbie (Fabiola Campomanes) e Leo (Hugo Catalán), hilários como uma mulher independente financeiramente e um homem pseudo-revolucionário mas que adora ter as vantagens do mundo capitalista; e também para Maite Perroni, que de novo faz o papel de uma mãe de adolescente, mas que novamente se mostra bastante desinibida e segura de seu próprio corpo para topar projetos tão desafiadores – e, ainda por cima, manter essa segurança quando suas personagens estão totalmente inseguras de si mesmas.

É preciso falar brevemente sobre a legenda disponibilizada pela Amazon Prime, que está simplesmente péssima. Se você quiser ver no áudio original, prepare-se para uma tradução a la Google Translator, com um portunhol macarronado que mais confunde que ajuda. Sugestão: se não conseguir entender no áudio original em espanhol da série mexicana, veja dublado.

Embora escorregue aqui e ali em estereótipos previsíveis, ‘O Jogo das Chaves’ é uma série divertida sobre maturidade emocional do matrimônio, tratando de temas como os desejos e as fantasias não realizadas ao longo da vida, a monogamia e a confiança. É uma série que ao mesmo tempo em que diverte, faz refletir.

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