quarta-feira , 27 novembro , 2024

Crítica | O Mandaloriano é uma maravilhosa aventura Star Wars com um pé na saga original

Popularização ou banalização, chame como quiser. Independente da terminologia, é inerente o impacto sócio cultural que a já amada franquia Star Wars alcançou desde seu retorno às telonas com novos episódios e spin-offs, iniciados com O Despertar da Força (2015). Desde então, a peculiar e vanguardista saga criada por George Lucas e certa vez compartilhada por ele em seu círculo íntimo de Movie Brats (composto por Steven Spielberg, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Brian De Palma) ganhou proporções bíblicas, chegando aos mais diversos formatos midiáticos, graças à tecnologia.

E agora, Jon Favreau assume o controle da propriedade intelectual do veterano cineasta, dando sequência em seu legado original com O Mandaloriano, uma aventura Star Wars cravada no futuro do streaming Disney+, mas que mantém um pézinho em seu saudoso passado.

Essencialmente, a primeira série live-action original de Star Wars é como todo fã da marca gostaria que fosse: redundantemente bem Star Wars. Das transições de cenas, aos cortes secos, o que torna a franquia um deleite à sua maneira é justamente sua habilidade de ser irreverente e fantabulosa na construção de seus personagens, à medida que também é prática e quase sem estética em sua tecnicidade no estilo de filmagem. Eu disse quase. Justamente porque é essa simplicidade e peculiaridade nascida no Episódio IV que torna a saga uma experiência única e de fato totalmente autêntica em seu formato de gravação. Original desde o princípio, o universo de George Lucas possui seus maneirismos, do desenrolar do roteiro à mesa de edição, e Favreau soube captar isso, respeitando o que faz de Star Wars o clássico imortal que é, conforme ainda entrega sua própria porção desse expansivo mundo.

O Mandaloriano logo de cara nos apresenta ao universo de caçadores de recompensa, mas mantém seus mistérios quanto à dialética e sistemática desse submundo. Aqui, rapidamente encontramos o familiar rosto de Lando Calrissian (Carl Weathers), como uma forma acalentadora de recepcionar os fãs mais antigos que buscam easter-eggs e outras referências diretas à trilogia que deu início a tudo. E a série criada e roteirizada por Favreau se atentou justamente a isso, dispondo elementos identificáveis para o público mais atento, como um Boba Fett deslocado em segundo plano, além de pequenos elementos que compõem o universo expansivo de Star Wars. Isso ajuda a tornar a experiência ainda mais rica, permitindo que o envolvimento com a narrativa seja quase instantâneo, de tão bem apresentado que é.

E em seu primeiro episódio a série caminha com solidez, captura a atenção por suas rápidas e bem arquitetadas cenas introdutórias de luta e faz disso seu engate para mostrar a que veio. Caminhando com naturalidade, como se fôssemos convidados para testemunhar uma narrativa há muito tempo em andamento, a produção da Lucasfilm atira primeiro, para explicar depois, gerando um fascínio inaugural em primeira instância. Curiosos, ficamos atentos a fim de saber para onde seremos levados pelos próximos capítulos. Ainda mantendo muito sigilo sobre qual é a genuína aventura de O Mandaloriano, a série também é bem dirigida, produzida e enaltece o realismo amado de Star Wars em sets bem construídos e arquitetados, que garantem a sensação de que tudo fora planejado de maneira espaçosa. Sua estética ainda conta com um excepcional trabalho de maquiagem e um design de produção rico e palpável.

Com efeitos visuais práticos que garantem a mesma qualidade fílmica dos longas de altíssimos orçamentos da franquia, a série não perde em nada em se tratando de sua qualidade, sabe dosar o seu ritmo para construir um clímax que valha a atenção no primeiro capítulo e se encerra de maneira surpreendente, revelando um easter-egg genial e que certifica uma real conexão com os filmes originais. Mas ainda como uma grande incógnita na mente da audiência, o enigmático final do episódio de abertura de O Mandaloriano nos lembra que nessa mesma fonte onde algumas das mais fascinantes histórias de Star Wars nasceram, há sempre um frescor novo para saciar os fãs mais apaixonados.

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E agora, Jon Favreau assume o controle da propriedade intelectual do veterano cineasta, dando sequência em seu legado original com O Mandaloriano, uma aventura Star Wars cravada no futuro do streaming Disney+, mas que mantém um pézinho em seu saudoso passado.

Essencialmente, a primeira série live-action original de Star Wars é como todo fã da marca gostaria que fosse: redundantemente bem Star Wars. Das transições de cenas, aos cortes secos, o que torna a franquia um deleite à sua maneira é justamente sua habilidade de ser irreverente e fantabulosa na construção de seus personagens, à medida que também é prática e quase sem estética em sua tecnicidade no estilo de filmagem. Eu disse quase. Justamente porque é essa simplicidade e peculiaridade nascida no Episódio IV que torna a saga uma experiência única e de fato totalmente autêntica em seu formato de gravação. Original desde o princípio, o universo de George Lucas possui seus maneirismos, do desenrolar do roteiro à mesa de edição, e Favreau soube captar isso, respeitando o que faz de Star Wars o clássico imortal que é, conforme ainda entrega sua própria porção desse expansivo mundo.

O Mandaloriano logo de cara nos apresenta ao universo de caçadores de recompensa, mas mantém seus mistérios quanto à dialética e sistemática desse submundo. Aqui, rapidamente encontramos o familiar rosto de Lando Calrissian (Carl Weathers), como uma forma acalentadora de recepcionar os fãs mais antigos que buscam easter-eggs e outras referências diretas à trilogia que deu início a tudo. E a série criada e roteirizada por Favreau se atentou justamente a isso, dispondo elementos identificáveis para o público mais atento, como um Boba Fett deslocado em segundo plano, além de pequenos elementos que compõem o universo expansivo de Star Wars. Isso ajuda a tornar a experiência ainda mais rica, permitindo que o envolvimento com a narrativa seja quase instantâneo, de tão bem apresentado que é.

E em seu primeiro episódio a série caminha com solidez, captura a atenção por suas rápidas e bem arquitetadas cenas introdutórias de luta e faz disso seu engate para mostrar a que veio. Caminhando com naturalidade, como se fôssemos convidados para testemunhar uma narrativa há muito tempo em andamento, a produção da Lucasfilm atira primeiro, para explicar depois, gerando um fascínio inaugural em primeira instância. Curiosos, ficamos atentos a fim de saber para onde seremos levados pelos próximos capítulos. Ainda mantendo muito sigilo sobre qual é a genuína aventura de O Mandaloriano, a série também é bem dirigida, produzida e enaltece o realismo amado de Star Wars em sets bem construídos e arquitetados, que garantem a sensação de que tudo fora planejado de maneira espaçosa. Sua estética ainda conta com um excepcional trabalho de maquiagem e um design de produção rico e palpável.

Com efeitos visuais práticos que garantem a mesma qualidade fílmica dos longas de altíssimos orçamentos da franquia, a série não perde em nada em se tratando de sua qualidade, sabe dosar o seu ritmo para construir um clímax que valha a atenção no primeiro capítulo e se encerra de maneira surpreendente, revelando um easter-egg genial e que certifica uma real conexão com os filmes originais. Mas ainda como uma grande incógnita na mente da audiência, o enigmático final do episódio de abertura de O Mandaloriano nos lembra que nessa mesma fonte onde algumas das mais fascinantes histórias de Star Wars nasceram, há sempre um frescor novo para saciar os fãs mais apaixonados.

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