terça-feira, março 19, 2024

Crítica | O Menino Que Matou Meus Pais – Manipulação e Obsessão dão o tom da versão de Suzane sobre o CRIME

No dia 31/10/2002, o Brasil ficou estarrecido diante da notícia de uma jovem que, junto com o namorado e o irmão dele, teria assassinado os próprios pais. Com passar do tempo e o julgamento em júri popular, esta bizarra história foi sendo desvendada. A motivação e o verdadeiro grau de envolvimento de Suzane von Richthofen chega agora ao público através da ficção, com o longa metragem ‘O Menino Que Matou Meus Pais’, que estreia exclusivamente na Amazon Prime.

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Suzane von Richthofen (a ex-BBB Carla Diaz) vive em harmonia com seu irmão mais novo, Andreas (Kauan Ceglio), a mãe, Marísia (Vera Zimmermann) e o pai, Manfred (Leonardo Medeiros). Um dia ela vai com a mãe e o irmão a uma pista de aeromodelo, onde o irmão passa a ter aulas com Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt). O rapaz imediatamente se apaixona por Suzane, e, rápido demais, os dois começam a namorar sério, mesmo ela tendo cerca de 15 anos e ele ter mais de 20. A relação dos dois escalona do amor à possessão em um ritmo tão intenso que, com o passar dos anos, acaba se tornando a única razão de existir do casal – e tudo e todos que se colocam como empecilhos para a felicidade deles se torna um estorvo, incluindo os pais de Suzane. Por isso, eles decidem matá-los.

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Planejado inicialmente para ser um lançamento simultaneamente nos cinemas junto com a outra versão dos fatos, intitulada ‘A Menina Que Matou Os Pais’, por conta da pandemia e dos atrasos nas estreias nas salas de cinema os filmes acabaram sendo disponibilizados diretamente na plataforma da Amazon Prime – e essa foi a decisão mais acertada dos produtores. Embora conte com a curiosidade do espectador em tentar decidir por si mesmos quem está mentindo nessa história, a verdade é que assistir a essas duas produções seguidamente nas telonas poderia se tornar algo cansativo – porém isso não acontece quando estamos no conforto de nosso lar. Recomenda-se, portanto, assistir um filme em cada dia, para fins de refletir sobre os personagens.

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Mais do que inspirado em fatos, o longa é na verdade o resultado de anos de trabalho da criminóloga Ilana Casoy, que acompanhou de perto o julgamento dos acusados e toda a sua repercussão à época. Portanto, o roteiro que ela assina com Raphael Montes se baseia nos autos desse julgamento, de modo que, uma vez que foi a júri popular, os fatos, destarte, se tornaram públicos.

Com uma hora e vinte e sete minutos de duração, o suspense se divide em três momentos desse relacionamento ao longo de cinco anos, e, como dedica sua essência em demonstrar a evolução do amor dos dois, acaba ficando um pouco repetitivo. Entretanto, o olhar de Suzane sobre Daniel – apesar de sua dissimulação no tribunal – nos faz de fato acreditar que ele era um sujeito egoísta, egóico, possessivo e ciumento – características estas bem demonstradas pela interpretação de Leonardo Bittencourt.

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Não deixe de assistir:

O espectador desavisado pode achar que ‘O Menino Que Matou Meus Pais’ conta a história de Daniel Cravinhos, mas, melhor que isso, é a versão de Suzane sobre como ela foi gradativamente perdendo sua inocência por conta da má influência de Daniel e Cristian (Allan Souza Lima). Assim, para quem estiver na dúvida, a recomendação é começar por este, pois como temos a narrativa de Suzane sobre como tudo aconteceu, partimos do princípio da inocência antes de formularmos nossa própria opinião. Agora é seguir para o próximo filme e fazer o seu próprio julgamento.

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