sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | O Paciente Perdido – Netflix Estreia Suspense Psicológico Francês de dar Nó na Cabeça

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Podemos já falar “que saudade a gente estava de um bom suspense psicológico”? Talvez não seja exagero dizer isso, afinal, em um leque grande de opções que a Netflix oferece mensalmente em sua plataforma aos seus assinantes chega todo tipo de filme, porém, especificamente no gênero do suspense, a coisa fica um pouco mais restrita, pois, apesar de o streaming até ter uma gama de opções que circundam o thriller, a bem da verdade são poucos os filmes que são realmente bons nesta categoria, que fazem valer a pena o tempo investido pelo espectador. Felizmente é o caso de ‘O Paciente Perdido’, novo suspense francês que, desde a sua estreia na plataforma, tem figurado entre as primeiras posições do Top 10 da gigante do streaming.



Thomas Grimaud (Txomin Vergez) acordou no hospital. Desorientado, ele não sabe o que aconteceu para estar ali, apenas entende que há uma psicóloga tentando ajudá-lo e enfermeiros dispostos a cuidar dele. Aos poucos, Thomas entende a verdade: ele fora encontrado esfaqueado na sala de sua própria casa, e toda a sua família estava morta, assassinada na mesma noite que ele fora encontrado. Confuso e sem conseguir linkar a ordem dos acontecimentos, ao mesmo tempo em que vai fazendo fisioterapia para voltar a andar, Thomas vai tentando recuperar sua memória e lembrar o que aconteceu de fato na noite em que sua família morreu, ao mesmo tempo em que tenta descobrir o paradeiro de sua irmã, Laura (Rebecca Williams), que está desaparecida. Só que ele também precisa tomar cuidado, pois um encapuzado misterioso está rondando o hospital, à sua espreita.

Em uma hora e quarenta de duração, ‘O Paciente Perdido’ constrói um bom suspense psicológico do tipo quebra-cabeças, em que tanto o protagonista quando o espectador precisam ir encontrando os pedaços da história e juntando-os à medida em que os elementos vão sendo inseridos no enredo. O roteiro de Elodie Namer e Christophe Charrier, baseado na história em quadrinho de Timothé Le Boucher, faz um bom uso do mote criado pelo quadrinista e o adapta bem à linguagem audiovisual, exercendo a influência da iluminação com a movimentação da câmera se aproximando/afastando para corroborar o clima de tensão no ar vivida pelo protagonista cuja movimentação é limitada dada sua condição física, e que, por sua vez, se ancora na boa expressividade de Txomin Vergez, capaz de intercalar de humor tão somente com sua expressão facial.

Dirigido pelo próprio Christophe Charrier, a montagem de ‘O Paciente Perdido’ é peça fundamental para costurar os flashbacks do protagonista com o tempo presente da ficção de modo a confundir o espectador sobre a veracidade de elementos e personagens em contextos em que são apresentados. Nada é definido até que o espectador chega ao fim do filme, e é isso que buscamos em um bom suspense psicológico.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Thomas Grimaud (Txomin Vergez) acordou no hospital. Desorientado, ele não sabe o que aconteceu para estar ali, apenas entende que há uma psicóloga tentando ajudá-lo e enfermeiros dispostos a cuidar dele. Aos poucos, Thomas entende a verdade: ele fora encontrado esfaqueado na sala de sua própria casa, e toda a sua família estava morta, assassinada na mesma noite que ele fora encontrado. Confuso e sem conseguir linkar a ordem dos acontecimentos, ao mesmo tempo em que vai fazendo fisioterapia para voltar a andar, Thomas vai tentando recuperar sua memória e lembrar o que aconteceu de fato na noite em que sua família morreu, ao mesmo tempo em que tenta descobrir o paradeiro de sua irmã, Laura (Rebecca Williams), que está desaparecida. Só que ele também precisa tomar cuidado, pois um encapuzado misterioso está rondando o hospital, à sua espreita.

Em uma hora e quarenta de duração, ‘O Paciente Perdido’ constrói um bom suspense psicológico do tipo quebra-cabeças, em que tanto o protagonista quando o espectador precisam ir encontrando os pedaços da história e juntando-os à medida em que os elementos vão sendo inseridos no enredo. O roteiro de Elodie Namer e Christophe Charrier, baseado na história em quadrinho de Timothé Le Boucher, faz um bom uso do mote criado pelo quadrinista e o adapta bem à linguagem audiovisual, exercendo a influência da iluminação com a movimentação da câmera se aproximando/afastando para corroborar o clima de tensão no ar vivida pelo protagonista cuja movimentação é limitada dada sua condição física, e que, por sua vez, se ancora na boa expressividade de Txomin Vergez, capaz de intercalar de humor tão somente com sua expressão facial.

Dirigido pelo próprio Christophe Charrier, a montagem de ‘O Paciente Perdido’ é peça fundamental para costurar os flashbacks do protagonista com o tempo presente da ficção de modo a confundir o espectador sobre a veracidade de elementos e personagens em contextos em que são apresentados. Nada é definido até que o espectador chega ao fim do filme, e é isso que buscamos em um bom suspense psicológico.

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