domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | ‘O Próximo Passo’: Os paralelos entre o movimento do corpo e a vida [Festival Varilux]

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Os intensos paralelos entre a dança, o corpo e as formas de enxergamos nossa vida. Um dos filmes mais impactantes da seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2022, O Próximo Passo, nos leva a uma viagem, as vezes profunda, as vezes com leveza, de uma bailarina que vê sua vida mudar completamente após uma situação. Traçando semelhanças entre a dança e o que acontece na vida, um dos méritos dessa poderosa produção francesa é conseguir um entendimento entre os movimentos que são pré estabelecidos, no caso da dança clássica (na vida, o que planejamos para nosso futuro), com as questões do improviso, a dança contemporânea (as eventualidades do viver). Dirigido pelo cineasta Cédric Klapisch, a produção conta como protagonista, Marion Barbeau, dançarina principal da famosa companhia de Ballet da Ópera de Paris, em seu primeiro papel como atriz.

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Na trama, conhecemos a bailarina profissional, de 26 anos, Elise (Marion Barbeau), uma mulher que após sofrer uma contusão durante uma apresentação pela companhia de dança que fazia parte ruma para uma estrada de redescobertas como pessoa, como profissional da dança, entre desilusões do amor, novas oportunidades, buscando também uma melhora no relacionamento com os que ama, principalmente seu pai, o advogado Henri (Denis Podalydès). Ao longo de quase duas horas de filme, que deixa um gosto de quero mais, somos testemunhas de sequências empolgantes onde o nosso refletir está em todos os lugares.

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A sincronia, a força, o drama, o protagonismo da própria vida. O cineasta Cédric Klapisch consegue encher a tela de emoção dentro de um foco na desconstrução de uma jovem que embarca numa autoanálise profunda, uma redescoberta. O ritmo é lento no início mas aos poucos vamos entendendo a proposta de Klapisch que tem objetivo nos fazer refletir sobre a vida através do pulsante universo conectivo da dança, essa ação cultural, empolgante que tem drama, alegria, assim como as trajetórias de nossa existência.

Os ricos coadjuvantes contribuem muito para contar essa história de infinitas interpretações, onde a dança incorpora um papel importante, sendo deixado implícito os certeiros e criativos paralelos entre o que é pré estabelecido e o que vira improviso. Tem as novas compreensões sobre amores após uma traição, enxergamos um novo olhar para coisas que estavam em nossa frente através do ouvir melhor o que o outro tem pra dizer, as novas conexões que acabam abrindo caminhando deixando um ponto de interrogação proposital sobre o futuro pois há escolhas que ainda virão.

O Próximo Passo é um raio-x visceral na vida de uma artista, uma batalhadora da cultura, que aprende a enxergar na dança paralelos com sua própria realidade.

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Os intensos paralelos entre a dança, o corpo e as formas de enxergamos nossa vida. Um dos filmes mais impactantes da seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2022, O Próximo Passo, nos leva a uma viagem, as vezes profunda, as vezes com leveza, de uma bailarina que vê sua vida mudar completamente após uma situação. Traçando semelhanças entre a dança e o que acontece na vida, um dos méritos dessa poderosa produção francesa é conseguir um entendimento entre os movimentos que são pré estabelecidos, no caso da dança clássica (na vida, o que planejamos para nosso futuro), com as questões do improviso, a dança contemporânea (as eventualidades do viver). Dirigido pelo cineasta Cédric Klapisch, a produção conta como protagonista, Marion Barbeau, dançarina principal da famosa companhia de Ballet da Ópera de Paris, em seu primeiro papel como atriz.

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Na trama, conhecemos a bailarina profissional, de 26 anos, Elise (Marion Barbeau), uma mulher que após sofrer uma contusão durante uma apresentação pela companhia de dança que fazia parte ruma para uma estrada de redescobertas como pessoa, como profissional da dança, entre desilusões do amor, novas oportunidades, buscando também uma melhora no relacionamento com os que ama, principalmente seu pai, o advogado Henri (Denis Podalydès). Ao longo de quase duas horas de filme, que deixa um gosto de quero mais, somos testemunhas de sequências empolgantes onde o nosso refletir está em todos os lugares.

A sincronia, a força, o drama, o protagonismo da própria vida. O cineasta Cédric Klapisch consegue encher a tela de emoção dentro de um foco na desconstrução de uma jovem que embarca numa autoanálise profunda, uma redescoberta. O ritmo é lento no início mas aos poucos vamos entendendo a proposta de Klapisch que tem objetivo nos fazer refletir sobre a vida através do pulsante universo conectivo da dança, essa ação cultural, empolgante que tem drama, alegria, assim como as trajetórias de nossa existência.

Os ricos coadjuvantes contribuem muito para contar essa história de infinitas interpretações, onde a dança incorpora um papel importante, sendo deixado implícito os certeiros e criativos paralelos entre o que é pré estabelecido e o que vira improviso. Tem as novas compreensões sobre amores após uma traição, enxergamos um novo olhar para coisas que estavam em nossa frente através do ouvir melhor o que o outro tem pra dizer, as novas conexões que acabam abrindo caminhando deixando um ponto de interrogação proposital sobre o futuro pois há escolhas que ainda virão.

O Próximo Passo é um raio-x visceral na vida de uma artista, uma batalhadora da cultura, que aprende a enxergar na dança paralelos com sua própria realidade.

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