domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Sol de Riccione – Belas Praias e Azaração Juvenil em Filme Italiano estilo ‘Malhação’

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Sol, calor e juventude. Três coisas que, combinadas juntas, são sinônimo de muita festa, curtição, autoaprendizado e promessas inesquecíveis que duram por um verão. É nessa vibração que acontece ‘O Sol de Riccione’, nova comédia romântica voltada para o público jovem-adulto que acaba de chegar à Netflix.



Riccione, para quem não conhece, é um balneário às margens do Mar Adriático, bastante frequentada por turistas europeus durante as férias de verão no meio do ano. E é frequentada também por Marco (Saul Nanni), que, há cinco anos se encontra com uma turma na praia pois é lá que sua crush Guenda (Fotinì Peluso) vai, embora ele nunca tenha se declarado a ela. A vida deles cruza com a de Ciro (Cristiano Caccamo), um jovem que sonha em ser cantor, mas que acaba conseguindo um emprego de salva-vidas de um hotel à beira da praia, e com Vincenzo (Lorenzo Zurzolo), um rapaz cego que vai passar as férias de verão com a mãe controladora, Irene (Isabella Ferrari), mas que, graças à tecnologia acaba travando uma amizade virtual com Camilla (Ludovica Martino).

A trama simples e entrelaçada de diversos personagens emprega agilidade ao filme de uma hora e quarenta de duração. Com tantas histórias para resolver em tão pouco tempo, porém, o roteiro de Caterina Salvadori, Ciro Zecca e Enrico Vanzina acaba acelerando em algumas partes para dar logo a solução daquele núcleo, e, por vezes, insere personagens e/ou situações apenas para tornar as decisões dos protagonistas mais fáceis. Talvez se o filme tivesse um pouco mais de tempo ou mesmo se ganhasse o formato de série – como ‘Malhação’, cuja estrutura é bastante similar – as soluções encontradas não precisassem ser tão fáceis, e os desafios dos personagens pudessem ganhar maior profundidade.

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Mas isso não tira o frescor e o brilho desse ensolarado ‘O Sol de Riccione, que consegue passar a sensação de curtição veranil para o espectador que está em casa assistindo. O diretor Younuts acertou em dar muito espaço para a luz do sol entrar em seu filme e acender o potencial juvenil de seu elenco, que conduz o filme com bastante descontração, em diálogo direto com seu público alvo.

Para quem está buscando um romancezinho gostosinho com sabor de água do mar, ‘O Sol de Riccione’ é um bom passatempo, além de apresentar um paraíso turístico pouco conhecido para os brasileiros. Um filme adorável e duradouro na medida de um amor de verão.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Sol, calor e juventude. Três coisas que, combinadas juntas, são sinônimo de muita festa, curtição, autoaprendizado e promessas inesquecíveis que duram por um verão. É nessa vibração que acontece ‘O Sol de Riccione’, nova comédia romântica voltada para o público jovem-adulto que acaba de chegar à Netflix.

Riccione, para quem não conhece, é um balneário às margens do Mar Adriático, bastante frequentada por turistas europeus durante as férias de verão no meio do ano. E é frequentada também por Marco (Saul Nanni), que, há cinco anos se encontra com uma turma na praia pois é lá que sua crush Guenda (Fotinì Peluso) vai, embora ele nunca tenha se declarado a ela. A vida deles cruza com a de Ciro (Cristiano Caccamo), um jovem que sonha em ser cantor, mas que acaba conseguindo um emprego de salva-vidas de um hotel à beira da praia, e com Vincenzo (Lorenzo Zurzolo), um rapaz cego que vai passar as férias de verão com a mãe controladora, Irene (Isabella Ferrari), mas que, graças à tecnologia acaba travando uma amizade virtual com Camilla (Ludovica Martino).

A trama simples e entrelaçada de diversos personagens emprega agilidade ao filme de uma hora e quarenta de duração. Com tantas histórias para resolver em tão pouco tempo, porém, o roteiro de Caterina Salvadori, Ciro Zecca e Enrico Vanzina acaba acelerando em algumas partes para dar logo a solução daquele núcleo, e, por vezes, insere personagens e/ou situações apenas para tornar as decisões dos protagonistas mais fáceis. Talvez se o filme tivesse um pouco mais de tempo ou mesmo se ganhasse o formato de série – como ‘Malhação’, cuja estrutura é bastante similar – as soluções encontradas não precisassem ser tão fáceis, e os desafios dos personagens pudessem ganhar maior profundidade.

Mas isso não tira o frescor e o brilho desse ensolarado ‘O Sol de Riccione, que consegue passar a sensação de curtição veranil para o espectador que está em casa assistindo. O diretor Younuts acertou em dar muito espaço para a luz do sol entrar em seu filme e acender o potencial juvenil de seu elenco, que conduz o filme com bastante descontração, em diálogo direto com seu público alvo.

Para quem está buscando um romancezinho gostosinho com sabor de água do mar, ‘O Sol de Riccione’ é um bom passatempo, além de apresentar um paraíso turístico pouco conhecido para os brasileiros. Um filme adorável e duradouro na medida de um amor de verão.

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