quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | O Telefone Preto – Novo suspense do diretor de O Exorcismo de Emily Rose é SUFOCANTE…

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Existem alguns filmes que mesmo se utilizando de histórias batidas e reciclando clichês conseguem se sobressair por usar velhos elementos para entregar algo inovador e diferente. E esse é o caso de O Telefone Preto‘ (The Black Phone), novo suspense sobrenatural do diretor Scott Derrickson.

Derrickson tem se provado um dos maiores e melhores diretores dos últimos anos, especialmente quando se trata de terror. Para se ter uma ideia, foi ele quem comandou o aterrorizante ‘O Exorcismo de Emily Rose‘ (2005) – considerado por muitos o melhor filme de exorcismo desde o icônico ‘O Exorcista‘ (1973). Além disso, ele tem no currículo o terror ‘A Entidade‘ (Sinister), que foi eleito pela ciência como o terror mais assustador de todos os tempos.



Aqui em ‘O Telefone Preto‘ fica claro o talento e a sagacidade do diretor em criar uma atmosfera interativa e assustadora para a audiência, além de conseguir logo nos primeiros minutos criar personagens interessantes e aprofundados que geram empatia com o telespectador. E esse é o segredo de um suspense bem sucedido: fazer com que nos importamos com os personagens e suas dores.

A trama é baseada em um famoso livro do Joe Hill, o filho de Stephen King, mas traz uma história que já ouvimos antes. Acompanhamos o protagonista Finney Shaw, um garoto de 13 anos que é sequestrado por um sádico serial killer (Ethan Hawke) em um porão a prova de som, onde os gritos do menino não podem ser ouvidos. Na parede do porão, Finney encontra um telefone antigo. O telefone preto.

Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que o Finney sofra o mesmo destino. Enquanto isso, a irmã sensitiva de Finney tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para resgatar o amigo antes que seja tarde demais.

Apesar da história não ser tão inventiva, os artifícios do roteiro escrito pelo próprio Scott Derrickson – com ajuda de C. Robert Cargill – fazem com que a história fique ainda mais interessante e convidativa, fazendo com que o espectador se contorça na cadeira na esperança que o protagonista sobreviva àquele terror.

E grande parte da veracidade e urgência do filme vem do talento de seu elenco. Mason Thames entrega uma atuação angustiante como o jovem Finney, e consegue passar todo o desespero do personagem através de suas expressões bastante emotivas. Uma grande atuação de um jovem em ascensão. Ethan Hawke como sempre entrega uma atuação poderosa e aterrorizante como o vilão, e consegue aterrorizar a audiência mesmo usando uma máscara sinistra boa parte do filme.

Mas quem rouba a cena é a garotinha Madeleine McGraw, que vive a sensitiva Gwen, e é o grande destaque do filme com uma personagem extremamente interessante e poderosa.

Produzido pela Blumhouse, ‘O Telefone Preto‘ não é um filme de terror aterrorizante como estava sendo vendido, mas sim um suspense instigante que consegue te envolver e entreter por 1 hora e 43 minutos. E ele funciona muito bem a que se propõe. Com apenas dois jumpscares, o filme prefere criar uma atmosfera que te faz ter medo e explora os maiores terrores da infância. E acredite, ele vai te fazer sentir medo sim, mas de uma maneira bem diferente. E essa é a graça do Scott Derrickson, subverter ideias e te surpreender. Que ele continue fazendo isso!

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Derrickson tem se provado um dos maiores e melhores diretores dos últimos anos, especialmente quando se trata de terror. Para se ter uma ideia, foi ele quem comandou o aterrorizante ‘O Exorcismo de Emily Rose‘ (2005) – considerado por muitos o melhor filme de exorcismo desde o icônico ‘O Exorcista‘ (1973). Além disso, ele tem no currículo o terror ‘A Entidade‘ (Sinister), que foi eleito pela ciência como o terror mais assustador de todos os tempos.

Aqui em ‘O Telefone Preto‘ fica claro o talento e a sagacidade do diretor em criar uma atmosfera interativa e assustadora para a audiência, além de conseguir logo nos primeiros minutos criar personagens interessantes e aprofundados que geram empatia com o telespectador. E esse é o segredo de um suspense bem sucedido: fazer com que nos importamos com os personagens e suas dores.

A trama é baseada em um famoso livro do Joe Hill, o filho de Stephen King, mas traz uma história que já ouvimos antes. Acompanhamos o protagonista Finney Shaw, um garoto de 13 anos que é sequestrado por um sádico serial killer (Ethan Hawke) em um porão a prova de som, onde os gritos do menino não podem ser ouvidos. Na parede do porão, Finney encontra um telefone antigo. O telefone preto.

Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que o Finney sofra o mesmo destino. Enquanto isso, a irmã sensitiva de Finney tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para resgatar o amigo antes que seja tarde demais.

Apesar da história não ser tão inventiva, os artifícios do roteiro escrito pelo próprio Scott Derrickson – com ajuda de C. Robert Cargill – fazem com que a história fique ainda mais interessante e convidativa, fazendo com que o espectador se contorça na cadeira na esperança que o protagonista sobreviva àquele terror.

E grande parte da veracidade e urgência do filme vem do talento de seu elenco. Mason Thames entrega uma atuação angustiante como o jovem Finney, e consegue passar todo o desespero do personagem através de suas expressões bastante emotivas. Uma grande atuação de um jovem em ascensão. Ethan Hawke como sempre entrega uma atuação poderosa e aterrorizante como o vilão, e consegue aterrorizar a audiência mesmo usando uma máscara sinistra boa parte do filme.

Mas quem rouba a cena é a garotinha Madeleine McGraw, que vive a sensitiva Gwen, e é o grande destaque do filme com uma personagem extremamente interessante e poderosa.

Produzido pela Blumhouse, ‘O Telefone Preto‘ não é um filme de terror aterrorizante como estava sendo vendido, mas sim um suspense instigante que consegue te envolver e entreter por 1 hora e 43 minutos. E ele funciona muito bem a que se propõe. Com apenas dois jumpscares, o filme prefere criar uma atmosfera que te faz ter medo e explora os maiores terrores da infância. E acredite, ele vai te fazer sentir medo sim, mas de uma maneira bem diferente. E essa é a graça do Scott Derrickson, subverter ideias e te surpreender. Que ele continue fazendo isso!

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