quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | O Último Ônibus – Timothy Spall EMOCIONA em ‘Forrest Gump’ da Terceira Idade

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Com o passar do tempo, a idade vai chegando para todo mundo. E o que vamos percebendo enquanto envelhecemos é que sempre há assuntos inacabados para serem resolvidos, que às vezes tempo demais foi gasto em coisas que não deveriam ter recebido tanta atenção. Mas, mesmo assim, nunca é tarde para correr atrás dos sonhos ou para recomeçar. Esta é a veia que conduz o pulsar em ‘O Último Ônibus’, novo drama adorável que chega a partir de hoje às salas de cinema brasileiras.



Tom (Timothy Spall) é um senhor com mais de 80 anos que vive numa linda casinha lá no final da pontinha da Escócia. Décadas atrás, ele se mudara para ali com sua esposa (Nataly Mitson), numa tentativa de recomeçarem a vida após uma grande perda. Os dois viveram uma bela vida juntos, cheia de cumplicidade e companheirismo. Porém, agora Tom decidiu que é hora de realizar uma última viagem para cumprir uma promessa, e que precisa ser feita o quanto antes, já que ele não tem muito tempo a perder. A questão é que ele precisa ir do extremo norte da Escócia a até Land’s End, no extremo sul da Inglaterra. Durante o caminho ele irá encontrar diversos obstáculos, bem como também conhecerá pessoas de bem querendo ajudá-lo a cumprir seu objetivo.

Com quase uma hora e meia de duração ‘O Último Ônibus’ é desses filmes que não tem muito a dizer com palavras, pois a narrativa se alimenta da incrível capacidade expressiva do ótimo Timothy Spall, que, acima de tudo, consegue interpretar um personagem mais de vinte anos mais velho do que si próprio. Todos os sentimentos de confusão, angústia e irritação são facilmente demonstrados pelo ator, o que cria uma imediata comoção ao espectador, fazendo-nos sentir empatia por este personagem obstinado e teimoso, cheio de particularidades e manias – tal qual boa parte das pessoas idosas.

O roteiro de Joe Ainsworth é uma graça, mesmo em se tratando de um drama salpicado de situações cômicas por conta do contraste deste peculiar personagem inserido em um trajeto cheio de modernidades. Em muitas ocasiões relembra o clássico ‘Forrest Gump’, repaginado para os tempos atuais e obedecendo o envelhecimento natural daquele personagem: assim como o contador de histórias interpretado por Tom Hanks, aqui Tom (não é à toa esse nome), já idoso, percorre um trajeto de quilômetros, trocando de ônibus a cada parada, cujo caminho é acompanhado pelas redes sociais das pessoas que cruzam sua jornada e registram suas ações ao longo.

Esse é o maior charme do filme de Gillies MacKinnon, que faz bom uso do set aberto para mostrar a passagem de tempo ao longo do trajeto a partir da iluminação do ambiente externa, construindo, assim, um road movie que também funciona como um filme regional para além das zonas cosmopolitas do Reino Unido.

O Último Ônibus’ é um filme fofo e emocionante, que inspira a reflexão sobre passado, presente e a efemeridade do tempo.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Tom (Timothy Spall) é um senhor com mais de 80 anos que vive numa linda casinha lá no final da pontinha da Escócia. Décadas atrás, ele se mudara para ali com sua esposa (Nataly Mitson), numa tentativa de recomeçarem a vida após uma grande perda. Os dois viveram uma bela vida juntos, cheia de cumplicidade e companheirismo. Porém, agora Tom decidiu que é hora de realizar uma última viagem para cumprir uma promessa, e que precisa ser feita o quanto antes, já que ele não tem muito tempo a perder. A questão é que ele precisa ir do extremo norte da Escócia a até Land’s End, no extremo sul da Inglaterra. Durante o caminho ele irá encontrar diversos obstáculos, bem como também conhecerá pessoas de bem querendo ajudá-lo a cumprir seu objetivo.

Com quase uma hora e meia de duração ‘O Último Ônibus’ é desses filmes que não tem muito a dizer com palavras, pois a narrativa se alimenta da incrível capacidade expressiva do ótimo Timothy Spall, que, acima de tudo, consegue interpretar um personagem mais de vinte anos mais velho do que si próprio. Todos os sentimentos de confusão, angústia e irritação são facilmente demonstrados pelo ator, o que cria uma imediata comoção ao espectador, fazendo-nos sentir empatia por este personagem obstinado e teimoso, cheio de particularidades e manias – tal qual boa parte das pessoas idosas.

O roteiro de Joe Ainsworth é uma graça, mesmo em se tratando de um drama salpicado de situações cômicas por conta do contraste deste peculiar personagem inserido em um trajeto cheio de modernidades. Em muitas ocasiões relembra o clássico ‘Forrest Gump’, repaginado para os tempos atuais e obedecendo o envelhecimento natural daquele personagem: assim como o contador de histórias interpretado por Tom Hanks, aqui Tom (não é à toa esse nome), já idoso, percorre um trajeto de quilômetros, trocando de ônibus a cada parada, cujo caminho é acompanhado pelas redes sociais das pessoas que cruzam sua jornada e registram suas ações ao longo.

Esse é o maior charme do filme de Gillies MacKinnon, que faz bom uso do set aberto para mostrar a passagem de tempo ao longo do trajeto a partir da iluminação do ambiente externa, construindo, assim, um road movie que também funciona como um filme regional para além das zonas cosmopolitas do Reino Unido.

O Último Ônibus’ é um filme fofo e emocionante, que inspira a reflexão sobre passado, presente e a efemeridade do tempo.

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