domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Vale do Amor

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Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente. O Vale do Amor (Valley of Love) (2015), novo trabalho do cineasta francês Guillaume Nicloux (do ótimo A Religiosa) é uma espécie de teatro, contendo fortes situações de diálogos com cargas emocionais constantes em cenas abertas que nos transportam para a situação central da trama a todo instante. A produção reúne dois dos grandes artistas da história do cinema francês (e porque não dizer mundial), Isabelle Huppert e Gérard Depardieu.

Rodado, quase inteiramente, no Death Valley National Park, na Califórnia, Valley of Love (no original), conta a história de um ex-casal francês que inusitadamente voltam a se encontrar depois de certo tempo, após receberem uma carta do falecido filho dizendo que se eles fossem até um determinado local, o jovem reapareceria uma última vez para eles. Assim, entre as dores que nunca vão sarar e sem a menor perspectiva de algum final feliz, a dupla embarca numa jornada melancólica.



Pensem em um filme triste, multiplique por dois e multiplique por mais cinco. A produção de 91 minutos, que já foi comprada por uma distribuidora brasileira (isso quer dizer que entrará em circuito nacional em breve), fala sobre temas fortes que podem circular a lista de diálogos de uma relação duradoura. O modo com cada um dos personagens trata o assunto do suicídio do filho é bastante peculiar, parece que nunca se encontram nas desacreditadas buscas em encontrar alguma razão para o ocorrido. O trauma que algo assim pode gerar é bem retratado em cada camada de emoção dos personagens, a dupla Huppert/ Depardieu funciona muito bem.

É um filme que incomoda mas longas-metragens que incomodam também podem ser um bons filmes. É uma produção que pode não gerar interesse do público por conta do drama, que só de ler a sinopse o espectador já sabe que nada de muito feliz acontecerá nessa história. De qualquer forma, para os que tem corações cinéfilos fortes é um filme que merece ser visto, principalmente por mais uma aula de cinema de Barrigon Depardieu e da sempre elegante Isa Huppert.

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Rodado, quase inteiramente, no Death Valley National Park, na Califórnia, Valley of Love (no original), conta a história de um ex-casal francês que inusitadamente voltam a se encontrar depois de certo tempo, após receberem uma carta do falecido filho dizendo que se eles fossem até um determinado local, o jovem reapareceria uma última vez para eles. Assim, entre as dores que nunca vão sarar e sem a menor perspectiva de algum final feliz, a dupla embarca numa jornada melancólica.

Pensem em um filme triste, multiplique por dois e multiplique por mais cinco. A produção de 91 minutos, que já foi comprada por uma distribuidora brasileira (isso quer dizer que entrará em circuito nacional em breve), fala sobre temas fortes que podem circular a lista de diálogos de uma relação duradoura. O modo com cada um dos personagens trata o assunto do suicídio do filho é bastante peculiar, parece que nunca se encontram nas desacreditadas buscas em encontrar alguma razão para o ocorrido. O trauma que algo assim pode gerar é bem retratado em cada camada de emoção dos personagens, a dupla Huppert/ Depardieu funciona muito bem.

É um filme que incomoda mas longas-metragens que incomodam também podem ser um bons filmes. É uma produção que pode não gerar interesse do público por conta do drama, que só de ler a sinopse o espectador já sabe que nada de muito feliz acontecerá nessa história. De qualquer forma, para os que tem corações cinéfilos fortes é um filme que merece ser visto, principalmente por mais uma aula de cinema de Barrigon Depardieu e da sempre elegante Isa Huppert.

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