terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Os Cowboys

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Até onde devemos ir por quem amamos mas não querem estar perto com nossa presença? Um dos filmes mais fortes do Festival Varilux de Cinema Francês 2016, sem dúvidas nenhuma é o espetacular drama Os Cowboys, protagonizado pelo ótimo ator François Damiens e com uma atuação digna de Oscar do ator britânico Finnegan Oldfield. Ao longo dos tensos 105 minutos de projeção, onde não conseguimos desgrudar os olhos da tela, vamos sendo apresentados a personagem movidos pela angústia e uma série de consequentes ações desesperadas em prol de único objetivo que acaba consumindo e destruindo uma família de classe média francesa. Em seu primeiro longa-metragem como diretor, o cineasta francês Thomas Bidegain brinda o público com uma trama muito bem dirigida e com atuações bem acima da média.

Na trama, conhecemos brevemente toda a família de Alain (François Damiens), um trabalhador de classe média que mora com sua mulher e os dois filhos no leste francês. Alain é um amante da cultura country e sempre vai com sua família a um famoso encontro onde confraterniza com outros amigos. Certo dia, num desses encontros, sua filha Kelly desaparece misteriosamente, levando Alain a uma desesperada busca por informações sobre a jovem. Os anos se passam e somente seu filho Kid (Finnegan Oldfield), que praticamente sacrifica sua adolescência, acredita e ajuda seu pai a tentar encontrar Kelly.

O clima é tenso desde o início. A trilha sonora composta por Moritz Reich (Fique Comigo, 2015) encaixa como uma luva e consegue deixar o público em total sinal de atenção as sequências fortes. François Damiens, na pele de Alain está possuído, embarca em um caminho sem rumo desesperado em busca de sua filha. A angústia é constante e impressionante. Isso obviamente destrói seu relacionamento com o restante de sua família. Essa estrada sem fim é acompanhada de perto por seu filho Kid que é o único que também ainda acredita que eles possam encontrá-la. Os Cowboys é um filme sobre família mas também sobre até onde o ser humano pode ir para defender suas convicções.

O longa é recheado de surpresas. Uma delas é que Kelly não é sequestrada. O porquê do sumiço dela (que não vou contar aqui) é um dos grandes trunfos do filme que explora muito bem a reação da família ao saber o que aconteceu com ela. Uma segunda surpresa é a surpreendente troca de protagonismo já entre o segundo e o terceiro ato, com o mesmo objetivo só que com um olhar um pouco diferente sob a situação a trama cresce demais nos últimos 30 minutos de projeção.

Os Cowboys, ainda sem previsão de estreia no circuito brasileiro, é um dos grande filmes que você precisa ver no Festival Varilux de Cinema 2016 que começa no próximo dia 09 de junho em muitas salas do Brasil.

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Na trama, conhecemos brevemente toda a família de Alain (François Damiens), um trabalhador de classe média que mora com sua mulher e os dois filhos no leste francês. Alain é um amante da cultura country e sempre vai com sua família a um famoso encontro onde confraterniza com outros amigos. Certo dia, num desses encontros, sua filha Kelly desaparece misteriosamente, levando Alain a uma desesperada busca por informações sobre a jovem. Os anos se passam e somente seu filho Kid (Finnegan Oldfield), que praticamente sacrifica sua adolescência, acredita e ajuda seu pai a tentar encontrar Kelly.

O clima é tenso desde o início. A trilha sonora composta por Moritz Reich (Fique Comigo, 2015) encaixa como uma luva e consegue deixar o público em total sinal de atenção as sequências fortes. François Damiens, na pele de Alain está possuído, embarca em um caminho sem rumo desesperado em busca de sua filha. A angústia é constante e impressionante. Isso obviamente destrói seu relacionamento com o restante de sua família. Essa estrada sem fim é acompanhada de perto por seu filho Kid que é o único que também ainda acredita que eles possam encontrá-la. Os Cowboys é um filme sobre família mas também sobre até onde o ser humano pode ir para defender suas convicções.

O longa é recheado de surpresas. Uma delas é que Kelly não é sequestrada. O porquê do sumiço dela (que não vou contar aqui) é um dos grandes trunfos do filme que explora muito bem a reação da família ao saber o que aconteceu com ela. Uma segunda surpresa é a surpreendente troca de protagonismo já entre o segundo e o terceiro ato, com o mesmo objetivo só que com um olhar um pouco diferente sob a situação a trama cresce demais nos últimos 30 minutos de projeção.

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