quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Os Defensores – Começa bem, mas…

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Boas Intenções

A Marvel tem um plano. Desde que se firmou como estúdio de cinema, a editora de quadrinhos foi aos poucos galgando até se tornar uma das maiores potências atuais no mercadão de Hollywood. Quem diria? Afinal, os anos 1990 (tão distantes agora) quase levaram a empresa à falência. Se duvida do poder da companhia, pergunte qual astro recusaria papel em uma de suas produções. Diabos, até Al Pacino já mostrou interesse. É bom ser o rei, mas nem sempre foi assim.

É claro também que quando você está alongando seus tentáculos (com o perdão do trocadilho), o céu é o limite e tudo será tentado. Assim, a Marvel não perdeu tempo em garantir parceria com a plataforma de streaming mais expansiva da atualidade, e em 2015 era lançada a primeira série em conjunto: Demolidor, um tremendo sucesso. Tudo bem, a empresa até podia vislumbrar lá num futuro distante os esboços para Os Defensores enquanto confeccionava Demolidor, embora muitas variáveis precisassem entrar em jogo (a principal delas era o primeiro programa dar certo). E o mesmo pode ser dito de Os Vingadores, em relação ao primeiro Homem de Ferro, lá em 2008.



Seja como for, a precisão cronometrada da empresa funcionou bem o bastante para garantir cada peça deste elaborado quebra-cabeça, até culminar em seus pontos chave. No cinema, o check point é sempre em Os Vingadores, e o estúdio caminha para o terceiro (com lançamento em 26 de abril de 2018). Na telinha, a Marvel chega agora ao seu primeiro marco com Defensores, a série que reúne todas as outras e seus personagens numa só. No entanto, se no cinema tínhamos um filme como nenhum outro – considerado um dos maiores filmes de todos os tempos (logo se tornando a terceira maior bilheteria da história – hoje, caindo para quinto lugar), na TV a sensação é a de que faltou algo para se tornar um verdadeiro espetáculo.

Para começar, Os Defensores faz uso de apenas 8 episódios, tornando a série a menor já produzida e quebrando o molde pré-estabelecido. Luke Cage (2016) e Punho de Ferro (2017) foram programas que talvez precisassem usar de menos episódios para contar uma história mais dinâmica e menos redundante. Por algum motivo, com estas a empresa não quis quebrar o formado e o resultado foi um leve gosto amargo (sentido de forma bem mais intensa na segunda). Com a reunião dos heróis ocorre o oposto, e faria bem ao programa mais tempo de desenvolvimento e interação. É claro, se o roteiro correspondesse, já que mesmo com oito episódios, sentimos certo desgaste narrativo e repetição de temas.

Roteiro

Com menos episódios, a história não perde muito tempo. No primeiro episódio, o roteiro desenvolve cada um dos quatro personagens principais individualmente. Assim, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro não se encontram de imediato, mas têm seus arcos expandidos além de onde os vimos por último. Matt Murdock (Charlie Cox) pendurou o uniforme do vigilante mascarado Demolidor, após se deparar com sua versão mais negra (O Justiceiro) e a morte de sua grande paixão Elektra (Elodie Yung). Jessica Jones (Krysten Ritter) segue na vida autodestrutiva de bebedeiras, até receber um novo caso para investigar, ligado a um sujeito que será primordial para o evento cataclísmico do desfecho. Apesar disso, Jones é a que menos importância possui na dinâmica do grupo.

Luke Cage (Mike Colter) é liberado da prisão e está pronto para tomar muito café com Claire (Rosario Dawson), além de reencontrar com outras duas mulheres de seu passado: Misty Knight (Simone Missick) e a própria Jessica Jones. Sua jornada para limpar o Harlem continua, e através disso é que o herói se envolve na trama maior. Finalizando, Danny Rand (Finn Jones) abre o primeiro episódio no Camboja seguindo uma pista do Tentáculo – a organização criminosa dos ninjas (muito semelhante à Liga das Sombras, da rival DC – ver Batman Begins), e logo depois retorna à Nova York ao lado da parceira Colleen Wing (Jessica Henwick). Além das coadjuvantes citadas, Os Defensores ainda arruma espaço para incluir de forma satisfatória na trama Foggy Nelson (Elden Henson), Karen Page (Deborah Ann Woll), Trish Walker (Rachael Taylor), Malcolm (Eka Darville) e Stick (Scott Glenn).

Relacionamentos

Esse é o ponto alto da série Os Defensores. Como manipular e equilibrar personalidades tão diferentes, lhes permitindo operar sem descaracterizações, criando interações críveis, dinâmicas e funcionas. É seguro dizer que este objetivo foi riscado da lista com esmero. Tão associáveis quanto água e óleo, as quatro personalidades entram em colisão, ao mesmo tempo em que realizam trocas garantidas de trazer sorriso ao rosto dos fãs, prometendo igualmente não alienar os não escolados. Vemos, por exemplo, o encontro dos heróis de aluguel dos quadrinhos, Luke Cage e Punho de Ferro, os primeiros a se encontrar, e que possuem a melhor “química” do grupo. O que não os redime de questões polêmicas e extremamente fervorosas, quando num diálogo, o “inquebrável” do Harlem acusa o jovem privilegiado de racismo. É de arrepiar.

Até mesmo a pancadaria da dupla (e você duvidava que isto iria acontecer?) é criativa e bem orquestrada. Depois é a vez de Murdock se apresentar como advogado de Jones, somente para levar uma volta da moça enquanto tenta segui-la – quem diria? Quando todos estão juntos interagindo, dialogando e expondo seus pontos de vista diferentes sobre o mesmo tópico é que o programa decola. As lutas juntos também são legais, e ganhamos inclusive mais uma cena no corredor (que se tornou o cartão de visitas deste universo). Mas o que queremos ver é justamente a imersão dos personagens em algo maior do que eles, e esta ameaça, bem, é muito quadrinhos e pouco audiovisual sério e adulto – como foram suas contrapartes solo até aqui (com a exceção de Punho de Ferro).

Vilões

Parte da deficiência citada acima vem da ameaça, do desafio enfrentado pelos heróis. É sabido que o herói só é feito grande devido ao que conquista, ao que consegue triunfar. É sabido também que vilões são os papeis mais cobiçados pelos atores e que um vilão certo pode ecoar pelos tempos, às vezes mais que o protagonista – a lista é longa: Darth Vader, Hannibal Lecter, Norman Bates, etc. . Um bom vilão é simplesmente irresistível e pode ser muito saboroso para seu intérprete. Curiosamente, foi justamente o que o estúdio conseguiu criar com Wilson Fisk (Vincent D´Onofrio), Kilgrave (David Tennant) e Boca de Algodão (Mahershala Ali).

Tais personagens são minuciosamente trabalhados pelo roteiro, ao ponto de entendermos seus atos e, de certa forma, os justificarmos. São acima de tudo personagens muito humanos, falhos, cheios de defeitos e traumas. Em Os Defensores temos Alexandra, interpretada pela veterana Sigourney Weaver, que faz o seu melhor e entrega um bom trabalho como de costume. Infelizmente, a forma como a personagem é criada não dá para Weaver muito além da figura gelada e intocável, afastando qualidades humanas esboçadas no primeiro episódio, para a confecção de algo beirando o caricato, com um único objetivo. O mesmo pode ser dito da organização Tentáculo e de Elektra, quase um robô programado para matar.

Conclusão

Toda história necessita de conflito. É o que a torna interessante. Bons enredos precisam fazer uso de reviravoltas, de intrigas, responsáveis por criarem a envergadura dramática dos personagens, os levando do ponto A ao B – é a chamada evolução. A narrativa precisa ser servida de tais elementos. Podemos notar a presença deles no início de Os Defensores, porém, a partir de determinado ponto as situações apenas esperam para ser resolvidas. Isto com oito episódios, que deveriam não ser o suficiente para tanta trama. Como dito antes, era de se esperar mais episódios para tantas subtramas, mas essa realização só poderia vir com um roteiro melhor trabalhado e preparado para acomodar cada situação. Como está, é nítida a perda de gás e certa falta de tempero na segunda metade do programa.

Os Defensores têm como força uma das propostas aqui, a união dos desassociáveis protagonistas e suas interações. No ponto negativo, e é até engraçado dizer isso, existe uma mudança de tom que joga a série demais para o lado quadrinhos, quase perdendo a credibilidade conquistada inicialmente nos primeiros programas. Sentimos de forma nítida o caminhar para este lado menos profundo e realístico. E não me refiro somente aos elementos fantásticos, porque até eles podem ser trabalhados de forma a criar apelo aos que não necessariamente se interessariam por tal. Me refiro principalmente a falta de voz, de ter o que falar. Demolidor abordou de forma exímia a legalidade e a dualidade da justiça com as próprias mãos, quando o sistema falha. Na segunda temporada foi além, mostrando o extremismo dos mesmos atos na figura do Justiceiro. Jessica Jones teve muita propriedade feminina ao retratar o abuso e o terrorismo psicológico. E Luke Cage criou rebuliço com temáticas raciais. Afinal, o cinema já nos fez acreditar que um homem pode voar, que alienígenas vieram passar uma temporada conosco e que os dinossauros voltaram à vida. Se existe um lugar aonde o incrível se torna crível é no audiovisual. Como fazer, embora pareça simples, é o verdadeiro grande desafio.

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A Marvel tem um plano. Desde que se firmou como estúdio de cinema, a editora de quadrinhos foi aos poucos galgando até se tornar uma das maiores potências atuais no mercadão de Hollywood. Quem diria? Afinal, os anos 1990 (tão distantes agora) quase levaram a empresa à falência. Se duvida do poder da companhia, pergunte qual astro recusaria papel em uma de suas produções. Diabos, até Al Pacino já mostrou interesse. É bom ser o rei, mas nem sempre foi assim.

É claro também que quando você está alongando seus tentáculos (com o perdão do trocadilho), o céu é o limite e tudo será tentado. Assim, a Marvel não perdeu tempo em garantir parceria com a plataforma de streaming mais expansiva da atualidade, e em 2015 era lançada a primeira série em conjunto: Demolidor, um tremendo sucesso. Tudo bem, a empresa até podia vislumbrar lá num futuro distante os esboços para Os Defensores enquanto confeccionava Demolidor, embora muitas variáveis precisassem entrar em jogo (a principal delas era o primeiro programa dar certo). E o mesmo pode ser dito de Os Vingadores, em relação ao primeiro Homem de Ferro, lá em 2008.

Seja como for, a precisão cronometrada da empresa funcionou bem o bastante para garantir cada peça deste elaborado quebra-cabeça, até culminar em seus pontos chave. No cinema, o check point é sempre em Os Vingadores, e o estúdio caminha para o terceiro (com lançamento em 26 de abril de 2018). Na telinha, a Marvel chega agora ao seu primeiro marco com Defensores, a série que reúne todas as outras e seus personagens numa só. No entanto, se no cinema tínhamos um filme como nenhum outro – considerado um dos maiores filmes de todos os tempos (logo se tornando a terceira maior bilheteria da história – hoje, caindo para quinto lugar), na TV a sensação é a de que faltou algo para se tornar um verdadeiro espetáculo.

Para começar, Os Defensores faz uso de apenas 8 episódios, tornando a série a menor já produzida e quebrando o molde pré-estabelecido. Luke Cage (2016) e Punho de Ferro (2017) foram programas que talvez precisassem usar de menos episódios para contar uma história mais dinâmica e menos redundante. Por algum motivo, com estas a empresa não quis quebrar o formado e o resultado foi um leve gosto amargo (sentido de forma bem mais intensa na segunda). Com a reunião dos heróis ocorre o oposto, e faria bem ao programa mais tempo de desenvolvimento e interação. É claro, se o roteiro correspondesse, já que mesmo com oito episódios, sentimos certo desgaste narrativo e repetição de temas.

Roteiro

Com menos episódios, a história não perde muito tempo. No primeiro episódio, o roteiro desenvolve cada um dos quatro personagens principais individualmente. Assim, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro não se encontram de imediato, mas têm seus arcos expandidos além de onde os vimos por último. Matt Murdock (Charlie Cox) pendurou o uniforme do vigilante mascarado Demolidor, após se deparar com sua versão mais negra (O Justiceiro) e a morte de sua grande paixão Elektra (Elodie Yung). Jessica Jones (Krysten Ritter) segue na vida autodestrutiva de bebedeiras, até receber um novo caso para investigar, ligado a um sujeito que será primordial para o evento cataclísmico do desfecho. Apesar disso, Jones é a que menos importância possui na dinâmica do grupo.

Luke Cage (Mike Colter) é liberado da prisão e está pronto para tomar muito café com Claire (Rosario Dawson), além de reencontrar com outras duas mulheres de seu passado: Misty Knight (Simone Missick) e a própria Jessica Jones. Sua jornada para limpar o Harlem continua, e através disso é que o herói se envolve na trama maior. Finalizando, Danny Rand (Finn Jones) abre o primeiro episódio no Camboja seguindo uma pista do Tentáculo – a organização criminosa dos ninjas (muito semelhante à Liga das Sombras, da rival DC – ver Batman Begins), e logo depois retorna à Nova York ao lado da parceira Colleen Wing (Jessica Henwick). Além das coadjuvantes citadas, Os Defensores ainda arruma espaço para incluir de forma satisfatória na trama Foggy Nelson (Elden Henson), Karen Page (Deborah Ann Woll), Trish Walker (Rachael Taylor), Malcolm (Eka Darville) e Stick (Scott Glenn).

Relacionamentos

Esse é o ponto alto da série Os Defensores. Como manipular e equilibrar personalidades tão diferentes, lhes permitindo operar sem descaracterizações, criando interações críveis, dinâmicas e funcionas. É seguro dizer que este objetivo foi riscado da lista com esmero. Tão associáveis quanto água e óleo, as quatro personalidades entram em colisão, ao mesmo tempo em que realizam trocas garantidas de trazer sorriso ao rosto dos fãs, prometendo igualmente não alienar os não escolados. Vemos, por exemplo, o encontro dos heróis de aluguel dos quadrinhos, Luke Cage e Punho de Ferro, os primeiros a se encontrar, e que possuem a melhor “química” do grupo. O que não os redime de questões polêmicas e extremamente fervorosas, quando num diálogo, o “inquebrável” do Harlem acusa o jovem privilegiado de racismo. É de arrepiar.

Até mesmo a pancadaria da dupla (e você duvidava que isto iria acontecer?) é criativa e bem orquestrada. Depois é a vez de Murdock se apresentar como advogado de Jones, somente para levar uma volta da moça enquanto tenta segui-la – quem diria? Quando todos estão juntos interagindo, dialogando e expondo seus pontos de vista diferentes sobre o mesmo tópico é que o programa decola. As lutas juntos também são legais, e ganhamos inclusive mais uma cena no corredor (que se tornou o cartão de visitas deste universo). Mas o que queremos ver é justamente a imersão dos personagens em algo maior do que eles, e esta ameaça, bem, é muito quadrinhos e pouco audiovisual sério e adulto – como foram suas contrapartes solo até aqui (com a exceção de Punho de Ferro).

Vilões

Parte da deficiência citada acima vem da ameaça, do desafio enfrentado pelos heróis. É sabido que o herói só é feito grande devido ao que conquista, ao que consegue triunfar. É sabido também que vilões são os papeis mais cobiçados pelos atores e que um vilão certo pode ecoar pelos tempos, às vezes mais que o protagonista – a lista é longa: Darth Vader, Hannibal Lecter, Norman Bates, etc. . Um bom vilão é simplesmente irresistível e pode ser muito saboroso para seu intérprete. Curiosamente, foi justamente o que o estúdio conseguiu criar com Wilson Fisk (Vincent D´Onofrio), Kilgrave (David Tennant) e Boca de Algodão (Mahershala Ali).

Tais personagens são minuciosamente trabalhados pelo roteiro, ao ponto de entendermos seus atos e, de certa forma, os justificarmos. São acima de tudo personagens muito humanos, falhos, cheios de defeitos e traumas. Em Os Defensores temos Alexandra, interpretada pela veterana Sigourney Weaver, que faz o seu melhor e entrega um bom trabalho como de costume. Infelizmente, a forma como a personagem é criada não dá para Weaver muito além da figura gelada e intocável, afastando qualidades humanas esboçadas no primeiro episódio, para a confecção de algo beirando o caricato, com um único objetivo. O mesmo pode ser dito da organização Tentáculo e de Elektra, quase um robô programado para matar.

Conclusão

Toda história necessita de conflito. É o que a torna interessante. Bons enredos precisam fazer uso de reviravoltas, de intrigas, responsáveis por criarem a envergadura dramática dos personagens, os levando do ponto A ao B – é a chamada evolução. A narrativa precisa ser servida de tais elementos. Podemos notar a presença deles no início de Os Defensores, porém, a partir de determinado ponto as situações apenas esperam para ser resolvidas. Isto com oito episódios, que deveriam não ser o suficiente para tanta trama. Como dito antes, era de se esperar mais episódios para tantas subtramas, mas essa realização só poderia vir com um roteiro melhor trabalhado e preparado para acomodar cada situação. Como está, é nítida a perda de gás e certa falta de tempero na segunda metade do programa.

Os Defensores têm como força uma das propostas aqui, a união dos desassociáveis protagonistas e suas interações. No ponto negativo, e é até engraçado dizer isso, existe uma mudança de tom que joga a série demais para o lado quadrinhos, quase perdendo a credibilidade conquistada inicialmente nos primeiros programas. Sentimos de forma nítida o caminhar para este lado menos profundo e realístico. E não me refiro somente aos elementos fantásticos, porque até eles podem ser trabalhados de forma a criar apelo aos que não necessariamente se interessariam por tal. Me refiro principalmente a falta de voz, de ter o que falar. Demolidor abordou de forma exímia a legalidade e a dualidade da justiça com as próprias mãos, quando o sistema falha. Na segunda temporada foi além, mostrando o extremismo dos mesmos atos na figura do Justiceiro. Jessica Jones teve muita propriedade feminina ao retratar o abuso e o terrorismo psicológico. E Luke Cage criou rebuliço com temáticas raciais. Afinal, o cinema já nos fez acreditar que um homem pode voar, que alienígenas vieram passar uma temporada conosco e que os dinossauros voltaram à vida. Se existe um lugar aonde o incrível se torna crível é no audiovisual. Como fazer, embora pareça simples, é o verdadeiro grande desafio.

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