quarta-feira, setembro 11, 2024

Crítica | Os Inseparáveis – Animação dos Criadores de ‘Toy Story’ é Fofa Aventura Para Crianças

O cinema e a literatura para crianças e jovens busca, entre outros objetivos, estimular a imaginação no primeiro público e fazer com que essas crianças adentrem no mundo lúdico, onde sonhar é possível e não há limites entre a realidade e o inimaginável. Muitas vezes essas duas artes se juntam em uma terceira vertente, que mistura elementos desses dois universos para uma narrativa mais atual com o vocabulário aproximado com o que a pimpolhada está acostumada. E essa é a pegada de ‘Os Inseparáveis’, nova animação que chega essa semana aos cinemas brasileiros.

Os Inseparáveis

No antigo teatro do Central Park, em Nova York, uma antiga trupe de marionetes se apresenta diariamente para crianças, contando histórias de donzelas em perigo, mocinhos que viram herói e palhaços bufões. Mas, depois que as crianças vão embora, as marionetes ganham vida, e Don (na voz original de Eric Judor), a marionete que sempre faz o papel de palhaço, decide que não quer mais se prestar a esse papel, pois acredita que o mundo é muito grande e cheio de aventuras, às quais ele está animado para viver. No meio do trajeto pelo Central Park, conhece DJ Doggy Dog (dublado por Jean-Pascal Zadi), um ursinho de pelúcia com voz embutida que fora perdido no parque e que tudo que mais deseja é conseguir uma família. Juntos, os dois vão viver aventuras mirabolantes e não planejadas, que irá fazer crescer a amizade entre os dois.

Escrito por Joel Cohen e Alec Sokolow, criadores da história que deu origem à franquia ‘Toy Story’, da Disney, podemos ver que em ‘Os Inseparáveis’ o mote é basicamente o mesmo: uma dupla de dois amigos “homens”, que, na verdade, são brinquedos (um mais no modelo original, o outro mais modernoso), que saem de seus ambientes originais para viver uma aventura no grande mundo, encarando os desafios e obstáculos da vida real.

Os Inseparáveis

Ainda que em ‘Os Inseparáveis’ as “pessoas” que a dupla encontra no caminho não é outros brinquedos, mas sim animais falantes (aos quais os brinquedos conseguem entender, mas isso é detalhe), a principal diferença aqui pra franquia da Pixar é que o protagonista Don é, na verdade, uma releitura do personagem Don Quixote, criado pelo espanhol Miguel de Cervantes. Por conta disso, Don é um sujeito bastante sonhador que não consegue visualizar a realidade como ela é, fantasiando por cima do que vê – o que, muitas vezes, pode colocá-lo em risco. Don, assim como Quixote, é retratado como um sujeito alto e magro, enquanto seu escudeiro (aqui, seu amigo) DJ é baixinho e gordinho, tal qual o comparsa da literatura espanhola Sancho Pança.

Aliás, são as cenas de devaneio sonhador de Don que a estética da produção muda, ganhando traços mais clássicos da animação 2D, o que é uma boa escolha feita pelo diretor Jérémie Degruson pois deixa bem claro para o público mais jovem o que é realidade e o que é devaneio dentro da realidade ficcional do desenho animado.

Bem-feitinho e com bom domínio estético, ‘Os Inseparáveis’ reconta a história de amizade de Don Quixote e Sancho Pança com um quê de Woody e Buzz Lightyear, só que repaginados agora em novos personagens em uma aventura fofa e agradável.

Os Inseparáveis

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