terça-feira, abril 23, 2024

Crítica | Os Opostos Sempre Se Atraem – Omar Sy BRILHA em filme da Netflix para Fãs de ‘Lupin’

Omar Sy é um desses atores cujo repertório parece impecável. Tendo protagonizado emocionantes longas como ‘Intocáveis’ (2011) e, mais atualmente, deu vida a um dos mais famosos personagens da literatura francesa, ‘Lupin’, que virou série na Netflix com duas temporadas até o momento, ele está em alta, conquistando o carinho dos telespectadores do mundo inteiro, e retorna às telinhas com o divertido ‘Os Opostos Sempre Se Atraem’, nova comédia policial francesa na plataforma da Netflix que, desde sua estreia, pulou imediatamente para a primeira posição no Top 10.


Ousmane Diakité (Omar Sy) é um jovem comissário de uma delegacia de Paris. Rápido, intenso, dedicado e com muito senso de justiça, ele não mede esforços para pegar os bandidos, mesmo que para isso acabe vez ou outra sendo insubordinado e agindo sem autorização. François (Laurent Lafitte) é um narcísico manipulador de pessoas, que se acha acima das normas e tem toda a certeza de que absolutamente todas as mulheres do mundo têm uma queda por ele, mesmo que, no fundo, seja ressentido por ser apenas um policial civil. Quando um corpo pela metade aparece num trem, os dois ex-amigos vão se reencontrar e serão obrigados a trabalhar juntos para desvendar esse homicídio. O problema é o tamanho do ego de cada um, que muitas vezes termina por se sobrepor à investigação.

Com um título em português que ao mesmo tempo que parece comédia romântica, remete às clássicas comédias policiais dos anos 1980/90 (‘Dois Policiais em Apuros’, ‘Corra Que a Polícia Vem Aí’ e cia), ‘Os Opostos Sempre Se Atraem’ recupera o gênero e o atualiza com questões comuns à contemporaneidade. Assim, ao formar uma dupla interracial de policiais, o roteiro de Stéphane Kazandijan permite que o protagonista Ousmane possa constantemente dar voz aos seus sentimentos todas as (muitas) vezes em que é atravessado pelo racismo estrutural social.

A construção da oposição dos dois parceiros de trabalho – um bon vivant que se acha irresistível versus o bom sujeito, que apenas quer (e consegue) fazer bem seu trabalho – é o equilíbrio certo para conduzir o filme, cujo pano de fundo trabalha questões raciais urgentes não só na França, mas no mundo inteiro. Para tratar de intolerância racial e xenofobia  ‘Os Opostos Sempre Se Atraem’ não fica sendo panfletário, ao contrário: confia sua mensagem ao carisma de Omar Sy, ator que rapidamente consegue gerar conexão com o espectador, de modo que as falas super inteligentes do personagem saem com tanta naturalidade, que dificilmente entendemos como atuação. A isso damos o nome de talento.

Louis Leterrier entrega um filme ágil, com uma edição dinâmica e com muita (e todo tipo de) ação. Nas duas horas de longa o espectador se deleita desde com perseguições em alta velocidade a, até mesmo, uma deliciosa corrida de kart a la ‘Mario Kart’, com direito a um personagem jogando bananas e o outro jogando dinossauros de pelúcia de volta. Desde a primeira sequência, ‘Os Opostos Sempre Se Atraem’ fisga o espectador e cumpre o que promete. Felizmente deixa um gancho para continuações futuras, tornando-se, assim, a produção ideal para todos aqueles que se apaixonaram por Arséne Lupin e aguardam ansiosamente uma terceira temporada.

 

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