quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | Os Smurfs e a Vila Perdida – 3º longa das criaturas azuis enfim acerta!

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Quem é Smurfette?

Criados originalmente pelo belga Peyo, pseudônimo de Pierre Culliford, em 1945, Les Schtroumpfs ou Os Smurfs, fizeram seu debute em 1958 como coadjuvantes em histórias em quadrinhos. O sucesso foi tanto, que em pouco tempo ganharam uma publicação só sua. Em 1981 foi a vez das criaturinhas azuis ganharem o mundo através de uma animação norte-americana, produzida pelos estúdios Hanna-Barbera, que durou oito anos de material inédito. Em tal forma é como a maioria, em especial pessoas da minha geração que cresceram nos anos 1980, conhecem os adoráveis personagens.

Todo tipo de merchandising foi criado após o sucesso do cartoon, de roupas, brinquedos e lancheiras até jogos de vídeo game, como o do extinto Atari, console de 8 bits que fez a alegria nas tardes de muitas crianças. No cinema, os personagens demoraram a chegar, só realizando a transição em 2011, com o filme homônimo em live action (misturando as criaturas azuis animadas, criadas através de efeitos de computador, com atores reais). Apesar do tom essencialmente infantil e das críticas em sua maioria negativas, Os Smurfs mostrou grande apelo junto ao público arrecadando uma gorda bilheteria e figurando entre os dez filmes mais assistidos de seu respectivo ano.



Dois anos depois e a mesma Sony encaixava nos cinemas do mundo a continuação Os Smurfs 2 (2013), que obteve o mesmo destrato dos críticos, sem o sucesso financeiro do original. Assim, a franquia ficaria estacionada por quatro anos, até o lançamento deste Os Smurfs e a Vila Perdida, que chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira, dia 6 de abril. Novamente distribuído pela Sony Pictures, e produzido pela Sony Animation, departamento de animação do estúdio, o terceiro longa-metragem protagonizado pelos famosos duendes azuis, apesar de fazer parte da franquia, se comporta mais como um reboot do que como uma continuação.

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Alguns fatores atestam a afirmação acima. O primeiro e mais óbvio é a opção por eliminar os elementos humanos, fazendo de A Vila Perdida o primeiro longa 100% confeccionado na forma de uma animação da franquia. Assim, nos despedidos do protagonista Neil Patrick Harris, como também do rouba cenas Hank Azaria na pele do bruxo maligno Gargamel – um dos chamarizes da versão “carne e osso”.

Além disso, até mesmo os dubladores originais saem de cena, como Jonathan Winters (Papai Smurf), a cantora Katy Perry (Smurfette) e o saudoso Anton Yelchin (Desastrado), para a entrada de um novo elenco cedendo suas vozes: Mandy Patinkin (Papai Smurf), a também cantora Demi Lovato (Smurfette), Jack McBrayer (Desastrado) e Rainn Wilson como Gargamel. As atrizes mais renomadas do elenco, no entanto, participam como as vozes das Smurfs fêmeas, habitantes da tal Vila Perdida do título, entre elas Julia Roberts e Michelle Rodriguez. Na versão em português, temos a cantora sensação Ivete Sangalo impulsionando o filme na pele (ou timbre) de SmurfWillow, a matriarca da outra vila de Smurfs – papel defendido por Roberts na versão original. Sangalo até aceita a brincadeira adaptada para o português de uma famosa frase sua, que se tornou icônica e polêmica, ao chamar atenção do marido durante um show – reparem.

Dessa vez dirigido por Kelly Asbury (mas não, não se trata de uma mulher), codiretor de Shrek 2 (2004), ao invés de Raja Gosnell, dos primeiros longas da franquia,  e com o roteiro escrito por duas mulheres (agora sim) – Pamela Ribon e Stacey HarmanOs Smurfs e a Vila Perdida é exatamente o que um filme dos personagens deveria ser desde o começo: uma aventura passada em seu próprio universo. Outro grande acerto do texto é jogar os holofotes na personagem Smurfette, a única presença feminina na vila das criaturas, e com isso dar um enfoque no empoderamento da mulher, deixando uma mensagem muito válida e atual para os pequenos, mesmo que só a captem de forma subconsciente.

É sempre mais interessante para qualquer argumento, mesmo num filme inocente, ingênuo e infantil, que este faça uso de algum conteúdo, mesmo na forma de mensagem subliminar. E aqui temos exatamente isso em A Vila Perdida, acredite. Ao invés de se preocupar apenas com os gráficos e a beleza de sua animação, ou fabricar gags e tiradas, os realizadores se esforçam em, ao seu modo, levantar questões como “qual o lugar da única mulher em sua sociedade”, ou de minorias em geral. Mesmo que não possua a sagacidade e a verve de um roteiro inteligente e aplicável aos adultos também, como Uma Aventura LEGO (2014) e seu derivado LEGO Batman (2017) – a melhor animação deste ano (por enquanto), Os Smurfs e a Vila Perdida é uma experiência digna para a criançada e o melhor filme levando o nome das criaturinhas.

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Criados originalmente pelo belga Peyo, pseudônimo de Pierre Culliford, em 1945, Les Schtroumpfs ou Os Smurfs, fizeram seu debute em 1958 como coadjuvantes em histórias em quadrinhos. O sucesso foi tanto, que em pouco tempo ganharam uma publicação só sua. Em 1981 foi a vez das criaturinhas azuis ganharem o mundo através de uma animação norte-americana, produzida pelos estúdios Hanna-Barbera, que durou oito anos de material inédito. Em tal forma é como a maioria, em especial pessoas da minha geração que cresceram nos anos 1980, conhecem os adoráveis personagens.

Todo tipo de merchandising foi criado após o sucesso do cartoon, de roupas, brinquedos e lancheiras até jogos de vídeo game, como o do extinto Atari, console de 8 bits que fez a alegria nas tardes de muitas crianças. No cinema, os personagens demoraram a chegar, só realizando a transição em 2011, com o filme homônimo em live action (misturando as criaturas azuis animadas, criadas através de efeitos de computador, com atores reais). Apesar do tom essencialmente infantil e das críticas em sua maioria negativas, Os Smurfs mostrou grande apelo junto ao público arrecadando uma gorda bilheteria e figurando entre os dez filmes mais assistidos de seu respectivo ano.

Dois anos depois e a mesma Sony encaixava nos cinemas do mundo a continuação Os Smurfs 2 (2013), que obteve o mesmo destrato dos críticos, sem o sucesso financeiro do original. Assim, a franquia ficaria estacionada por quatro anos, até o lançamento deste Os Smurfs e a Vila Perdida, que chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira, dia 6 de abril. Novamente distribuído pela Sony Pictures, e produzido pela Sony Animation, departamento de animação do estúdio, o terceiro longa-metragem protagonizado pelos famosos duendes azuis, apesar de fazer parte da franquia, se comporta mais como um reboot do que como uma continuação.

Alguns fatores atestam a afirmação acima. O primeiro e mais óbvio é a opção por eliminar os elementos humanos, fazendo de A Vila Perdida o primeiro longa 100% confeccionado na forma de uma animação da franquia. Assim, nos despedidos do protagonista Neil Patrick Harris, como também do rouba cenas Hank Azaria na pele do bruxo maligno Gargamel – um dos chamarizes da versão “carne e osso”.

Além disso, até mesmo os dubladores originais saem de cena, como Jonathan Winters (Papai Smurf), a cantora Katy Perry (Smurfette) e o saudoso Anton Yelchin (Desastrado), para a entrada de um novo elenco cedendo suas vozes: Mandy Patinkin (Papai Smurf), a também cantora Demi Lovato (Smurfette), Jack McBrayer (Desastrado) e Rainn Wilson como Gargamel. As atrizes mais renomadas do elenco, no entanto, participam como as vozes das Smurfs fêmeas, habitantes da tal Vila Perdida do título, entre elas Julia Roberts e Michelle Rodriguez. Na versão em português, temos a cantora sensação Ivete Sangalo impulsionando o filme na pele (ou timbre) de SmurfWillow, a matriarca da outra vila de Smurfs – papel defendido por Roberts na versão original. Sangalo até aceita a brincadeira adaptada para o português de uma famosa frase sua, que se tornou icônica e polêmica, ao chamar atenção do marido durante um show – reparem.

Dessa vez dirigido por Kelly Asbury (mas não, não se trata de uma mulher), codiretor de Shrek 2 (2004), ao invés de Raja Gosnell, dos primeiros longas da franquia,  e com o roteiro escrito por duas mulheres (agora sim) – Pamela Ribon e Stacey HarmanOs Smurfs e a Vila Perdida é exatamente o que um filme dos personagens deveria ser desde o começo: uma aventura passada em seu próprio universo. Outro grande acerto do texto é jogar os holofotes na personagem Smurfette, a única presença feminina na vila das criaturas, e com isso dar um enfoque no empoderamento da mulher, deixando uma mensagem muito válida e atual para os pequenos, mesmo que só a captem de forma subconsciente.

É sempre mais interessante para qualquer argumento, mesmo num filme inocente, ingênuo e infantil, que este faça uso de algum conteúdo, mesmo na forma de mensagem subliminar. E aqui temos exatamente isso em A Vila Perdida, acredite. Ao invés de se preocupar apenas com os gráficos e a beleza de sua animação, ou fabricar gags e tiradas, os realizadores se esforçam em, ao seu modo, levantar questões como “qual o lugar da única mulher em sua sociedade”, ou de minorias em geral. Mesmo que não possua a sagacidade e a verve de um roteiro inteligente e aplicável aos adultos também, como Uma Aventura LEGO (2014) e seu derivado LEGO Batman (2017) – a melhor animação deste ano (por enquanto), Os Smurfs e a Vila Perdida é uma experiência digna para a criançada e o melhor filme levando o nome das criaturinhas.

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