domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Ouro

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A ganância e o foco são duas vertentes distantes mas que se aproximadas a incerteza é algo mais provável. Ouro, Gold no original, novo trabalho do bom diretor Stephen Gaghan (do ótimo Syriana, que deu o Oscar para George Clooney pela atuação) é baseado em fatos reais e mostra um obstinado protagonista em busca de um objetivo complexo, uma nova reviravolta na vida, que parte para a Indonésia arriscado tudo que possui, até o amor de sua vida. No papel principal, o ator Matthew McConaughey, famoso pela doação em seus personagens, que faz de tudo para receber mais uma indicação ao Oscar mas acaba caindo em um terreno complicado de paralelos com outros personagens da carreira.

Na trama, conhecemos uma espécie de Indiana Jones dos novos tempos, o empresário/aventureiro/bêbado Kenny Wells (Matthew McConaughey) um homem que passou grande parte da vida na empresa caçadora de ouro do pai. Quando há mudanças drásticas na empresa onde trabalha, provocada pelo falecimento de seu pai, Kenny resolve se arriscar atrás de um sonho, conseguir ter sucesso em um ramo complicado (onde precisa ter muita sorte). Assim, parte para indonésia com uns trocados no bolso e vendendo um presente valioso que tinha dado para sua namorada Kay (Bryce Dallas Howard) para encontrar Michael Acosta (Edgar Ramírez) um geólogo renomado que descobriu um lugar em uma selva inexplorada onde há a probabilidade de encontrarem muito ouro. Só que após encontrarem o tão sonhado Ouro surpresas acontecem logo quando Kenny estava na crista da onda.



O longa é baseado em fatos reais mas com poucas referencias de que se tudo o que vemos ao longo dos 120 minutos de filme realmente é verdade. Houve de fato algo na década de 90 onde uma fraude foi descoberta mas os detalhes viraram teorias diversas. Os primeiros arcos são bem construídos, mostram toda a decadência inicial e desacreditada de Wells e sua incansável busca por um objetivo que sonhou. O filme chega em seu clímax quando o objetivo do protagonista é alcançado e magnatas do mercado financeiro avançam sobre seu negócio, uma óbvia tentativa de tornar Ouro um filme com pontas que se assemelham a O Lobo de Wall Street e outros títulos parecidos. O desfecho não agrada, tem peças bem soltas no quebra cabeça instaurado. Muitas dessas peças vem do personagem de Acosta que, pouco explorado, acaba se tornando o grande vilão da história mas sem muitas explicações razoáveis.

O que parece quando terminamos de assistir essa aventura capitalista é que vimos flashes de outros filmes, algo como se fosse um grande trailer com cenas de outras histórias, até mesmo atuações na linha excêntrica. Faltam elementos para deixar o público mais envolvido, talvez explicações mais convincentes sobre a fraude encontrada, o roteiro acelera demais no seu arco final. Ouro ainda não tem data definida para estrear no Brasil.

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A ganância e o foco são duas vertentes distantes mas que se aproximadas a incerteza é algo mais provável. Ouro, Gold no original, novo trabalho do bom diretor Stephen Gaghan (do ótimo Syriana, que deu o Oscar para George Clooney pela atuação) é baseado em fatos reais e mostra um obstinado protagonista em busca de um objetivo complexo, uma nova reviravolta na vida, que parte para a Indonésia arriscado tudo que possui, até o amor de sua vida. No papel principal, o ator Matthew McConaughey, famoso pela doação em seus personagens, que faz de tudo para receber mais uma indicação ao Oscar mas acaba caindo em um terreno complicado de paralelos com outros personagens da carreira.

Na trama, conhecemos uma espécie de Indiana Jones dos novos tempos, o empresário/aventureiro/bêbado Kenny Wells (Matthew McConaughey) um homem que passou grande parte da vida na empresa caçadora de ouro do pai. Quando há mudanças drásticas na empresa onde trabalha, provocada pelo falecimento de seu pai, Kenny resolve se arriscar atrás de um sonho, conseguir ter sucesso em um ramo complicado (onde precisa ter muita sorte). Assim, parte para indonésia com uns trocados no bolso e vendendo um presente valioso que tinha dado para sua namorada Kay (Bryce Dallas Howard) para encontrar Michael Acosta (Edgar Ramírez) um geólogo renomado que descobriu um lugar em uma selva inexplorada onde há a probabilidade de encontrarem muito ouro. Só que após encontrarem o tão sonhado Ouro surpresas acontecem logo quando Kenny estava na crista da onda.

O longa é baseado em fatos reais mas com poucas referencias de que se tudo o que vemos ao longo dos 120 minutos de filme realmente é verdade. Houve de fato algo na década de 90 onde uma fraude foi descoberta mas os detalhes viraram teorias diversas. Os primeiros arcos são bem construídos, mostram toda a decadência inicial e desacreditada de Wells e sua incansável busca por um objetivo que sonhou. O filme chega em seu clímax quando o objetivo do protagonista é alcançado e magnatas do mercado financeiro avançam sobre seu negócio, uma óbvia tentativa de tornar Ouro um filme com pontas que se assemelham a O Lobo de Wall Street e outros títulos parecidos. O desfecho não agrada, tem peças bem soltas no quebra cabeça instaurado. Muitas dessas peças vem do personagem de Acosta que, pouco explorado, acaba se tornando o grande vilão da história mas sem muitas explicações razoáveis.

O que parece quando terminamos de assistir essa aventura capitalista é que vimos flashes de outros filmes, algo como se fosse um grande trailer com cenas de outras histórias, até mesmo atuações na linha excêntrica. Faltam elementos para deixar o público mais envolvido, talvez explicações mais convincentes sobre a fraude encontrada, o roteiro acelera demais no seu arco final. Ouro ainda não tem data definida para estrear no Brasil.

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