sábado , 23 novembro , 2024

Crítica ‘Pacificador’ | James Gunn acerta novamente com série insana

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Quando fiz minhas primeiras impressões acerca da série do Pacificador, comentei que os primeiros episódios eram “Muito James Gunn”, para o bem e para o mal. Isso porque as três primeiras partes da série traziam todos aqueles elementos que amamos nas produções do diretor, mas também tinham um vicio narrativo do James Gunn roteirista de repetir a mesma piada e insistir na repetição de certos diálogos que se estendem mais do que o necessário, o que me causou um certo incômodo. No entanto, agora que a série chegou ao fim, a impressão que ela deixa é muito mais positiva do que a inicial.

Passados os oito episódios, Gunn conseguiu pegar um elenco composto praticamente por coadjuvantes e transformá-los em protagonistas de uma história que soube ousar para revelar um lado ainda não explorado do Universo DC. Enquanto os filmes ficam nessa indefinição do que será feito nos cinemas, James Gunn teve a liberdade de trabalhar personagens que nunca seriam sequer mencionados nas telonas, trazendo histórias, heróis e vilões que não contam exatamente com um fandom como o dos principais nomes da casa.



Fora isso, ele criou novos personagens que podem passar a fazer parte dos quadrinhos, caso a DC queira aproveitá-los e deu arcos interessantes para eles. Alguns foram concluídos nesta temporada, enquanto outros ganharam pano pra serem desenvolvidos posteriormente na segunda temporada ou em outras produções.

E isso que é o mais legal dessa série. Não importa o quão secundário seja o personagem, ele vai ganhar ser tempo de tela e terá um desenvolvimento que muitas vezes personagens nos cinemas, em um filme de quase três horas, não conseguem ter.

E como não podia ser diferente, James Gunn trouxe mais uma trilha musical do cenário alternativo do rock dos anos 80 com perfeição. Apesar de algumas não dialogarem exatamente com o momento dos personagens, elas os complementam ou trazem uma nova visão para eles. E conforme os protagonistas vão se entendendo como equipe, a trilha começa a ficar mais harmônica com o momento deles, saindo do caos inicial para algo que casa melhor com as situações. Não tem jeito, James Gunn sabe como poucos escolher essas canções. É praticamente um casting a parte.

Por fim, quem sai mais em alta dessa produção, além do próprio James Gunn, que está com a moral lá em cima tanto com Marvel quanto DC, é o ator John Cena.

Ícone do WWE, quando o lutador migrou para os cinemas, não houve muita gente que botasse fé em seu trabalho como ator. Agora, há mais de uma década nas telonas, Cena parece ter encontrado seu nicho, sabendo misturar o humor com a ação e até mesmo o drama. Quem fazia muito bem isso eram os brucutus dos anos 80, como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. No entanto, acho que vale a pena cometer essa heresia para os fãs do ex-governador da Califórnia e dizer que enxergo potencial em Cena para superá-lo como ator mais pra frente.

Já sobre aquele problema citado por mim no início, não dá para dizer que James Gunn mudou seu estilo no meio da série. No entanto, ele soube trabalhar seu vício narrativo alternando os momentos de repetição com quebras de expectativas e a inserção de novas piadas em meio às insistências nos diálogos repetitivos. Isso deixou mais divertido o roteiro e melhorou o ritmo da produção, que também contou com boas cenas de ação, principalmente para uma série de TV.

O resultado disso foi o grande sucesso do ano até aqui e uma das séries do mundo dos heróis e vilões de quadrinhos mais divertidas do momento.

Nota: 8,5.

A primeira temporada de Pacificador está disponível no HBO Max.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Passados os oito episódios, Gunn conseguiu pegar um elenco composto praticamente por coadjuvantes e transformá-los em protagonistas de uma história que soube ousar para revelar um lado ainda não explorado do Universo DC. Enquanto os filmes ficam nessa indefinição do que será feito nos cinemas, James Gunn teve a liberdade de trabalhar personagens que nunca seriam sequer mencionados nas telonas, trazendo histórias, heróis e vilões que não contam exatamente com um fandom como o dos principais nomes da casa.

Fora isso, ele criou novos personagens que podem passar a fazer parte dos quadrinhos, caso a DC queira aproveitá-los e deu arcos interessantes para eles. Alguns foram concluídos nesta temporada, enquanto outros ganharam pano pra serem desenvolvidos posteriormente na segunda temporada ou em outras produções.

E isso que é o mais legal dessa série. Não importa o quão secundário seja o personagem, ele vai ganhar ser tempo de tela e terá um desenvolvimento que muitas vezes personagens nos cinemas, em um filme de quase três horas, não conseguem ter.

E como não podia ser diferente, James Gunn trouxe mais uma trilha musical do cenário alternativo do rock dos anos 80 com perfeição. Apesar de algumas não dialogarem exatamente com o momento dos personagens, elas os complementam ou trazem uma nova visão para eles. E conforme os protagonistas vão se entendendo como equipe, a trilha começa a ficar mais harmônica com o momento deles, saindo do caos inicial para algo que casa melhor com as situações. Não tem jeito, James Gunn sabe como poucos escolher essas canções. É praticamente um casting a parte.

Por fim, quem sai mais em alta dessa produção, além do próprio James Gunn, que está com a moral lá em cima tanto com Marvel quanto DC, é o ator John Cena.

Ícone do WWE, quando o lutador migrou para os cinemas, não houve muita gente que botasse fé em seu trabalho como ator. Agora, há mais de uma década nas telonas, Cena parece ter encontrado seu nicho, sabendo misturar o humor com a ação e até mesmo o drama. Quem fazia muito bem isso eram os brucutus dos anos 80, como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. No entanto, acho que vale a pena cometer essa heresia para os fãs do ex-governador da Califórnia e dizer que enxergo potencial em Cena para superá-lo como ator mais pra frente.

Já sobre aquele problema citado por mim no início, não dá para dizer que James Gunn mudou seu estilo no meio da série. No entanto, ele soube trabalhar seu vício narrativo alternando os momentos de repetição com quebras de expectativas e a inserção de novas piadas em meio às insistências nos diálogos repetitivos. Isso deixou mais divertido o roteiro e melhorou o ritmo da produção, que também contou com boas cenas de ação, principalmente para uma série de TV.

O resultado disso foi o grande sucesso do ano até aqui e uma das séries do mundo dos heróis e vilões de quadrinhos mais divertidas do momento.

Nota: 8,5.

A primeira temporada de Pacificador está disponível no HBO Max.

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