sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | Paternidade – Kevin Hart emociona em belo filme sobre a realidade de ser pai solo

Ser pai, criar uma criança, é uma tarefa muito, muito difícil. Não tem hora para começar nem para terminar, e, acima de tudo, não é esse mundo maravilhoso 24 horas que a sétima arte pinta: na real, há muitas tentativas e poucos acertos na jornada. Na tentativa de trazer um olhar mais real do que é ser pai de primeira viagem, estreia nesse final de semana na Netflix o longa ‘Paternidade’. E prepare seu lencinho, pois o filme é emocionante!

Matt (Kevin Hart) e Lizzie (Deborah Ayorinde) estão grávidos e prestes a ter seu primeiro bebê, porém, uma reviravolta no destino faz com que Matt se torne pai solo. Em pânico por se ver nessa situação que ele nunca antes imaginou se encontrar, Matt faz de tudo para aprender por conta própria como cuidar da própria filha, Maddy (Melody Hurd), até porque sua mãe, Anna (Thedra Porter), e sua sogra, Marion (Alfre Woodard) estão de olho nele, pois desejam o melhor para a neta nem que isso signifique criá-la longe do pai. Porém, Matt está focado em criar a própria filha, e não medirá esforços para conseguir fazer isso sozinho.



Tudo em ‘Paternidade’ parece comédia – a sinopse, o cartaz, o título e, a bem da verdade, o ator principal, afinal, Kevin Hart estrelou diversas comédias, como a recente adaptação de ‘Jumanji’ e o clássico ‘Todo Mundo em Pânico 3’. Parece comédia, mas não é. Trata-se de um drama, bastante acurado, cujo objetivo é retratar a experiência da paternidade solo sem o olhar romantizado que a indústria cinematográfica veio construindo ao longo dos anos.

Para tal, o roteiro de Dana Stevens e Paul Weitz, adaptado do romance real de Matt Logelin, divide o longa em duas partes bastante evidentes: a primeira, mais carregada na parte dramática, nas expectativas, nos erros e nas inúmeras dificuldades com as quais Matt se depara por ver-se sozinho na função de pai; e a segunda parte, que levanta a poeira nessa fase obscura da vida do protagonista e ganha um tom mais leve, pois anos se passaram e Matt agora já domina a arte de ser pai, embora agora esteja enfrentando outros desafios, referentes às necessidades e ao crescimento da sua filha longe da família.

Paul Weitz comanda bem seu filme, sem deixar que ‘Paternidade’ se incline demais para na carga dramática ou para a via cômica: ao contrário, dedica-se a mostrar como o tempo todo essa relação é dual, com benefícios e sacrifícios que fazem parte da responsabilidade de ser pai. Tudo isso favorecido por uma comovente e convincente atuação de Kevin Hart, totalmente à vontade com o tema, mostrando-se pronto para alçar voos mais profundos que os filmes pipocão.

Paternidade’ é um belo e sincerão retrato do sentimento agridoce de ser pai (ou mãe). Sem medo de ser direto, é um filme que abre o jogo sobre as inseguranças e os percalços dos adultos quando esse momento chega, conquistando, assim, a imediata empatia (e a identificação) dos espectadores. Um belo filme para ver nesse início de inverno, para aquecer e enternecer os corações dos papais e das mamães.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Matt (Kevin Hart) e Lizzie (Deborah Ayorinde) estão grávidos e prestes a ter seu primeiro bebê, porém, uma reviravolta no destino faz com que Matt se torne pai solo. Em pânico por se ver nessa situação que ele nunca antes imaginou se encontrar, Matt faz de tudo para aprender por conta própria como cuidar da própria filha, Maddy (Melody Hurd), até porque sua mãe, Anna (Thedra Porter), e sua sogra, Marion (Alfre Woodard) estão de olho nele, pois desejam o melhor para a neta nem que isso signifique criá-la longe do pai. Porém, Matt está focado em criar a própria filha, e não medirá esforços para conseguir fazer isso sozinho.

Tudo em ‘Paternidade’ parece comédia – a sinopse, o cartaz, o título e, a bem da verdade, o ator principal, afinal, Kevin Hart estrelou diversas comédias, como a recente adaptação de ‘Jumanji’ e o clássico ‘Todo Mundo em Pânico 3’. Parece comédia, mas não é. Trata-se de um drama, bastante acurado, cujo objetivo é retratar a experiência da paternidade solo sem o olhar romantizado que a indústria cinematográfica veio construindo ao longo dos anos.

Para tal, o roteiro de Dana Stevens e Paul Weitz, adaptado do romance real de Matt Logelin, divide o longa em duas partes bastante evidentes: a primeira, mais carregada na parte dramática, nas expectativas, nos erros e nas inúmeras dificuldades com as quais Matt se depara por ver-se sozinho na função de pai; e a segunda parte, que levanta a poeira nessa fase obscura da vida do protagonista e ganha um tom mais leve, pois anos se passaram e Matt agora já domina a arte de ser pai, embora agora esteja enfrentando outros desafios, referentes às necessidades e ao crescimento da sua filha longe da família.

Paul Weitz comanda bem seu filme, sem deixar que ‘Paternidade’ se incline demais para na carga dramática ou para a via cômica: ao contrário, dedica-se a mostrar como o tempo todo essa relação é dual, com benefícios e sacrifícios que fazem parte da responsabilidade de ser pai. Tudo isso favorecido por uma comovente e convincente atuação de Kevin Hart, totalmente à vontade com o tema, mostrando-se pronto para alçar voos mais profundos que os filmes pipocão.

Paternidade’ é um belo e sincerão retrato do sentimento agridoce de ser pai (ou mãe). Sem medo de ser direto, é um filme que abre o jogo sobre as inseguranças e os percalços dos adultos quando esse momento chega, conquistando, assim, a imediata empatia (e a identificação) dos espectadores. Um belo filme para ver nesse início de inverno, para aquecer e enternecer os corações dos papais e das mamães.

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