sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Pennyworth – Segunda temporada foca na relação de Martha Kane e Thomas Wayne

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Depois de uma primeira temporada com o pé na porta, cheia de ação, reviravoltas e uma estética sombria que resgatava a ambientação da clássica Gotham, chega agora para o aluguel sob demanda na plataforma Starzplay a segunda temporada de ‘Pennyworth’, a instigante série sobre Alfred, o famoso mordomo do Batman.



Após a tentativa de golpe de estado pela Raven Society e com a Inglaterra entrando em guerra com a Alemanha, a rainha Elizabeth (Jessica Ellerby) sente-se pressionada por todos os lados e precisa convocar novas eleições. Em um país que sofre pela crise econômica e bombardeios constantes, Alfred Pennyworth (Jack Bannon) parece viver numa realidade paralela; agora dono do próprio cabaré – no qual empregou seus amigos Bazza (Hainsley Lloyd Bennet) e Dave Boy (Ryan Fletcher) e a filha do dono do pub, Sandra (Harriet Slater) –, Alfred tem um único objetivo na cabeça: juntar dinheiro o suficiente para, com seus amigos e sua mãe, se mudar para os Estados Unidos, deixando todo o seu passado mafioso e a ameaça da guerra para trás. Porém, uma tramoia faz com que o grupo perca todas as suas economias de repente, por isso Alfie e seus amigos terão que correr atrás de descobrir quem roubou o dinheiro deles.

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Por esta ser a segunda temporada da série, temos a sensação de que perdemos alguma coisa entre o último capítulo e o início da presente temporada. Quer dizer, enquanto o encerramento anterior terminou com os vilões neofascistas todos presos ou contidos e Alfie, embora arrogante, ainda mantinha algum carisma, os primeiros episódios da segunda fase de ‘Pennyworth’ começam com os vilões soltos, Alfred dono de restaurante do nada, Martha Kane (Emma Paetz) como uma militante guerrilheira que luta na resistência do norte de Londres e oficializa Thomas Wayne (Ben Aldridge) como um agente da CIA. A única que mais ou menos mantém a integridade do personagem é Bet Sykes (Paloma Faith), que continua bem doida e descontrolada, embora apareça trabalhando para a Raven como uma militar opressora, e a gente fica sem entender como que tudo isso aconteceu. Supostamente, no roteiro de Bob Kane e Bill Finger tudo isso aconteceu após apenas um ano da temporada anterior.

O arco inicial da série criada por Bruno Heller aparenta confusão e até desconexão com a temporada anterior. Parece que todos os personagens mudaram suas características, como se fossem outras pessoas. Porém, a direção de arte, a caracterização e o figurino permanecem impecáveis, preenchendo a tela com seu tom noir investigativo, apoiada pela novamente incrível trilha sonora e um ar sombrio que transporta o espectador à Gotham raiz – mesmo que se trate de Londres.

A segunda temporada de ‘Pennyworth’ tem bastante potencial, embora traga um início caudaloso. Mas, em se tratando de Batman e DC, sabemos que tudo pode acontecer, e, enquanto ‘The Batman’ não chega ao grande público, é uma ótima opção para ir consumindo o universo do Cavaleiro Solitário enquanto aguardamos por novos filmes.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Depois de uma primeira temporada com o pé na porta, cheia de ação, reviravoltas e uma estética sombria que resgatava a ambientação da clássica Gotham, chega agora para o aluguel sob demanda na plataforma Starzplay a segunda temporada de ‘Pennyworth’, a instigante série sobre Alfred, o famoso mordomo do Batman.

Após a tentativa de golpe de estado pela Raven Society e com a Inglaterra entrando em guerra com a Alemanha, a rainha Elizabeth (Jessica Ellerby) sente-se pressionada por todos os lados e precisa convocar novas eleições. Em um país que sofre pela crise econômica e bombardeios constantes, Alfred Pennyworth (Jack Bannon) parece viver numa realidade paralela; agora dono do próprio cabaré – no qual empregou seus amigos Bazza (Hainsley Lloyd Bennet) e Dave Boy (Ryan Fletcher) e a filha do dono do pub, Sandra (Harriet Slater) –, Alfred tem um único objetivo na cabeça: juntar dinheiro o suficiente para, com seus amigos e sua mãe, se mudar para os Estados Unidos, deixando todo o seu passado mafioso e a ameaça da guerra para trás. Porém, uma tramoia faz com que o grupo perca todas as suas economias de repente, por isso Alfie e seus amigos terão que correr atrás de descobrir quem roubou o dinheiro deles.

Por esta ser a segunda temporada da série, temos a sensação de que perdemos alguma coisa entre o último capítulo e o início da presente temporada. Quer dizer, enquanto o encerramento anterior terminou com os vilões neofascistas todos presos ou contidos e Alfie, embora arrogante, ainda mantinha algum carisma, os primeiros episódios da segunda fase de ‘Pennyworth’ começam com os vilões soltos, Alfred dono de restaurante do nada, Martha Kane (Emma Paetz) como uma militante guerrilheira que luta na resistência do norte de Londres e oficializa Thomas Wayne (Ben Aldridge) como um agente da CIA. A única que mais ou menos mantém a integridade do personagem é Bet Sykes (Paloma Faith), que continua bem doida e descontrolada, embora apareça trabalhando para a Raven como uma militar opressora, e a gente fica sem entender como que tudo isso aconteceu. Supostamente, no roteiro de Bob Kane e Bill Finger tudo isso aconteceu após apenas um ano da temporada anterior.

O arco inicial da série criada por Bruno Heller aparenta confusão e até desconexão com a temporada anterior. Parece que todos os personagens mudaram suas características, como se fossem outras pessoas. Porém, a direção de arte, a caracterização e o figurino permanecem impecáveis, preenchendo a tela com seu tom noir investigativo, apoiada pela novamente incrível trilha sonora e um ar sombrio que transporta o espectador à Gotham raiz – mesmo que se trate de Londres.

A segunda temporada de ‘Pennyworth’ tem bastante potencial, embora traga um início caudaloso. Mas, em se tratando de Batman e DC, sabemos que tudo pode acontecer, e, enquanto ‘The Batman’ não chega ao grande público, é uma ótima opção para ir consumindo o universo do Cavaleiro Solitário enquanto aguardamos por novos filmes.

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