domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Pixels

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Adam Sandler não é diretor, mas ‘Pixels‘ se parece com a maioria dos filmes protagonizados pelo ator/produtor. Há uma influência clara no roteiro e na direção, talvez não diretamente, mas certamente pode-se sentir um toque da sua personalidade. Algo que não é ruim por si só, mas deixa este filme com a mesma sensação de outros, como ‘Click‘ (2006, Frank Coraci) e ‘Cada um tem a Gêmea que Merece‘ (2011, Dennis Dugan), e são uma aposta segura de alguém que quer ganhar dinheiro à partir da mediocridade e esquematização de um filme feito de qualquer jeito.

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Quanto ao humor, é exatamente o que se espera da linha de produção Sandler. Engraçado? Às vezes. Mas nunca pelas piadas, sempre pelo carisma dos atores, algo que também é recorrente nesses filmes. Existem alguns bons momentos, e outros em que tive de fechar os olhos por não aguentar a vergonha alheia. Um, em particular, me chamou atenção pela seriedade com que é proferido o diálogo: “Você joga Space Invaders? Por que está invadindo meu espaço” (Não, você não é o único. Eu me contorci na poltrona).

A história envolve Sam Brenner (Adam Sandler), um ex-campeão de vídeo game que, adivinhe, precisa salvar o mundo de alienígenas que se transmutam em personagens de vídeo games. O filme inteiro é rodeado por esses absurdos, como a ascensão do melhor amigo de Sam ao posto de presidente dos estados unidos e a própria invasão dos alienígenas a terra que se dá por uma capsula enviada pela NASA contendo, entre outras coisas, imagens do torneio que Sam participou em 1982.

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Embora isso denuncie mais ainda a maneira industrial e formulaica que são produzidos alguns, senão todos os filmes “de” Sandler, isso por si só não é o problema. No epicentro desse terremoto de mediocridade estão a construção de humor ruim e a natureza extremamente esquemática do roteiro. Quando ouço falar de Adam Sandler, a primeira coisa que me vem à cabeça é uma mãe solteira com um filho pequeno, ou algo que envolva Sandler tentando conquistar uma mulher e ganhando a amizade de um garotinho, e que consta no filme. Também a amizade com um “bobalhão” e o antagonista que vira companheiro, se redimindo nos momentos finais do filme (argh!).

A comédia é toda constituída de piadas como a do Space Invaders e algumas reações e situações desconfortáveis que funcionam apenas por que, bem, os atores têm carisma. Até Sandler que é Sandler, não se pode negar, tem uma boa dose de carisma, mas que é, geralmente, mal aproveitado em caça-níquéis como esses. Todo o humor no filme tinha tudo para ser um desastre, ficando perto do limite para isso acontecer, mas quase sempre se safando devido a este carisma, em especial do excelente Peter Dinklage, que interpreta o ex-rival de Sam nas competições de vídeo game. A performance é forte, compondo um personagem caricatural, mas que não deixa de ser engraçado.

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Quando o filme progride e se aproxima do final, vê-se uma busca desesperada por um desfecho feliz artificial. As referências se aglomeram em um bolo de ação, filmado de maneira extremamente convencional e, pouco interessante muitas vezes, em conjunto com um dos piores usos de música que eu já vi, num conjunto que resulta fraquíssimo. Não que as cenas sejam um desastre total, mas We Will Rock You merecia coisa muito melhor do que isso.

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Adam Sandler não é diretor, mas ‘Pixels‘ se parece com a maioria dos filmes protagonizados pelo ator/produtor. Há uma influência clara no roteiro e na direção, talvez não diretamente, mas certamente pode-se sentir um toque da sua personalidade. Algo que não é ruim por si só, mas deixa este filme com a mesma sensação de outros, como ‘Click‘ (2006, Frank Coraci) e ‘Cada um tem a Gêmea que Merece‘ (2011, Dennis Dugan), e são uma aposta segura de alguém que quer ganhar dinheiro à partir da mediocridade e esquematização de um filme feito de qualquer jeito.

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Quanto ao humor, é exatamente o que se espera da linha de produção Sandler. Engraçado? Às vezes. Mas nunca pelas piadas, sempre pelo carisma dos atores, algo que também é recorrente nesses filmes. Existem alguns bons momentos, e outros em que tive de fechar os olhos por não aguentar a vergonha alheia. Um, em particular, me chamou atenção pela seriedade com que é proferido o diálogo: “Você joga Space Invaders? Por que está invadindo meu espaço” (Não, você não é o único. Eu me contorci na poltrona).

A história envolve Sam Brenner (Adam Sandler), um ex-campeão de vídeo game que, adivinhe, precisa salvar o mundo de alienígenas que se transmutam em personagens de vídeo games. O filme inteiro é rodeado por esses absurdos, como a ascensão do melhor amigo de Sam ao posto de presidente dos estados unidos e a própria invasão dos alienígenas a terra que se dá por uma capsula enviada pela NASA contendo, entre outras coisas, imagens do torneio que Sam participou em 1982.

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Embora isso denuncie mais ainda a maneira industrial e formulaica que são produzidos alguns, senão todos os filmes “de” Sandler, isso por si só não é o problema. No epicentro desse terremoto de mediocridade estão a construção de humor ruim e a natureza extremamente esquemática do roteiro. Quando ouço falar de Adam Sandler, a primeira coisa que me vem à cabeça é uma mãe solteira com um filho pequeno, ou algo que envolva Sandler tentando conquistar uma mulher e ganhando a amizade de um garotinho, e que consta no filme. Também a amizade com um “bobalhão” e o antagonista que vira companheiro, se redimindo nos momentos finais do filme (argh!).

A comédia é toda constituída de piadas como a do Space Invaders e algumas reações e situações desconfortáveis que funcionam apenas por que, bem, os atores têm carisma. Até Sandler que é Sandler, não se pode negar, tem uma boa dose de carisma, mas que é, geralmente, mal aproveitado em caça-níquéis como esses. Todo o humor no filme tinha tudo para ser um desastre, ficando perto do limite para isso acontecer, mas quase sempre se safando devido a este carisma, em especial do excelente Peter Dinklage, que interpreta o ex-rival de Sam nas competições de vídeo game. A performance é forte, compondo um personagem caricatural, mas que não deixa de ser engraçado.

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Quando o filme progride e se aproxima do final, vê-se uma busca desesperada por um desfecho feliz artificial. As referências se aglomeram em um bolo de ação, filmado de maneira extremamente convencional e, pouco interessante muitas vezes, em conjunto com um dos piores usos de música que eu já vi, num conjunto que resulta fraquíssimo. Não que as cenas sejam um desastre total, mas We Will Rock You merecia coisa muito melhor do que isso.

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