quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Por Lugares Incríveis – Adaptação da Netflix com Elle Fanning não tem NADA de incrível

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É incrível o número de adaptações que existem no audiovisual hoje em dia, especialmente, quando o assunto se torna Young Adult. Esta categoria de literatura vem ganhando cada vez mais o mundo cinematográfico e com isso contribuindo para este aumento. Jennifer Niven, autora do livro Por Lugares Incríveis, também recebeu este espaço na plataforma Netflix com um filme de mesmo nome.

O longa-metragem conta a história de Violet Markey (Elle Fanning) e Theodore Finch (Justice Smith) que se conhecem e mudam a vida um do outro para sempre. Os jovens enfrentam suas próprias batalhas emocionais e passados doloridos, e juntos descobrem pequenos lugares e momentos marcantes. É o que diz, basicamente, a sinopse.



Adaptado pela própria autora do livro em parceria com Liz Hannah (Casal Improvável), a narrativa tenta trabalhar mesclando momentos divertidos e leves com tons mais dramáticos e até mesmo um pouco pesados. Apesar de possuir dois protagonistas, é evidente, desde o princípio, que assim como todos os outros personagens, poucos sabemos e pouco ficaremos a saber sobre Finch. A produção se centraliza em torno da jovem Violet e parece esquecer o background, as cenas pessoais, etc, do personagem de Smith no churrasco.

A história tenta permear em volta de situações muito debatidas na sociedade atual como depressão, tentativa de suicídio, bipolaridade, entre outros, contudo, falha em aprofundar tais temas. O mais difícil está na relação dos personagens principais que deveriam ter química como casal, mas somente funcionam em tela como bons amigos. É como se o tempo todo estivesse falta um ‘q’ a mais que nunca chega. Os outros personagens como os pais de Violet, a irmã de Finch e até seus amigos são pouco mostrados, e o que tem algum momento de maior relevância é Charlie (Lamar Johson), que numa cena curta consegue deixar uma mensagem positivo ao público.

A direção quem assina é Brett Haley (Coração Batendo Alto) que não consegue entregar nada além do que o roteiro dita e algumas paisagens até que intrigantes. Tirando esses fatores parece que o espectador está vendo o mais do mesmo em um filme classificado teen. Não há inovação, não há convencimento em cena, tanto por parte da direção quanto da atuação. É difícil criar empatia com tudo o que está se desenrolando e até mesmo se surpreender onde deveria ser surpreendido.

A direção de arte ganha pontos positivos por entregar o que a narrativa pede e até mesmo conseguir providenciar credibilidade nos cenários escolhidos. A trilha sonora do longa-metragem também é um dos pontos altos e de fato desperta a vontade de ouvir por uns bons dias as músicas tocadas. Exceto por essas tecnicalidades acertadas, a produção é um verdadeiro universo de tentativa que falha sempre em acertar. É tanta ponta solta e mal aprofundada que a vontade é desistir no meio para assistir algo mais bem construído.

Por Lugares Incríveis é um filme que possui elementos para ser tudo aquilo que os fãs dos livros esperavam, entretanto, falha miseravelmente em entregar algo com o mínimo possível de qualidade. Uma pena, de fato!

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O longa-metragem conta a história de Violet Markey (Elle Fanning) e Theodore Finch (Justice Smith) que se conhecem e mudam a vida um do outro para sempre. Os jovens enfrentam suas próprias batalhas emocionais e passados doloridos, e juntos descobrem pequenos lugares e momentos marcantes. É o que diz, basicamente, a sinopse.

Adaptado pela própria autora do livro em parceria com Liz Hannah (Casal Improvável), a narrativa tenta trabalhar mesclando momentos divertidos e leves com tons mais dramáticos e até mesmo um pouco pesados. Apesar de possuir dois protagonistas, é evidente, desde o princípio, que assim como todos os outros personagens, poucos sabemos e pouco ficaremos a saber sobre Finch. A produção se centraliza em torno da jovem Violet e parece esquecer o background, as cenas pessoais, etc, do personagem de Smith no churrasco.

A história tenta permear em volta de situações muito debatidas na sociedade atual como depressão, tentativa de suicídio, bipolaridade, entre outros, contudo, falha em aprofundar tais temas. O mais difícil está na relação dos personagens principais que deveriam ter química como casal, mas somente funcionam em tela como bons amigos. É como se o tempo todo estivesse falta um ‘q’ a mais que nunca chega. Os outros personagens como os pais de Violet, a irmã de Finch e até seus amigos são pouco mostrados, e o que tem algum momento de maior relevância é Charlie (Lamar Johson), que numa cena curta consegue deixar uma mensagem positivo ao público.

A direção quem assina é Brett Haley (Coração Batendo Alto) que não consegue entregar nada além do que o roteiro dita e algumas paisagens até que intrigantes. Tirando esses fatores parece que o espectador está vendo o mais do mesmo em um filme classificado teen. Não há inovação, não há convencimento em cena, tanto por parte da direção quanto da atuação. É difícil criar empatia com tudo o que está se desenrolando e até mesmo se surpreender onde deveria ser surpreendido.

A direção de arte ganha pontos positivos por entregar o que a narrativa pede e até mesmo conseguir providenciar credibilidade nos cenários escolhidos. A trilha sonora do longa-metragem também é um dos pontos altos e de fato desperta a vontade de ouvir por uns bons dias as músicas tocadas. Exceto por essas tecnicalidades acertadas, a produção é um verdadeiro universo de tentativa que falha sempre em acertar. É tanta ponta solta e mal aprofundada que a vontade é desistir no meio para assistir algo mais bem construído.

Por Lugares Incríveis é um filme que possui elementos para ser tudo aquilo que os fãs dos livros esperavam, entretanto, falha miseravelmente em entregar algo com o mínimo possível de qualidade. Uma pena, de fato!

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