sexta-feira , 8 novembro , 2024

Crítica | Por Toda Minha Vida: Romance com Jessica Rothe é o sentimentalismo que amamos assistir na Netflix em dias pacatos

Como folhear um álbum de fotos de algum desconhecido, assistir a Por Toda Minha Vida é estar diante de um pequeno e delicado recorte de um amor efêmero, mas intenso. Feito de memórias, o longa é inspirado na história real de Jennifer Carter e Solomon Chau e rapidamente nos conquista por justamente trazer às telas um romance tão genuíno e palpável como a dor de seu próprio protagonista. E com um roteiro simples, que muito se apoia na química entre o elenco principal, o romance é um compilado de clichês amorosos aconchegantes, que sobrepõem a própria cafonice dos chavões hollywoodianos com uma leve inspiração para dias difíceis.

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Ainda que Por Toda Minha Vida não seja absolutamente nada inovador em sua construção narrativa, o longa dirigido por Marc Meyers não perde seu valor e tão pouco desperdiça nossa atenção. Trazendo uma história inspiradora sobre a pequeneza da existência humana diante das circunstâncias, o drama romântico é – por essência – um conto mais sobre a vida do que sobre a morte. Se apoiando na trajetória do casal verdadeiro, que lutou diante de um diagnóstico de câncer no fígado para realizar o sonho de se casar, a produção é um lembrete de que há sempre um latente feixe de esperança em meio à dor.



Com a proposta de que para cada dia basta o seu próprio mal, o romance é curto e recheado de momentos memoráveis tantas vezes repetidos em outros longas do gênero. Entre sequências musicadas, um flashmob que se encerra com pedido de casamento e momentos adocicados repletos de ternura, o filme é uma misturinha superficial de inúmeros sucessos românticos dos anos 90 e 2000, mas sem aquela mesma estética autoral tão emblemática que tornou filmes como Doce Novembro em clássico irremediável. 

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Mas ainda que falte aquela magia única que nos faz suspirar e derramar rios infindáveis de lágrimas, Por Toda Minha Vida consegue cruzar a barreira do dramalhão sentimental ao sempre nos lembrar que por trás de cada instante piegas e cinematograficamente planejado, existe uma verdadeira história de amor enlutada. E isso é motivo o bastante para nos manter ali, diante da tela e diante dos olhares que Jessica Rothe e Harry Shum Jr. tanto trocam ao longo de 1h30 de filme. 

E é essa mesma química que nos sustenta. Entre a delicadeza de Rothe e o bom humor de Shum Jr., existe uma imensidão de carisma e dinamismo. Feitos um para o outro nesse filme, a dupla abraça a experiência de Jennifer e Solomon e a tomam para si, homenageando o casal real, à medida em que honram a bela e curta trajetória vivida por Chau. E sob uma trilha sonora leve e personagens coadjuvantes carismáticos e alinhados que funcionam bem na tela, Por Toda a Minha Vida é uma ode ao privilégio de construir a vida a dois e de poder compartilhar a alegria e a dor com que se ama – independente de como seja seu suspiro final.

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Ainda que Por Toda Minha Vida não seja absolutamente nada inovador em sua construção narrativa, o longa dirigido por Marc Meyers não perde seu valor e tão pouco desperdiça nossa atenção. Trazendo uma história inspiradora sobre a pequeneza da existência humana diante das circunstâncias, o drama romântico é – por essência – um conto mais sobre a vida do que sobre a morte. Se apoiando na trajetória do casal verdadeiro, que lutou diante de um diagnóstico de câncer no fígado para realizar o sonho de se casar, a produção é um lembrete de que há sempre um latente feixe de esperança em meio à dor.

Com a proposta de que para cada dia basta o seu próprio mal, o romance é curto e recheado de momentos memoráveis tantas vezes repetidos em outros longas do gênero. Entre sequências musicadas, um flashmob que se encerra com pedido de casamento e momentos adocicados repletos de ternura, o filme é uma misturinha superficial de inúmeros sucessos românticos dos anos 90 e 2000, mas sem aquela mesma estética autoral tão emblemática que tornou filmes como Doce Novembro em clássico irremediável. 

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Mas ainda que falte aquela magia única que nos faz suspirar e derramar rios infindáveis de lágrimas, Por Toda Minha Vida consegue cruzar a barreira do dramalhão sentimental ao sempre nos lembrar que por trás de cada instante piegas e cinematograficamente planejado, existe uma verdadeira história de amor enlutada. E isso é motivo o bastante para nos manter ali, diante da tela e diante dos olhares que Jessica Rothe e Harry Shum Jr. tanto trocam ao longo de 1h30 de filme. 

E é essa mesma química que nos sustenta. Entre a delicadeza de Rothe e o bom humor de Shum Jr., existe uma imensidão de carisma e dinamismo. Feitos um para o outro nesse filme, a dupla abraça a experiência de Jennifer e Solomon e a tomam para si, homenageando o casal real, à medida em que honram a bela e curta trajetória vivida por Chau. E sob uma trilha sonora leve e personagens coadjuvantes carismáticos e alinhados que funcionam bem na tela, Por Toda a Minha Vida é uma ode ao privilégio de construir a vida a dois e de poder compartilhar a alegria e a dor com que se ama – independente de como seja seu suspiro final.

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