sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Sadako vs Kayako – Dois ícones do gênero caem na porrada e são os fãs que perdem

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O que começou como uma piada de primeiro de abril, logo se tornou realidade. A ideia de um confronto entre Sadako e Kayako já era antiga, mas ver a possibilidade disso acontecer – mesmo em um vídeo de paródia –, foi o suficiente para fazer o projeto sair do papel. As franquias ‘Ringu‘ e ‘Ju-On‘ – conhecidas no Brasil como ‘O Chamado‘ e ‘O Grito‘ – foram responsáveis por consolidar dois ícones femininos do gênero terror. Na década passada, seus respectivos remakes americanos ajudaram a disseminar suas presenças na cultura popular, dando ainda mais visibilidade ao material original. Ambas as franquias seguiram um caminho de sucesso, com diversas sequências, reboots e, por fim, desgaste. Para recuperar o sentimento de empolgação dos fãs, nada mais justo do que colocar essas duas vilãs para brigar.

Na trama, Yuri Kurahashi e sua amiga assistem a uma fita de vídeo amaldiçoada e descobrem que têm apenas dois dias de vida. Desesperadas para se livrarem da maldição, as jovens ouvem sobre a lenda de Kayako, que mata todos que ousam entrar em sua casa. Logo, elas visitam o lugar, ficando à mercê de duas maldições diferentes, o que acaba provocando um embate entre Sadako e Kayako – ambas querendo reclamar suas vítimas. Quem sairá vitoriosa desse confronto?



Apesar desse filme estar tentando mesclar duas franquias com suas próprias mitologias, construídas através de diversas sequências, quase tudo é jogado no fundo do poço. A maldição da Sadako é retalhada e agora as pessoas só têm dois dias de vida ao invés de sete. Não há motivos sólidos para a mudança das “regras” além de acelerar o ritmo do filme e fazer vítimas com mais rapidez. Além disso, o conteúdo do vídeo também é diferente – agora é apenas a Sadako parada no fundo da tela por muito, muito tempo. E o que dizer da Kayako? Foi jogada para o lado, fazendo figuração de luxo.

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O grande problema desse filme, que acontece com a maioria dos crossovers que prometem uma briga entre dois icônicos vilões, é que não há confronto suficiente. Quando a produção atrai os espectadores com a promessa de Sadako versus Kayako, espera-se uma briga de verdade, ao invés de um embate de 2 minutos que acontece logo antes dos créditos finais. Além disso, a Kayako é praticamente ignorada por grande parte do filme; é como se fosse apenas um filme solo da Sadako e ela acabou caindo de paraquedas. Não há um equilíbrio entre as duas vilãs, o que dificulta a expectativa do confronto entre elas. O roteiro deveria ter investido em duas narrativas separadas que eventualmente se encontrariam, assim como as vilãs.

Não espere cenas aterrorizantes ou sequências tensas, pois o tom desse filme é quase cômico. Funciona mais como uma paródia das franquias do que uma assustadora fusão entre elas. Nesse aspecto, o filme acerta, pois consegue divertir com as loucuras que apresenta ao não se levar a sério. Os envolvidos sabiam que não estavam fazendo uma obra-prima, então investiram na diversão para poupar os espectadores de perderem 90 minutos de suas vidas entediados. E o mais interessante é que isso os permitiu promover o filme das formas mais bizarras e criativas possíveis, com direito a uma partida de basebol entre as vilãs e até mesmo um perfil cômico no Instagram mostrando o cotidiano da Kayako e Toshio.

Para aqueles que esperavam por um filme épico e digno do confronto entre duas das maiores vilãs do gênero, o resultado será um banho de água fria (do poço). ‘Sadako vs Kayako‘ representa uma grande oportunidade perdida, tornando-se óbvio que o longa foi produzido apenas para capitalizar no sucesso de ambas as franquias, sem se importar com suas mitologias ou seus fãs. Dito isso, esse filme é divertido o suficiente para agradar aqueles que forem assistir sem muita pretensão. O desfecho é a própria definição de insanidade, deixando as portas para uma nova sequência que provavelmente nunca acontecerá. Infelizmente, nesse embate entre Sadako e Kayako, quem perdeu foi o próprio espectador, que merecia bem mais.

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O que começou como uma piada de primeiro de abril, logo se tornou realidade. A ideia de um confronto entre Sadako e Kayako já era antiga, mas ver a possibilidade disso acontecer – mesmo em um vídeo de paródia –, foi o suficiente para fazer o projeto sair do papel. As franquias ‘Ringu‘ e ‘Ju-On‘ – conhecidas no Brasil como ‘O Chamado‘ e ‘O Grito‘ – foram responsáveis por consolidar dois ícones femininos do gênero terror. Na década passada, seus respectivos remakes americanos ajudaram a disseminar suas presenças na cultura popular, dando ainda mais visibilidade ao material original. Ambas as franquias seguiram um caminho de sucesso, com diversas sequências, reboots e, por fim, desgaste. Para recuperar o sentimento de empolgação dos fãs, nada mais justo do que colocar essas duas vilãs para brigar.

Na trama, Yuri Kurahashi e sua amiga assistem a uma fita de vídeo amaldiçoada e descobrem que têm apenas dois dias de vida. Desesperadas para se livrarem da maldição, as jovens ouvem sobre a lenda de Kayako, que mata todos que ousam entrar em sua casa. Logo, elas visitam o lugar, ficando à mercê de duas maldições diferentes, o que acaba provocando um embate entre Sadako e Kayako – ambas querendo reclamar suas vítimas. Quem sairá vitoriosa desse confronto?

Apesar desse filme estar tentando mesclar duas franquias com suas próprias mitologias, construídas através de diversas sequências, quase tudo é jogado no fundo do poço. A maldição da Sadako é retalhada e agora as pessoas só têm dois dias de vida ao invés de sete. Não há motivos sólidos para a mudança das “regras” além de acelerar o ritmo do filme e fazer vítimas com mais rapidez. Além disso, o conteúdo do vídeo também é diferente – agora é apenas a Sadako parada no fundo da tela por muito, muito tempo. E o que dizer da Kayako? Foi jogada para o lado, fazendo figuração de luxo.

O grande problema desse filme, que acontece com a maioria dos crossovers que prometem uma briga entre dois icônicos vilões, é que não há confronto suficiente. Quando a produção atrai os espectadores com a promessa de Sadako versus Kayako, espera-se uma briga de verdade, ao invés de um embate de 2 minutos que acontece logo antes dos créditos finais. Além disso, a Kayako é praticamente ignorada por grande parte do filme; é como se fosse apenas um filme solo da Sadako e ela acabou caindo de paraquedas. Não há um equilíbrio entre as duas vilãs, o que dificulta a expectativa do confronto entre elas. O roteiro deveria ter investido em duas narrativas separadas que eventualmente se encontrariam, assim como as vilãs.

Não espere cenas aterrorizantes ou sequências tensas, pois o tom desse filme é quase cômico. Funciona mais como uma paródia das franquias do que uma assustadora fusão entre elas. Nesse aspecto, o filme acerta, pois consegue divertir com as loucuras que apresenta ao não se levar a sério. Os envolvidos sabiam que não estavam fazendo uma obra-prima, então investiram na diversão para poupar os espectadores de perderem 90 minutos de suas vidas entediados. E o mais interessante é que isso os permitiu promover o filme das formas mais bizarras e criativas possíveis, com direito a uma partida de basebol entre as vilãs e até mesmo um perfil cômico no Instagram mostrando o cotidiano da Kayako e Toshio.

Para aqueles que esperavam por um filme épico e digno do confronto entre duas das maiores vilãs do gênero, o resultado será um banho de água fria (do poço). ‘Sadako vs Kayako‘ representa uma grande oportunidade perdida, tornando-se óbvio que o longa foi produzido apenas para capitalizar no sucesso de ambas as franquias, sem se importar com suas mitologias ou seus fãs. Dito isso, esse filme é divertido o suficiente para agradar aqueles que forem assistir sem muita pretensão. O desfecho é a própria definição de insanidade, deixando as portas para uma nova sequência que provavelmente nunca acontecerá. Infelizmente, nesse embate entre Sadako e Kayako, quem perdeu foi o próprio espectador, que merecia bem mais.

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