domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Sai de Baixo – O Filme não consegue resgatar a graça nem o humor da série

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De volta para o Largo do Arouche! ‘Sai de Baixo‘, a série, marcou época quando foi exibida na Rede Globo lá no final da década 90. Gravada num palco, a produção era conhecida por ser um mix de peça de teatro, com comédia de improvisação, contava com um humor bem popular que era apoiado num texto afiado e divertido, e que no final, fez um enorme sucesso durante o tempo que ficou no ar.

E agora em pleno 2019, ‘Sai de Baixo‘ vira filme, nos entrega uma nova (e maluca!) aventura da família mais trambiqueira da TV brasileira. Eles estão de volta com os mesmos problemas de antes, só que agora, adaptados e jogados diretamente para os tempos atuais. E ‘Sai de Baixo – O Filme‘ (2019) nada mais é do que isso, um apelo para a nostalgia, para outros tempos que pareciam ser menos complicados, onde a produção dá espaço, novamente para os absurdos e non-sense que víamos no programa, mas que nos dias de hoje parecem não ter mais local para ser apreciados.



Claro, ‘Sai de Baixo‘ sempre foi um programa bem exagerado, como se fosse um ponto fora da curva na programação classuda da Rede Globo. Poderia ser visto como uma sátira, uma comédia de exageros que apontava o dedo para diversos níveis da sociedade brasileira, mas será que o grande público, que ria das piadas do porteiro Ribamar (Tom Cavalcante, aqui no filme parece estar ligado na tomada), ou de quando Caco Antibes (Miguel Falabella, bem e como se o tempo não tivesse passado), mandava a mulher calar a boca, necessariamente se preocupava com isso?

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Exibido aos domingos à noite, a série sempre pareceu usar temas do dia-dia e do cotidiano do brasileiro, que se reunia para assistir ao programa, para contar sua história, e agora na versão em filme, o roteiro de Miguel Falabella não escapa muito disso. Assim, o texto do longa coloca os personagens no mundo real efetivamente, e os faz sair do apartamento do Largo do Arouche para uma aventura de ônibus pelo Brasil. Se antes ‘Sai de Baixo‘ parecia ser a própria definição da sociedade brasileira, agora no filme isso fica muito mais claro. O longa-metragem, aposta novamente em um humor simples, com piadas de fácil entendimento, podendo até ser uma aposta divertida, mesmo que hoje em dia o programa pudesse ser classificado como “politicamente incorreto”. É como se ‘Sai de Baixo – O Filme‘ fosse aquele seu tio que no Natal faz a piada do pavê, sabe? Não cola mais.

A versão de 2019 parece continuar com esse pensamento e vemos que não mudou nada em sua essência. Se participasse do desafio dos 10 anos, veríamos que ‘Sai de Baixo – O Filme‘ apenas deu uma nova roupagem para seus antigos personagens, onde, até mesmo o canguru perneta, parece voltar a pular (mesmo com dificuldades de uma perna só) e cair no mesmo local. Na trama do filme, vemos que ao sair da prisão, Caco Antibes (Falabella) encontra sua família na maior pindaíba, mas mesmo assim, não descem na posição de patrões. Então, vemos o grupo envolvido com escândalos financeiros, roubalheira envolvendo dinheiro público, planos infalíveis, e aqui a trama nos apresenta golpes que envolvem pedras preciosas em malas coloridas. Nada que o brasileiro não esteja cansado de ver nos telejornais.

O filme tem uma veia cômica que apela e muito para piadas visuais e gráficas, e se apoia em momentos não muito bem elaborados ou pensados, como fazer piada quando um personagem come uma manga, ou até mesmo se confunde com uma privada tecnológica cheia de botões.

Sai de Baixo‘ é uma sequência de cenas que beiram o ridículo, com passagens forçadas e feitas apenas para constranger. Não podemos negar, o grande timing cômico de Marisa Orth, como a icônica Madga, que finalmente se empodera (no caso se “empolera”!), quebra o ciclo de abusos verbais, e vira uma das cabeças do golpe para tirar dinheiro do país, ou até mesmo a entrada do ótimo Lúcio Mauro Filho que rouba a cena ao interpretar dois personagens, os irmãos gêmeos e vilões Banqueta e Angelina…

No final, o filme faz uma grande homenagem para sua própria história e aos personagens marcantes que a produção entregou e aqui, juntamente com as histórias polêmicas de bastidores que movimentavam o programa, faz uma produção que deve agradar muita gente, mas não por ser uma grande obra do cinema nacional, mas por garantir risadas fácies e esquecíeis.

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De volta para o Largo do Arouche! ‘Sai de Baixo‘, a série, marcou época quando foi exibida na Rede Globo lá no final da década 90. Gravada num palco, a produção era conhecida por ser um mix de peça de teatro, com comédia de improvisação, contava com um humor bem popular que era apoiado num texto afiado e divertido, e que no final, fez um enorme sucesso durante o tempo que ficou no ar.

E agora em pleno 2019, ‘Sai de Baixo‘ vira filme, nos entrega uma nova (e maluca!) aventura da família mais trambiqueira da TV brasileira. Eles estão de volta com os mesmos problemas de antes, só que agora, adaptados e jogados diretamente para os tempos atuais. E ‘Sai de Baixo – O Filme‘ (2019) nada mais é do que isso, um apelo para a nostalgia, para outros tempos que pareciam ser menos complicados, onde a produção dá espaço, novamente para os absurdos e non-sense que víamos no programa, mas que nos dias de hoje parecem não ter mais local para ser apreciados.

Claro, ‘Sai de Baixo‘ sempre foi um programa bem exagerado, como se fosse um ponto fora da curva na programação classuda da Rede Globo. Poderia ser visto como uma sátira, uma comédia de exageros que apontava o dedo para diversos níveis da sociedade brasileira, mas será que o grande público, que ria das piadas do porteiro Ribamar (Tom Cavalcante, aqui no filme parece estar ligado na tomada), ou de quando Caco Antibes (Miguel Falabella, bem e como se o tempo não tivesse passado), mandava a mulher calar a boca, necessariamente se preocupava com isso?

Exibido aos domingos à noite, a série sempre pareceu usar temas do dia-dia e do cotidiano do brasileiro, que se reunia para assistir ao programa, para contar sua história, e agora na versão em filme, o roteiro de Miguel Falabella não escapa muito disso. Assim, o texto do longa coloca os personagens no mundo real efetivamente, e os faz sair do apartamento do Largo do Arouche para uma aventura de ônibus pelo Brasil. Se antes ‘Sai de Baixo‘ parecia ser a própria definição da sociedade brasileira, agora no filme isso fica muito mais claro. O longa-metragem, aposta novamente em um humor simples, com piadas de fácil entendimento, podendo até ser uma aposta divertida, mesmo que hoje em dia o programa pudesse ser classificado como “politicamente incorreto”. É como se ‘Sai de Baixo – O Filme‘ fosse aquele seu tio que no Natal faz a piada do pavê, sabe? Não cola mais.

A versão de 2019 parece continuar com esse pensamento e vemos que não mudou nada em sua essência. Se participasse do desafio dos 10 anos, veríamos que ‘Sai de Baixo – O Filme‘ apenas deu uma nova roupagem para seus antigos personagens, onde, até mesmo o canguru perneta, parece voltar a pular (mesmo com dificuldades de uma perna só) e cair no mesmo local. Na trama do filme, vemos que ao sair da prisão, Caco Antibes (Falabella) encontra sua família na maior pindaíba, mas mesmo assim, não descem na posição de patrões. Então, vemos o grupo envolvido com escândalos financeiros, roubalheira envolvendo dinheiro público, planos infalíveis, e aqui a trama nos apresenta golpes que envolvem pedras preciosas em malas coloridas. Nada que o brasileiro não esteja cansado de ver nos telejornais.

O filme tem uma veia cômica que apela e muito para piadas visuais e gráficas, e se apoia em momentos não muito bem elaborados ou pensados, como fazer piada quando um personagem come uma manga, ou até mesmo se confunde com uma privada tecnológica cheia de botões.

Sai de Baixo‘ é uma sequência de cenas que beiram o ridículo, com passagens forçadas e feitas apenas para constranger. Não podemos negar, o grande timing cômico de Marisa Orth, como a icônica Madga, que finalmente se empodera (no caso se “empolera”!), quebra o ciclo de abusos verbais, e vira uma das cabeças do golpe para tirar dinheiro do país, ou até mesmo a entrada do ótimo Lúcio Mauro Filho que rouba a cena ao interpretar dois personagens, os irmãos gêmeos e vilões Banqueta e Angelina…

No final, o filme faz uma grande homenagem para sua própria história e aos personagens marcantes que a produção entregou e aqui, juntamente com as histórias polêmicas de bastidores que movimentavam o programa, faz uma produção que deve agradar muita gente, mas não por ser uma grande obra do cinema nacional, mas por garantir risadas fácies e esquecíeis.

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