domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Saída à Francesa – A mesmice de uma vida de aparências

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Lançado diretamente nas plataformas digitais, Saída à Francesa possui uma narrativa peculiar, um ritmo dosado, lento, como se não conseguisse sair do lugar. A questão do não desenvolvimento da vida está preso às ações dos personagens que beiram a uma ingenuidade quase forçada dentro de uma essência egoísta e inconsequente. Dirigido por Azazel Jacobs, com roteiro de Patrick DeWitt (baseado no livro homônimo do mesmo), o projeto pode ser visto até mesmo como uma grande sessão de terapia, como se os problemas aparecessem em nossa frente personificados pelos complexos personagens que circulam o cotidiano da protagonista interpretada pela sempre ótima Michelle Pfeiffer.



Na trama, conhecemos Frances (Michelle Pfeiffer), uma socialite norte-americana (a indiferença em pessoa) que por anos torrou toda a fortuna que herdou do seu casamento com o ex-marido que faleceu. Ela vive com o único filho, Malcolm (Lucas Hedges), um rapaz tímido e com pouca interação social. Certo dia, avisado por seu contador, Frances percebe que o dinheiro acabou e sua única saída, e mesmo assim ajudada por uma amiga, é se mudar para um pequeno apartamento em Paris para viver os últimos dias de sua vida confortável.

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Indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz, o filme gira totalmente em torno de sua protagonista. Jacobs busca detalhes e a tal da profundidade em temas emocionais complicados de serem mostrados aliados à comodidade, conversas com o além, uma reunião pra lá de terapêutica, em muitos momentos parece mesmo que estamos na plateia de uma peça de teatro. Pelas ruas de uma França moderna, lembranças despretensiosas, situações que constatam o fim da linha, a chegada do extremo, tudo isso acoplado em uma charmosa trilha sonora que merece destaque.

À beira do precipício, quando não enxerga mais a própria moral, a personagem principal entra em uma intensa desconstrução (de alguma forma, o limitado filho também) e chegar até esse clímax é uma estrada morosa mas de certo brilho pelo impacto da atuação de Michelle Pfeiffer, ela em cena consegue sugar a atenção de todos, dominando completamente uma personagem interpretativa e cheia de ambiguidade.

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Lançado diretamente nas plataformas digitais, Saída à Francesa possui uma narrativa peculiar, um ritmo dosado, lento, como se não conseguisse sair do lugar. A questão do não desenvolvimento da vida está preso às ações dos personagens que beiram a uma ingenuidade quase forçada dentro de uma essência egoísta e inconsequente. Dirigido por Azazel Jacobs, com roteiro de Patrick DeWitt (baseado no livro homônimo do mesmo), o projeto pode ser visto até mesmo como uma grande sessão de terapia, como se os problemas aparecessem em nossa frente personificados pelos complexos personagens que circulam o cotidiano da protagonista interpretada pela sempre ótima Michelle Pfeiffer.

Na trama, conhecemos Frances (Michelle Pfeiffer), uma socialite norte-americana (a indiferença em pessoa) que por anos torrou toda a fortuna que herdou do seu casamento com o ex-marido que faleceu. Ela vive com o único filho, Malcolm (Lucas Hedges), um rapaz tímido e com pouca interação social. Certo dia, avisado por seu contador, Frances percebe que o dinheiro acabou e sua única saída, e mesmo assim ajudada por uma amiga, é se mudar para um pequeno apartamento em Paris para viver os últimos dias de sua vida confortável.

Indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz, o filme gira totalmente em torno de sua protagonista. Jacobs busca detalhes e a tal da profundidade em temas emocionais complicados de serem mostrados aliados à comodidade, conversas com o além, uma reunião pra lá de terapêutica, em muitos momentos parece mesmo que estamos na plateia de uma peça de teatro. Pelas ruas de uma França moderna, lembranças despretensiosas, situações que constatam o fim da linha, a chegada do extremo, tudo isso acoplado em uma charmosa trilha sonora que merece destaque.

À beira do precipício, quando não enxerga mais a própria moral, a personagem principal entra em uma intensa desconstrução (de alguma forma, o limitado filho também) e chegar até esse clímax é uma estrada morosa mas de certo brilho pelo impacto da atuação de Michelle Pfeiffer, ela em cena consegue sugar a atenção de todos, dominando completamente uma personagem interpretativa e cheia de ambiguidade.

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