domingo , 29 dezembro , 2024

Crítica | ‘Sariri’ – Filme chileno apresenta as crenças das tradições e o confronto com a realidade [CineBH 2024]

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A crença das tradições e o confronto com a realidade. Abordando várias questões femininas por meio de duas irmãs oprimidas pelo machismo de todo um entorno onde vivem, sem esquecer de alcançar novas possibilidades através das tradições e fantasia, a cineasta chilena Laura Donoso apresenta um filme objetivo que consegue chegar em várias camadas de reflexões. Em 77 minutos de projeção, com o místico encontrando a fantasia num certo momento, Sariri é um filme que atravessa qualquer melodrama com a rigidez de um forte discurso.

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Na trama, num povoado isolado chamado La Lágrima, em uma casa simples, moram duas irmãs de idades diferentes, a mais velha Dina (Catalina Rios) e a mais nova Sariri (Martina Gonzalez). Muito próximas, as irmãs tem sonhos e dúvidas sobre o futuro por viverem num lugar dominado pelas ações opressoras dos homens da região. Certo dia, após uma gravidez indesejada, Dina resolve planejar uma fuga e entra num dilema para saber o que fazer com a irmã. Ao mesmo tempo que essa última precisa enfrentar um desafio.

Cena do filme 'Sariri', exibido no CineBH 2024
Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Há uma personificação do estado de espírito que caminha muito bem de forma complementar à narrativa. A mãe representa o passivo em meio a uma bolha machista, Dina os sonhos interrompidos mas não esquecidos, e a personagem título a esperança. Pelo olhar das duas irmãs a história vai se moldando através de ações e descobertas através de uma constante busca por mudanças, na constatação da infelicidade. Nesse ponto o protagonismo de Dina já se mostra evidente mas sendo Sariri o fator chave dos dilemas.

Cena do filme 'Sariri', exibido no CineBH 2024
Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Buscando um enriquecimento na exploração das infinidades da linguagem, o roteiro mergulha no misticismo, nas crenças, para conversar com as tradições. Essa composição é muito bem elaborada, se torna interessante dentro do contexto de forte presença da razão emocional. Quando sai do campo da realidade e encontra elementos de fantasia, a narrativa se arrasta para o campo interpretativo para se chegar aos dilemas. Esse pode ser o divisor de águas para parte do público, é preciso embarcar nas importantes e reflexivas mensagens contidas.

Assista também:
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Cena do filme 'Sariri', exibido no CineBH 2024
Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Selecionado para a Mostra Território do CineBH 2024, Sariri também elabora a solidão de várias formas, seja na razão de existência, seja no palco onde se desenrola esse drama que costura os lapsos de esperança com a dor da opressão. Tomara que esse filme algum dia chegue no circuito brasileiro.

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Na trama, num povoado isolado chamado La Lágrima, em uma casa simples, moram duas irmãs de idades diferentes, a mais velha Dina (Catalina Rios) e a mais nova Sariri (Martina Gonzalez). Muito próximas, as irmãs tem sonhos e dúvidas sobre o futuro por viverem num lugar dominado pelas ações opressoras dos homens da região. Certo dia, após uma gravidez indesejada, Dina resolve planejar uma fuga e entra num dilema para saber o que fazer com a irmã. Ao mesmo tempo que essa última precisa enfrentar um desafio.

Cena do filme 'Sariri', exibido no CineBH 2024
Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Há uma personificação do estado de espírito que caminha muito bem de forma complementar à narrativa. A mãe representa o passivo em meio a uma bolha machista, Dina os sonhos interrompidos mas não esquecidos, e a personagem título a esperança. Pelo olhar das duas irmãs a história vai se moldando através de ações e descobertas através de uma constante busca por mudanças, na constatação da infelicidade. Nesse ponto o protagonismo de Dina já se mostra evidente mas sendo Sariri o fator chave dos dilemas.

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Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Buscando um enriquecimento na exploração das infinidades da linguagem, o roteiro mergulha no misticismo, nas crenças, para conversar com as tradições. Essa composição é muito bem elaborada, se torna interessante dentro do contexto de forte presença da razão emocional. Quando sai do campo da realidade e encontra elementos de fantasia, a narrativa se arrasta para o campo interpretativo para se chegar aos dilemas. Esse pode ser o divisor de águas para parte do público, é preciso embarcar nas importantes e reflexivas mensagens contidas.

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Cena do filme ‘Sariri’, exibido no CineBH 2024

Selecionado para a Mostra Território do CineBH 2024, Sariri também elabora a solidão de várias formas, seja na razão de existência, seja no palco onde se desenrola esse drama que costura os lapsos de esperança com a dor da opressão. Tomara que esse filme algum dia chegue no circuito brasileiro.

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