[SPOILERS na crítica]
Estamos literalmente na reta final da segunda temporada de Scream, e as coisas finalmente começaram a movimentar. Essa semana, a série apresentou um dos seus melhores episódios – mesmo com a ausência de metade do elenco (às vezes, menos é mais!). Mas, antes de falarmos sobre o que rolou, vamos comentar sobre o status atual da série. Todo mundo sabe que o destino de Scream nunca esteve garantido e a série tem amargado uma audiência baixíssima. Há esperanças para uma terceira temporada? Claro que sim! A MTV recentemente passou a foice em praticamente todas as suas séries originais, o que garante bastante espaço livre em sua grade. Além disso, não podemos ignorar a parceria com a Netflix – ainda que não saibamos o quanto isso pode influenciar a decisão de uma possível renovação ou cancelamento.
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Em contrapartida, a série não recebeu um painel na Comic-Con desse ano, e, como vocês devem ter percebido, não foi liberado nenhum trailer especial desde o começo da temporada. A divulgação não está lá essas coisas, o que pode indicar um certo abandono da emissora. Atualmente também há alguns boatos sobre um especial de Halloween com duração de duas horas, que, se confirmado, pode ser o jeito que a MTV deu para concluir a trama da série, sem deixar os espectadores na mão – até porque, essa segunda temporada deve terminar com algum gancho para um novo ano. Caso o cancelamento seja confirmado, o especial pode garantir alguma conclusão. Pessoalmente espero que a série consiga sua terceira e última temporada, mas vamos ficar de olho.
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Muita gente ficou de fora essa semana, o que foi uma decisão inteligente, porque a trama fluiu maravilhosamente bem e a exclusão do excesso contribuiu para uma tensão progressiva ao decorrer do episódio. A primeira coisa que devo ressaltar é o reconhecimento geral de que a Audrey tomou o seu merecido lugar como uma das final girls da série – mencionado, inclusive, pelo assassino. Durante todo o episódio, ela esteve lado a lado com a Emma, sendo tão protagonista quanto ela. As ligações deixaram de ser pessoais e agora são ouvidas no viva-voz para que as duas possam ter o mesmo nível de interação. Aliás, por falar nas ligações, até o Acosta recebeu uma essa semana, além do Noah, logo antes de ser esfaqueado. Estou adorando acompanhar esse assassino mais sociável; os telefonemas sempre foram uma das partes mais divertidas e icônicas da franquia, e era lamentável esse elemento estar preso exclusivamente à Emma.
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Queria ter visto mais interação entre o Noah e o assassino. Sendo ele o nerd obcecado por filmes de terror, esperava um diálogo interessante e cheio de referências entre os dois. Ao invés de disso, vimos o personagem preso em um caixão, falando sozinho. Confesso que senti vergonha alheia em alguns desses momentos porque a atuação dele estava péssima e as falas, dirigidas diretamente ao espectador, estavam risíveis. Não precisam explicar didaticamente o que está acontecendo pra gente; estamos acompanhando, nós sabemos. No entanto, as coisas mudaram quando o personagem começou a alucinar. Foram cenas bem feitas envolvendo a presença da Zoe, o que, posteriormente, daria ainda mais impacto a elas. A partir daí, o Noah manteve uma postura bem mais realista, e o resto foi tudo muito triste de se acompanhar.
Eu sei que venho falando mal da Zoe há semanas, mas convenhamos que ninguém merecia aquele fim. Eu particularmente não a suportava porque achava que ela era cínica. O roteiro, com essa mania de querer fazer todo mundo parecer suspeito, acabou tirando o carisma dela. Nas últimas semanas a personagem parecia extremamente falsa e não tinha como se relacionar com ela, especialmente ao bater de frente com a Audrey, que é uma personagem que já fez um monte de merda, mas foram merdas que nós acompanhamos, merdas pelas quais ela pagou as consequências. Os esqueletos da Audrey estavam jogados aos nossos pés e a víamos sofrendo, os da Zoe estavam escondidos e pareciam muitos. Mas, no final das contas, ela era só uma vítima. E sofreu. Sofreu demais.
Há alguns episódios a Zoe contou um pouco sobre si mesma, revelando a imensa solidão que sentia e que até mesmo tentou suicídio por causa disso. Foi um relato triste, mas que fora revelado logo depois ela ter sido pega em uma mentira descarada. A história dela, na época, não teve o impacto necessário porque ela já estava taxada como uma mentirosa e possível cúmplice do assassino. Mas quando a gente pensa nisso e no final que ela teve é impossível não sentir pela personagem. Morreu lentamente através de seu pior medo; sozinha, no escuro e frio, gritando por ajuda. Particularmente achei bem cruel, o que é um acerto da série porque essa é exatamente a sua proposta. Isso não é um episódio de Scooby-Doo, é um slasher com vítimas reais. Só lamento o roteiro não tenha dado uma chance para a personagem nos conquistar, transformando-a simplesmente na “namorada do Noah”.
Por último, e não menos importante, temos mais um pedaço do passado da Maggie. Ela definitivamente é a personagem com mais segredos nesta série – talvez até mais do que o assassino. Foi a personagem quem resgatou o Brandon James depois que ele recebeu um tiro, o que abre precedente para que o personagem ainda esteja vivo. Continuo defendendo a teoria de que os flashbacks do passado foram apenas a ponta do iceberg, e que as maiores verdades em relação àquela noite fatídica ainda estão para ser reveladas. Maggie é o alvo das suspeitas de muitos de vocês, mas essa semana ela se afastou das minhas. É legítimo o seu desejo por proteger a filha, então não faz sentido o assassino marcá-la. A menos que isso se transforme em Pretty Little Liars e não haja um assassino, mas sim um time, dois times, uma facção inteira; no meio de uma guerra interna. Minhas apostam permanecem no pai da Emma e no Kieran. Quais as suas? Só faltam duas semanas para descobrirmos!