sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Sede Assassina: Shailene Woodley e Ben Mendelsohn se destacam em thriller policial mediano…

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Sob uma fotografia urbana marcada pelas sombras, em contraste com a luz artificial, um enigmático serial killer emerge de maneira bastante misteriosa. Sem uma aparente motivação óbvia, ele é uma latente e perigosa incógnita para a polícia em uma Baltimore gélida, tomada pelo rigoroso e tradicional inverno do hemisfério norte. Aqui, Geoffrey Lammark e a novata Eleanor Falco estarão unidos pelo desejo de caçar um dos assassinos mais letais da atualidade, levando Sede Assassina pelo mesmo caminho de tantos thrillers policiais icônicos.



De O Silêncio dos Inocentes a Se7en – Os Sete Crimes Capitais e O Colecionador de Ossos, Hollywood tem sido marcada pela fusão do macabro e da psique humana na arte de contar histórias. Se inspirando nesse formato, onde ação policial se entrelaça em um perfeito casamento com o suspense psicológico, o cineasta argentino Damián David Szifron faz de seu novo filme a oportunidade de reverenciar suas próprias referências cinematográficas dos tempos de infância, à medida em que convida a audiência para uma intrigante jornada onde as perguntas são quase mais importantes do que as respostas.

E entre percalços ao longo de quase duas horas de filme, o também co-roteirista mais acerta do que erra. Embora seu roteiro permaneça no básico, resgatando formatos e estilos bem comuns do cinema dos anos 70 e 80, Szifron tenta fazer de Sede Assassina a oportunidade de contribuir com seus dois centavos para um gênero com o qual sempre fantasiou trabalhar. E ainda que a trama não se aprofunde nos aspectos psicológicos de seus personagens, como deveria ter feito, o suspense não é uma oportunidade perdida.

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Com uma direção excepcional e autoral, ele faz do thriller uma vitrine do seu estilo de trabalho, explorando uma estética neo noir onde sombras e luzes artificiais dialogam entre si, a ponto de se tornarem tão protagonistas quanto o elenco principal. E ao deixar Shailene Woodley, Ben Mendelsohn e Jovan Adepo passearem em tela com liberdade, ele acaba compensando a fraqueza de seu material co-escrito com Jonathan Wakeham. E mesmo quando as coisas parecem efêmeras demais e nada substanciais, Szifron usa sua técnica para construir a tensão necessária para sempre nos manter ávidos e atentos aos próximos passos do assassino e da polícia.

E mesmo quando a ambição narrativa do longa é incapaz de ser suprida, o realismo cru e honesto de seus personagens e de suas motivações consegue controlar essa desequilibrada balança. Presenteando a audiência não com o final que ela gostaria, mas sim com aquele que ela precisa, o cineasta opta pelo caminho mais difícil, do ceticismo e cinismo cada vez mais vorazes na sociedade contemporânea. Nos lembrando que a máxima “nenhuma boa ação fica sem punição” é de fato genuína, ele faz de Sede Assassina um filme bom o bastante para aqueles que amam se fartar com o gênero. E provavelmente este não é o thriller policial que você espera. Mas ainda assim, é o suficiente para sanar aquele desejo por suspenses criminais.

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De O Silêncio dos Inocentes a Se7en – Os Sete Crimes Capitais e O Colecionador de Ossos, Hollywood tem sido marcada pela fusão do macabro e da psique humana na arte de contar histórias. Se inspirando nesse formato, onde ação policial se entrelaça em um perfeito casamento com o suspense psicológico, o cineasta argentino Damián David Szifron faz de seu novo filme a oportunidade de reverenciar suas próprias referências cinematográficas dos tempos de infância, à medida em que convida a audiência para uma intrigante jornada onde as perguntas são quase mais importantes do que as respostas.

E entre percalços ao longo de quase duas horas de filme, o também co-roteirista mais acerta do que erra. Embora seu roteiro permaneça no básico, resgatando formatos e estilos bem comuns do cinema dos anos 70 e 80, Szifron tenta fazer de Sede Assassina a oportunidade de contribuir com seus dois centavos para um gênero com o qual sempre fantasiou trabalhar. E ainda que a trama não se aprofunde nos aspectos psicológicos de seus personagens, como deveria ter feito, o suspense não é uma oportunidade perdida.

Com uma direção excepcional e autoral, ele faz do thriller uma vitrine do seu estilo de trabalho, explorando uma estética neo noir onde sombras e luzes artificiais dialogam entre si, a ponto de se tornarem tão protagonistas quanto o elenco principal. E ao deixar Shailene Woodley, Ben Mendelsohn e Jovan Adepo passearem em tela com liberdade, ele acaba compensando a fraqueza de seu material co-escrito com Jonathan Wakeham. E mesmo quando as coisas parecem efêmeras demais e nada substanciais, Szifron usa sua técnica para construir a tensão necessária para sempre nos manter ávidos e atentos aos próximos passos do assassino e da polícia.

E mesmo quando a ambição narrativa do longa é incapaz de ser suprida, o realismo cru e honesto de seus personagens e de suas motivações consegue controlar essa desequilibrada balança. Presenteando a audiência não com o final que ela gostaria, mas sim com aquele que ela precisa, o cineasta opta pelo caminho mais difícil, do ceticismo e cinismo cada vez mais vorazes na sociedade contemporânea. Nos lembrando que a máxima “nenhuma boa ação fica sem punição” é de fato genuína, ele faz de Sede Assassina um filme bom o bastante para aqueles que amam se fartar com o gênero. E provavelmente este não é o thriller policial que você espera. Mas ainda assim, é o suficiente para sanar aquele desejo por suspenses criminais.

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