sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | Segredos em Família tem ritmo lento, mas final é SURPREENDENTE [Festival do Rio 2022]

Um clima de tensão constante, cenas chocantes, diálogos marcados pelo confronto, assédio sexual. O longa-metragem chileno Segredos em Família nos apresenta de maneira excruciante o retrato de uma família disfuncional, até mesmo parte preconceituosa, que fica presa em uma Ilha no sul do Chile. Exibido no Festival de San Sebastian em 2019 e no Festival do Rio desse ano, dirigido pelo cineasta Jorge Riquelme Serrano (em seu segundo longa-metragem na carreira), somos conduzidos até os conflitos de um ‘big brother’ instaurado que logo aflora o pior lado de relações já conflituosas, mostrando até mesmo uma parte sombria de seus personagens. No elenco, a excelente atriz Paulina García (do sucesso Gloria).

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Um ambicioso casal em busca de um empreendimento, leva os pais de uma das partes para uma visita à uma ilha onde supostamente existe um ótimo lugar, onde não falta nada, e daria um ótimo hotel. O intuito desse convite é conseguir uma boa parte do dinheiro de entrada desse negócio. Acontece que o responsável pela casa na ilha, após algumas situações constrangedoras com elementos da família, acaba fugindo, deixando o restante das pessoas sem ter como sair da ilha. O que era pra ser um passeio agradável, regado à vinho e conversas descontraídas logo vira um ambiente hostil, tenso, onde facetas escondidas logo vem à tona.



Partimos do encontro de três gerações: os avós, os pais e os filhos. Só por isso, já dá pra imaginar iminentes conflitos. Os mais velhos parecem analisar o casal mais novo, destilando veneno pra todos os lados, se colocando como os senhores da razão em relação a todos os assuntos. As críticas que não são faladas ‘olho no olho’ vão nos mostrando as verdades de personalidades dúbias. O clima de tensão tem seu início na questão da sobrevivência, por estarem em um lugar inóspito, sem água e outras coisas básicas. Mas logo uma surpreendente questão vira palco de questionamentos, com os personagens já no seu desfecho não sabendo lidar com o ocorrido. O público é surpreendido nos minutos finais, com o roteiro deixando em entrelinhas rasas qualquer desdobramento sobre o chocante fato.

O ritmo é lento, mas há um sentido nisso, aos poucos vamos nos surpreendendo e chocados assistimos uma série de situações destrutivas, absurdas. Rodado na comuna de Calbuco, Região de Los Lagos, no Chile, o projeto bate na tecla de que as aparências enganam, do fato mais que lógico que não existe família perfeita, da pergunta filosófica que acaba fazendo total sentido aqui nessa história: Afinal, as pessoas nascem boas ou más? Ou é o seu caminho de escolhas que te leva para um lado ou outro?

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Partimos do encontro de três gerações: os avós, os pais e os filhos. Só por isso, já dá pra imaginar iminentes conflitos. Os mais velhos parecem analisar o casal mais novo, destilando veneno pra todos os lados, se colocando como os senhores da razão em relação a todos os assuntos. As críticas que não são faladas ‘olho no olho’ vão nos mostrando as verdades de personalidades dúbias. O clima de tensão tem seu início na questão da sobrevivência, por estarem em um lugar inóspito, sem água e outras coisas básicas. Mas logo uma surpreendente questão vira palco de questionamentos, com os personagens já no seu desfecho não sabendo lidar com o ocorrido. O público é surpreendido nos minutos finais, com o roteiro deixando em entrelinhas rasas qualquer desdobramento sobre o chocante fato.

O ritmo é lento, mas há um sentido nisso, aos poucos vamos nos surpreendendo e chocados assistimos uma série de situações destrutivas, absurdas. Rodado na comuna de Calbuco, Região de Los Lagos, no Chile, o projeto bate na tecla de que as aparências enganam, do fato mais que lógico que não existe família perfeita, da pergunta filosófica que acaba fazendo total sentido aqui nessa história: Afinal, as pessoas nascem boas ou más? Ou é o seu caminho de escolhas que te leva para um lado ou outro?

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