terça-feira, abril 23, 2024

Crítica | Segredos nas Paredes – Suspense da Netflix tem final SURPREENDENTE

Um bom suspense é aquele que te prende – não exatamente do início ao fim, mas com algo em sua história que faça você querer ir até o último minuto para descobrir a verdade sobre um determinado elemento trazido no enredo. Em um vastíssimo catálogo de opções como o da Netflix, produções não hegemônicas – as estadunidenses ou europeias – quase nunca surgem como opção para o espectador, pois os dados estatísticos tendem a oferecer aquilo que todo mundo está vendo, baseado naquilo que o assinante já anda assistindo em sua conta. Daí então a surpresa quando um filme tailandês, como ‘Segredos nas Paredes’, acaba figurando no Top 10 nacional.

No filme, Putt (Mac Nattapat Nimjirawat) e Pim (Sutatta Udomsilp) são dois irmãos cuja mãe, Mai (Nicole Theriault), recém foi promovida no trabalho. Enquanto voltava para casa, Mai sofre um acidente de carro e acaba em coma, de modo que Putt e Pim vão viver com seus misteriosos avós, que reaparecem misteriosamente após o acidente da filha. Embora não os conheçam, os irmãos vão morar com eles por serem menores de idade, mas, ao chegarem na casa, começam a ouvir barulhos e a ver coisas que os dois idosos alegam não estarem percebendo. Até o dia em que Putt observa um buraco na parede, e, ao olhar através dele, começa a ver cenas bizarras de uma criança (Keetapat Pongrue) cuspindo sangue e se arrastando. Só que o local através do buraco se assemelha muito à casa onde ele e a irmã estão morando agora…

Em duas horas e cinco minutos de duração, ‘Segredos nas Paredes’ tem seus altos e baixos, mas, em suma, oferece um bom suspense para quem curte esse gênero de filme. O início do filme de Wisit Sasanatieng abre para possibilidades que não se concretizam no enredo (a promoção da mãe, as reuniões dela; o amigo bullier do irmão que o ameaça com um tal vídeo e fica mencionando-o o tempo todo: nada disso é utilizado no enredo, de modo que, se enxugássemos tudo isso e trocássemos por meia dúzia de cenas do cotidiano, o filme diminuiria sua extensão e não aborreceria o espectador com esse tanto de informação desnecessária).

Tirando esse arco inicial, o roteiro de Abishek J. Bajaj fica mais interessante mesmo na segunda e na parte final, ou seja, no desenvolvimento do suspense e nas consequentes cenas de terror a partir do tal buraco. Reforçado pelas reações quase teatrais dos dois protagonistas e da avó, a trama vai se desenrolando para contar uma história inspirada no conceito do buraco da minhoca, e encerra com uma sequência de plot twists que chacoalham o enredo, salvando a produção de seu início modorrento.

Para quem curte história de suspense com bastante mistério e segredos irreveláveis, ‘Segredos nas Paredes’ é um filme para assistir com as luzes apagadas. Tem até umas cenas de terror gore e fantamasgoria para dar uma apimentada na produção. Não chega a dar medo nem nó na cabeça, mas prende a atenção com uma história simples, atuações exageradamente convincentes e boas explicações para o problema que propõe.

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