sábado , 16 novembro , 2024

Crítica | Selena Gomez: Minha Mente e Eu é um vulnerável e sensível recorte da vida de uma artista em constante luta contra seus pensamentos

Folheando as páginas de seu próprio diário mental, Selena Gomez faz de seu primeiro documentário uma raridade no subgênero que aborda a história de vida de estrelas do entretenimento. Diferente de tantos outros longas documentais de cantores/atores, Minha Mente e Eu é um recorte muito vulnerável e delicado de uma jovem artista que nunca parou de trabalhar desde sua estreia em Barney e seus Amigos, aos sete anos de idade. No original da Apple TV+, a cantora e atriz se preocupa menos com a clássica linearidade de sua jornada ao estrelato e opta por iniciar uma honesta conversa sobre como seus piores fantasmas são de fato seus pensamentos.

Para aqueles que sofrem de ansiedade crônica e lidam com uma doença autoimune (como é o meu caso, que luto contra o Lúpus há 11 anos), Selena Gomez: Minha Mente e Eu é um retrato preciso e precioso. Cru e sem filtro, a produção dirigida por Alek Keshishian é visceral ao mostrar como muitas vezes o ser humano opera em meio aos seus medos e angústias. Se despindo de qualquer pavor que acompanha a preocupação com as expectativas alheias, a artista se arrisca e se coloca na linha de frente para ilustrar o quão ardiloso é viver em sua mente. E mesmo correndo o risco de ser taxada da pior forma possível, Selena é ousada ao se expor diante do mundo a partir dos dilemas de sua mente.



E em meio às inseguranças e receio de ser percebida da forma errada, ela desabafa e admite o quanto muitas vezes se sente como um produto diante do mundo. Sua confissão, recebida com insensatez e uma certa frieza por sua equipe e amigas, apenas reitera o quão verdadeira é sua afirmação, gerando um desconforto na audiência diante a incapacidade de reação daqueles que mais poderiam auxiliá-las em suas dores. Em à medida em que compartilha sua trajetória de tratamento do Lúpus, aliado ao acompanhamento emocional, Gomez mostra como se sente diante das pressões impostas por si mesma, compartilha seus conflitos diante de seu chamado profissional e amor pela filantropia e evitar expor outras pessoas como seu ex-namorado Justin Bieber – optando por apenas desabafar a respeito de seus sentimentos.

Com uma montagem belíssima e emotiva, que emana a natural delicadeza de Selena com as palavras e com a arte, Minha Mente e Eu é uma experiência única de compreendermos um pouco a mente de uma pessoa que sofre com ansiedade crônica e depressão. Oscilando entre a euforia daquilo que ela ama desempenhar e o constante medo de falhar e não ser boa o suficiente, Selena Gomez mostra toda sua vulnerabilidade, explica aspectos de seu comportamento que jamais precisariam ser justificados e honra aquelas pessoas que a admiram, provando que muito mais do que uma talentosa artista, ela é uma das raras mulheres em posição de poder que genuinamente querem fazer a diferença no mundo por motivações altruístas e generosas e não egoístas.

Um convite para uma auto reflexão psicoemocional, o documentário da Apple TV+ pode ser um gatilho para muitos, mas é também uma poderosa e inspiradora sessão de terapia. Deixando a artista livre para expressar seus pensamentos de forma orgânica, em filmagens cruas e sem edição onde a vemos em sua mais pura fragilidade, Selena Gomez: Minha Mente e Eu é menos sobre a vida de uma artista e mais sobre uma mulher que após anos aprisionada em sua própria mente, está finalmente livre para vencer seu maior medo: suas próprias expectativas.

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Para aqueles que sofrem de ansiedade crônica e lidam com uma doença autoimune (como é o meu caso, que luto contra o Lúpus há 11 anos), Selena Gomez: Minha Mente e Eu é um retrato preciso e precioso. Cru e sem filtro, a produção dirigida por Alek Keshishian é visceral ao mostrar como muitas vezes o ser humano opera em meio aos seus medos e angústias. Se despindo de qualquer pavor que acompanha a preocupação com as expectativas alheias, a artista se arrisca e se coloca na linha de frente para ilustrar o quão ardiloso é viver em sua mente. E mesmo correndo o risco de ser taxada da pior forma possível, Selena é ousada ao se expor diante do mundo a partir dos dilemas de sua mente.

E em meio às inseguranças e receio de ser percebida da forma errada, ela desabafa e admite o quanto muitas vezes se sente como um produto diante do mundo. Sua confissão, recebida com insensatez e uma certa frieza por sua equipe e amigas, apenas reitera o quão verdadeira é sua afirmação, gerando um desconforto na audiência diante a incapacidade de reação daqueles que mais poderiam auxiliá-las em suas dores. Em à medida em que compartilha sua trajetória de tratamento do Lúpus, aliado ao acompanhamento emocional, Gomez mostra como se sente diante das pressões impostas por si mesma, compartilha seus conflitos diante de seu chamado profissional e amor pela filantropia e evitar expor outras pessoas como seu ex-namorado Justin Bieber – optando por apenas desabafar a respeito de seus sentimentos.

Com uma montagem belíssima e emotiva, que emana a natural delicadeza de Selena com as palavras e com a arte, Minha Mente e Eu é uma experiência única de compreendermos um pouco a mente de uma pessoa que sofre com ansiedade crônica e depressão. Oscilando entre a euforia daquilo que ela ama desempenhar e o constante medo de falhar e não ser boa o suficiente, Selena Gomez mostra toda sua vulnerabilidade, explica aspectos de seu comportamento que jamais precisariam ser justificados e honra aquelas pessoas que a admiram, provando que muito mais do que uma talentosa artista, ela é uma das raras mulheres em posição de poder que genuinamente querem fazer a diferença no mundo por motivações altruístas e generosas e não egoístas.

Um convite para uma auto reflexão psicoemocional, o documentário da Apple TV+ pode ser um gatilho para muitos, mas é também uma poderosa e inspiradora sessão de terapia. Deixando a artista livre para expressar seus pensamentos de forma orgânica, em filmagens cruas e sem edição onde a vemos em sua mais pura fragilidade, Selena Gomez: Minha Mente e Eu é menos sobre a vida de uma artista e mais sobre uma mulher que após anos aprisionada em sua própria mente, está finalmente livre para vencer seu maior medo: suas próprias expectativas.

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