quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Sem Saída – Intenso SUSPENSE Confinador estreia direto no Star+

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Filmes de baixo orçamento podem oferecer uma boa surpresa para o público. Uma vez que a produção não gasta tanto dinheiro com grandes nomes no elenco ou com super efeitos especiais para encher os olhos de quem assiste, a coisa toda tende a favorecer para que a história seja boa, afinal, em algo o filme tem que se valer. E quase sempre é possível encontrar bons materiais que se enquadram nessas características, como acontece com o lançamento desse carnaval da Star+, ‘Sem Saída’ (No Exit).



Darby (Havana Rose Liu) é uma jovem viciada em drogas que tenta reerguer sua vida em uma clínica de reabilitação. Quando, certa noite, ela recebe a ligação de uma clínica médica, dizendo que sua mãe está sendo internada para uma cirurgia de emergência com risco de morte, Darby decide roubar um carro e ir até o hospital. Porém, está caindo uma forte nevasca, e no meio do caminho ela se vê obrigada a se abrigar em um centro para turistas à beira da estrada, onde já estão outras quatro pessoas: Sandi (Dale Dickey), Ed (Dennis Haysbert), Ash (Danny Ramirez) e Lars (David Rysdahl). E, ao que parece, a noite será longa demais na companhia desses quatro desconhecidos.

Inspirado no livro homônimo de Taylor Adams, ‘Sem Saída’ é um filme que obedece aos arcos de acontecimentos direitinho, milimetricamente marcados em suas uma hora e trinta e seis de duração. Tanta preocupação do diretor Damien Power em usar rigorosamente o mesmo tempo para contar cada parte da história facilita a vida do espectador, que sabe exatamente quando haverá um ponto de mudança no longa e o antecipa.

Se por um lado isso é positivo, por outro limita o roteiro de Gabriel Ferrari e Andrew Barrer, que constrói os dois primeiros arcos de maneira bem envolvente, mas falha em produzir uma boa reviravolta para a trama. Na primeira vez em que ocorre, ainda no segundo ato, é oriunda de um elemento interessante, que entra no enredo para chacoalhar a coisa toda e oferecer tensão ao suspense em construção (que, neste ponto, ainda se desenrola pelo drama, mas sabemos que algo está prestes a acontecer); já a segunda reviravolta, que marca a transição para o ato final, dá uma decepcionada, especialmente por ser a conclusão do suspense, pois o roteiro opta por uma solução fácil e desnecessária, quando poderia ter sido mais bem trabalhado se esta era a tal resposta para todo o mistério. Felizmente, porém, ainda há mais coisa no filme após o último plot twist.

Com a proposta de trazer um thriller imersivo e confinador, ‘Sem Saída’ cumpre seu papel de entreter àqueles que gostam de filmes de gênero, apresentando soluções condizentes para os problemas que aparecem na jornada da protagonista imperfeita, mas cuja atriz entrega uma convincente interpretação. A tal da nevasca é bem pouca, se analisarmos meteorologicamente, mas um detalhe pequeno desses não tira o potencial envolvente da trama de suspense de ‘Sem Saída’, que é uma opção segura de entretenimento aos assinantes da Star+.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Darby (Havana Rose Liu) é uma jovem viciada em drogas que tenta reerguer sua vida em uma clínica de reabilitação. Quando, certa noite, ela recebe a ligação de uma clínica médica, dizendo que sua mãe está sendo internada para uma cirurgia de emergência com risco de morte, Darby decide roubar um carro e ir até o hospital. Porém, está caindo uma forte nevasca, e no meio do caminho ela se vê obrigada a se abrigar em um centro para turistas à beira da estrada, onde já estão outras quatro pessoas: Sandi (Dale Dickey), Ed (Dennis Haysbert), Ash (Danny Ramirez) e Lars (David Rysdahl). E, ao que parece, a noite será longa demais na companhia desses quatro desconhecidos.

Inspirado no livro homônimo de Taylor Adams, ‘Sem Saída’ é um filme que obedece aos arcos de acontecimentos direitinho, milimetricamente marcados em suas uma hora e trinta e seis de duração. Tanta preocupação do diretor Damien Power em usar rigorosamente o mesmo tempo para contar cada parte da história facilita a vida do espectador, que sabe exatamente quando haverá um ponto de mudança no longa e o antecipa.

Se por um lado isso é positivo, por outro limita o roteiro de Gabriel Ferrari e Andrew Barrer, que constrói os dois primeiros arcos de maneira bem envolvente, mas falha em produzir uma boa reviravolta para a trama. Na primeira vez em que ocorre, ainda no segundo ato, é oriunda de um elemento interessante, que entra no enredo para chacoalhar a coisa toda e oferecer tensão ao suspense em construção (que, neste ponto, ainda se desenrola pelo drama, mas sabemos que algo está prestes a acontecer); já a segunda reviravolta, que marca a transição para o ato final, dá uma decepcionada, especialmente por ser a conclusão do suspense, pois o roteiro opta por uma solução fácil e desnecessária, quando poderia ter sido mais bem trabalhado se esta era a tal resposta para todo o mistério. Felizmente, porém, ainda há mais coisa no filme após o último plot twist.

Com a proposta de trazer um thriller imersivo e confinador, ‘Sem Saída’ cumpre seu papel de entreter àqueles que gostam de filmes de gênero, apresentando soluções condizentes para os problemas que aparecem na jornada da protagonista imperfeita, mas cuja atriz entrega uma convincente interpretação. A tal da nevasca é bem pouca, se analisarmos meteorologicamente, mas um detalhe pequeno desses não tira o potencial envolvente da trama de suspense de ‘Sem Saída’, que é uma opção segura de entretenimento aos assinantes da Star+.

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