quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Sky Rojo – Luxúria, violência e muita AÇÃO em nova série do criador de ‘La Casa de Papel’

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Álex Pina é sinônimo de sucesso. O produtor espanhol é simplesmente o criador de sucessos da cultura pop como ‘La Casa de Papel’, ‘Vis a Vis’, ‘O Píer’ e ‘White Lines’. Embora tenha começado com histórias focadas no universo masculino, rapidamente Álex Pina percebeu que o mundo feminino era rico em elementos ainda pouco explorados pela mídia, e começou a investir todas as suas fichas criativas em personagens mulheres protagonistas de suas próprias histórias. Deu super certo. Ou melhor, tem dado, como podemos ver em ‘Sky Rojo’ nova série de sucesso do produtor que estreou essa semana na Netflix.



Coral (Verónica Sánchez) tem um passado misterioso do qual quer fugir, por isso foi procurar emprego em uma casa de prostituição na Espanha. É assim que passa a trabalhar para o cafetão Romeo (Asier Etxeandia) no Club de las Novias. Certo dia, porém, um acontecimento faz a coisa toda fugir do controle, e Coral, Wendy (Lali Espósito) e Gina (Yany Prado) acabam fugindo do bordel, porém o que parecia ser o início da tão sonhada liberdade rapidamente se transforma em uma caçada de gato e rato, pois Moises (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer), capangas de Romeo, não vão deixar passar barato.

Depois de centrar a trama em ladrões (‘La Casa de Papel’), presidiárias (‘Vis a Vis’ e em uma dona de casa comum (‘O Píer’), ‘Sky Rojo’ aborda outro espaço majoritariamente ocupado por mulheres: o mundo da prostituição. Esse é o lance de Álex Pina, e ele o constrói muito bem, ao mesmo tempo revelando o lado feio e obscuro desses ambientes mas também humanizando essas mulheres que têm nome, histórias e aspirações como todos os outros seres. Diferentemente de suas outras produções, em ‘Sky Rojo’ ele encontra momentos para jogar luz sobre temas importantes do universo abordado – no caso das mulheres prostitutas, o sequestro de moças estrangeiras ilegalmente, o controle e a posse por parte dos cafetões, as relações sexuais abusivas, etc. Partindo do ponto de vista das protagonistas, ver esses relatos serem graficamente expostos na série é como um soco no estômago.

O roteiro escrito por David Barrocal, Esther Martínez Lobato e o próprio Álex Pina intercala as trajetórias pessoais das três protagonistas de maneira a criar empatia no espectador, cadenciadas por um ritmo frenético de ação que já se tornou a assinatura do criador. Ao alternar o narrador dos episódios, o enredo todo se constrói para o espectador como um quebra-cabeças sequencial: as peças vão se encaixando no momento certo da trama, tanto para a gente quanto para os personagens, cheios de segredos uns com os outros.

No maior estilo ‘Thelma e Louise’ a três, ‘Sky Rojo’ tem tudo para ser mais um sucesso do universo de Álex Pina, que nunca perde a oportunidade de linkar suas produções (aqui temos a mesma atriz que faz a protagonista de ‘O Píer’, a mesma locação desértica da morte de Zulema em ‘Vis a Vis: El Oasis’ e até mesmo um bonecão de Dalí aparece no episódio oito). Em se tratando de marketing e cultura pop, não dá para fazer uma série hoje em dia sem alguns easter eggs – algo que Álex Pina sabe muito bem como oferecer aos fãs.

Com oito episódios curtinhos, com menos de meia hora de duração, ‘Sky Rojo’ é uma série facilmente maratonável, embalada por uma ótima trilha sonora e personagens fortes e bonitas dispostas a qualquer coisa para conquistar o controle dos próprios corpos.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Álex Pina é sinônimo de sucesso. O produtor espanhol é simplesmente o criador de sucessos da cultura pop como ‘La Casa de Papel’, ‘Vis a Vis’, ‘O Píer’ e ‘White Lines’. Embora tenha começado com histórias focadas no universo masculino, rapidamente Álex Pina percebeu que o mundo feminino era rico em elementos ainda pouco explorados pela mídia, e começou a investir todas as suas fichas criativas em personagens mulheres protagonistas de suas próprias histórias. Deu super certo. Ou melhor, tem dado, como podemos ver em ‘Sky Rojo’ nova série de sucesso do produtor que estreou essa semana na Netflix.

Coral (Verónica Sánchez) tem um passado misterioso do qual quer fugir, por isso foi procurar emprego em uma casa de prostituição na Espanha. É assim que passa a trabalhar para o cafetão Romeo (Asier Etxeandia) no Club de las Novias. Certo dia, porém, um acontecimento faz a coisa toda fugir do controle, e Coral, Wendy (Lali Espósito) e Gina (Yany Prado) acabam fugindo do bordel, porém o que parecia ser o início da tão sonhada liberdade rapidamente se transforma em uma caçada de gato e rato, pois Moises (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer), capangas de Romeo, não vão deixar passar barato.

Depois de centrar a trama em ladrões (‘La Casa de Papel’), presidiárias (‘Vis a Vis’ e em uma dona de casa comum (‘O Píer’), ‘Sky Rojo’ aborda outro espaço majoritariamente ocupado por mulheres: o mundo da prostituição. Esse é o lance de Álex Pina, e ele o constrói muito bem, ao mesmo tempo revelando o lado feio e obscuro desses ambientes mas também humanizando essas mulheres que têm nome, histórias e aspirações como todos os outros seres. Diferentemente de suas outras produções, em ‘Sky Rojo’ ele encontra momentos para jogar luz sobre temas importantes do universo abordado – no caso das mulheres prostitutas, o sequestro de moças estrangeiras ilegalmente, o controle e a posse por parte dos cafetões, as relações sexuais abusivas, etc. Partindo do ponto de vista das protagonistas, ver esses relatos serem graficamente expostos na série é como um soco no estômago.

O roteiro escrito por David Barrocal, Esther Martínez Lobato e o próprio Álex Pina intercala as trajetórias pessoais das três protagonistas de maneira a criar empatia no espectador, cadenciadas por um ritmo frenético de ação que já se tornou a assinatura do criador. Ao alternar o narrador dos episódios, o enredo todo se constrói para o espectador como um quebra-cabeças sequencial: as peças vão se encaixando no momento certo da trama, tanto para a gente quanto para os personagens, cheios de segredos uns com os outros.

No maior estilo ‘Thelma e Louise’ a três, ‘Sky Rojo’ tem tudo para ser mais um sucesso do universo de Álex Pina, que nunca perde a oportunidade de linkar suas produções (aqui temos a mesma atriz que faz a protagonista de ‘O Píer’, a mesma locação desértica da morte de Zulema em ‘Vis a Vis: El Oasis’ e até mesmo um bonecão de Dalí aparece no episódio oito). Em se tratando de marketing e cultura pop, não dá para fazer uma série hoje em dia sem alguns easter eggs – algo que Álex Pina sabe muito bem como oferecer aos fãs.

Com oito episódios curtinhos, com menos de meia hora de duração, ‘Sky Rojo’ é uma série facilmente maratonável, embalada por uma ótima trilha sonora e personagens fortes e bonitas dispostas a qualquer coisa para conquistar o controle dos próprios corpos.

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