quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica | Te Quiero, Imbécil – Divertida Comédia Romântica da Netflix Surpreende

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O mundo mudou muito desde a virada do milênio, e, por conta disso, as relações entre as pessoas também tiveram que mudar. As chamadas geração X, Y e Z – jovens nascidos nas décadas de 1980, 1990 e 2000 – cresceram e, junto com o amadurecimento dessa parcela da população vieram novas demandas e exigências em um dos departamentos que mais se tinha como garantido no desenvolvimento interpessoal: as relações amorosas.



É aí que mora o erro de Marcos (Quim Gutiérrez), um jovem de 35 anos que passou os últimos 8 anos em um relacionamento estável com Ana (Alba Ribas). Marcos a pede em casamento logo na primeira cena do filme, mas Ana diz não. Totalmente de coração partido, Marcos acaba perdendo tudo de importante em sua vida e, numa tentativa de dar a volta por cima, acaba apelando para Sebastián Vennet (Ernesto Alterio), um desses gurus da internet e, no meio do caminho, reencontra Raquel (Natalia Tena), uma velha amiga de infância, que, junto com Diego (Alfonso Bassave), irá ajudar Marcos a superar a ex – cada um à sua maneira.

Com um roteiro escrito por dois homens – Abraham Sastre e Iván Bouso –, ‘Te Quiero, Imbécil’ é um longa que aborda o universo masculino com muito carisma e sinceridade. Ao invés de retratar um protagonista estereotipado, os roteiristas construíram um Marcos por quem o público espectador (masculino e feminino) consegue sentir empatia. Marcos tem inúmeras falhas, defeitos e inseguranças, tal como qualquer pessoa, e sua busca por uma transformação pessoal é sincera, dividida em três atos um pouquinho previsíveis, mas que se moldam em clichês bem colocados na trama. O mais legal de tudo, entretanto, é a quebra da quarta parede que o protagonista faz toda vez que quer compartilhar com o espectador suas frustrações e reações – que são basicamente a mesma reação que estamos fazendo naquele mesmo ponto da história.

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Um curioso ponto que a ser observado é que ‘Te Quiero, Imbécil’ foi dirigido por uma mulher, Laura Mañá. Colocar o projeto de um filme que é focado no sensível tema da masculinidade (a possível toxicidade e sua desconstrução) é um grande acerto desta produção espanhola, pois Laura tem o cuidado de não objetificar nenhum dos personagens da trama.

Te Quiero, Imbécil’ é uma comédia romântica espanhola com sotaque argentino que se passa numa charmosa Barcelona fora do circuito turístico. Uma boa opção de entretenimento para homens e mulheres.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crítica | Te Quiero, Imbécil – Divertida Comédia Romântica da Netflix Surpreende

O mundo mudou muito desde a virada do milênio, e, por conta disso, as relações entre as pessoas também tiveram que mudar. As chamadas geração X, Y e Z – jovens nascidos nas décadas de 1980, 1990 e 2000 – cresceram e, junto com o amadurecimento dessa parcela da população vieram novas demandas e exigências em um dos departamentos que mais se tinha como garantido no desenvolvimento interpessoal: as relações amorosas.

É aí que mora o erro de Marcos (Quim Gutiérrez), um jovem de 35 anos que passou os últimos 8 anos em um relacionamento estável com Ana (Alba Ribas). Marcos a pede em casamento logo na primeira cena do filme, mas Ana diz não. Totalmente de coração partido, Marcos acaba perdendo tudo de importante em sua vida e, numa tentativa de dar a volta por cima, acaba apelando para Sebastián Vennet (Ernesto Alterio), um desses gurus da internet e, no meio do caminho, reencontra Raquel (Natalia Tena), uma velha amiga de infância, que, junto com Diego (Alfonso Bassave), irá ajudar Marcos a superar a ex – cada um à sua maneira.

Com um roteiro escrito por dois homens – Abraham Sastre e Iván Bouso –, ‘Te Quiero, Imbécil’ é um longa que aborda o universo masculino com muito carisma e sinceridade. Ao invés de retratar um protagonista estereotipado, os roteiristas construíram um Marcos por quem o público espectador (masculino e feminino) consegue sentir empatia. Marcos tem inúmeras falhas, defeitos e inseguranças, tal como qualquer pessoa, e sua busca por uma transformação pessoal é sincera, dividida em três atos um pouquinho previsíveis, mas que se moldam em clichês bem colocados na trama. O mais legal de tudo, entretanto, é a quebra da quarta parede que o protagonista faz toda vez que quer compartilhar com o espectador suas frustrações e reações – que são basicamente a mesma reação que estamos fazendo naquele mesmo ponto da história.

Um curioso ponto que a ser observado é que ‘Te Quiero, Imbécil’ foi dirigido por uma mulher, Laura Mañá. Colocar o projeto de um filme que é focado no sensível tema da masculinidade (a possível toxicidade e sua desconstrução) é um grande acerto desta produção espanhola, pois Laura tem o cuidado de não objetificar nenhum dos personagens da trama.

Te Quiero, Imbécil’ é uma comédia romântica espanhola com sotaque argentino que se passa numa charmosa Barcelona fora do circuito turístico. Uma boa opção de entretenimento para homens e mulheres.

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