domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Demônio de Neon

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Ana Carolina Reis, de Nova York

Se você acha que já viu de tudo que uma mulher é capaz de fazer para derrubar a outra no competitivo mundo da moda, baseado em seus conhecimentos de America’s Next Top Model, você não sabe de nada, inocente.



Em ‘Demônio de Neon‘ (The Neon Demon), o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn (que assina ‘Drive‘ e ‘Só Deus Perdoa‘, ambos estrelados por Ryan Gosling) traz um canibal universo da fogueira feminina das vaidades através de um roteiro superficial, mas tem imagens que, sem dúvida, impactam e boas atuações.

O thriller, que o próprio Refn defende como uma comédia de terror, conta a história da inocente e virginal Jesse (Elle Fanning), que chega à Los Angeles com o sonho de conquistar seu lugar ao sol no disputado mundo da moda. Lá, ela desperta amor e ódio em níveis obsessivos. O elenco é formado ainda por Jena Malone, assustadora no papel da maquiadora stalker Ruby; Keanu Reeves como o administrador do sinistro motel em que Jesse se hospeda; Desmond Harrington (da série ‘Dexter’) como o misógino fotógrafo Jack; e as pouco conhecidas Bella Heathcote e Abbey Lee, como modelos quase biônicas capazes de tudo em nome da inveja.

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the neon demon

Christina Hendricks faz uma participação especial como a cínica agente de modelos Roberta Hoffmann e o ator do também polêmico ‘Love‘, Karl Glusman, é o aspirante a fotógrafo Dean, interesse amoroso em potencial de Jesse. Com personagens masculinos secundários, o ator Alessandro Nivola, que improvisou a maior parte de suas falas, se destaca em uma das melhores cenas do filme como um estilista também o quê? Misógino, claro!

As imagens e trilha sonora respeitam a marca Nicolas Winding Refn de qualidade de seus filmes anteriores, afinal de contas ele continua trabalhando com o mesmo time: Cliff Martinez na trilha sonora e Matthew Newman na edição. O que no final das contas deixa tudo meio parecido, mas tudo bem.

the neon demon

Assim como no filme anterior de Refn, ‘Só Deus Perdoa‘, os diálogos são arrastados e o ritmo em geral é lento, até que nos últimos vinte minutos vem uma sequência de cenas, que sim, causam fortes reações, independente da qualidade (ou falta de) do filme e não é para todo tipo de estômago, definitivamente. Apesar das intenções claras de “denunciar” um universo, literalmente, canibal e competitivo, falta conteúdo. E fazer um filme superficial sobre superficialidade é a grande ironia de ‘Demônio de Neon‘.

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Em ‘Demônio de Neon‘ (The Neon Demon), o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn (que assina ‘Drive‘ e ‘Só Deus Perdoa‘, ambos estrelados por Ryan Gosling) traz um canibal universo da fogueira feminina das vaidades através de um roteiro superficial, mas tem imagens que, sem dúvida, impactam e boas atuações.

O thriller, que o próprio Refn defende como uma comédia de terror, conta a história da inocente e virginal Jesse (Elle Fanning), que chega à Los Angeles com o sonho de conquistar seu lugar ao sol no disputado mundo da moda. Lá, ela desperta amor e ódio em níveis obsessivos. O elenco é formado ainda por Jena Malone, assustadora no papel da maquiadora stalker Ruby; Keanu Reeves como o administrador do sinistro motel em que Jesse se hospeda; Desmond Harrington (da série ‘Dexter’) como o misógino fotógrafo Jack; e as pouco conhecidas Bella Heathcote e Abbey Lee, como modelos quase biônicas capazes de tudo em nome da inveja.

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Christina Hendricks faz uma participação especial como a cínica agente de modelos Roberta Hoffmann e o ator do também polêmico ‘Love‘, Karl Glusman, é o aspirante a fotógrafo Dean, interesse amoroso em potencial de Jesse. Com personagens masculinos secundários, o ator Alessandro Nivola, que improvisou a maior parte de suas falas, se destaca em uma das melhores cenas do filme como um estilista também o quê? Misógino, claro!

As imagens e trilha sonora respeitam a marca Nicolas Winding Refn de qualidade de seus filmes anteriores, afinal de contas ele continua trabalhando com o mesmo time: Cliff Martinez na trilha sonora e Matthew Newman na edição. O que no final das contas deixa tudo meio parecido, mas tudo bem.

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Assim como no filme anterior de Refn, ‘Só Deus Perdoa‘, os diálogos são arrastados e o ritmo em geral é lento, até que nos últimos vinte minutos vem uma sequência de cenas, que sim, causam fortes reações, independente da qualidade (ou falta de) do filme e não é para todo tipo de estômago, definitivamente. Apesar das intenções claras de “denunciar” um universo, literalmente, canibal e competitivo, falta conteúdo. E fazer um filme superficial sobre superficialidade é a grande ironia de ‘Demônio de Neon‘.

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