domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Umbrella Academy: 3ª temporada peca por repetir mesma fórmula e por novos personagens pouco carismáticos

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A combinação entre um humor peculiar e personagens bem caricatos fez de The Umbrella Academy uma adaptação de quadrinhos única. Sua atmosfera levemente inspirada no emocore, com uma trama regada por referências POP propositalmente aleatórias, a tornaram um frescor em meio a tantas outras séries do gênero que já são tão formulaicas. Mas sua 3ª terceira temporada perde muito dessa essência e muitas vezes nos deixa à deriva, à espera daquela mesma mágica que um dia fez da original Netflix algo tão precioso dentro do catálogo da plataforma.



O maior problema dos novos episódios reside exatamente em repetir a mesma problemática tão explorada no passado. Enquanto a 2ª temporada usa a temática do fim do mundo para brincar com os personagens, os levando para uma emblemática epifania histórica, a atual se perde no mesmo ciclo vicioso sem muita criatividade e desperdiça 10 episódios com as mesmas e agora enfadonhas questões. Os dilemas existenciais de outrora se repetem, desta vez com o acréscimo da Academia Sparrow, que traz consigo uma leva de novos personagens que – em suma, são extremamente rasos e bastante caricatos.

Aparentemente, Steve Blackman não se esforçou muito no desenvolvimento dos novos heróis, justamente para não criar um elo de ligação com a audiência e facilitar o desaparecimento deles a qualquer instante. Mas essa falta de esforço também custa caro para o público, que agora se vê diante de uma leva de personagens temperamentais, intragáveis e absolutamente arrogantes e bidimensionais – com a exceção de Sloane, estrategicamente montada para ser um membro da Academia Umbrella, alocada no grupo errado.

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Não bastando a má construção dos novos personagens, a 3ª temporada de The Umbrella Academy perde muito de seu brilho ao se privar do seu delicioso humor sarcástico e estranho. Como sendo um dos aspectos mais cativantes da série, a redução deste elemento torna os episódios maçantes, impactando ainda na execução do roteiro. Por se tratar de uma trama que quase exclusivamente é ambientada dentro de um único ambiente – o Hotel Obsidian -, o ciclo atual muitas vezes soa repetitivo em aspectos narrativos e os únicos momentos cômicos presentes entre um episódio e outro acabam se tornando a salvação de uma temporada que não caminha para frente e quando o faz, já é tarde demais.

Esticando o enredo do “fim do mundo” até os 40 minutos de seu último episódio, o terceiro ciclo da original Netflix pode acabar perdendo muito de seu público, que talvez já não tenha o mesmo fôlego para seguir adiante pelo mesmo viés. Com um clímax bastante previsível e um final que sugere facilmente o fim da série, caso não seja renovada, The Umbrella Academy ainda mantém sua qualidade técnica – com uma ótima trilha sonora adaptada – e até acerta em seus três primeiros episódios. Mas é inegável que o seu tempo já está chegando ao fim. Com sua história longe da originalidade que vimos no passado, a adaptação da obra de Gerard Way e Gabriel Bá precisa ajustar os ponteiros e começar a preparar um fim que seja digno daquela 1ª e 2ª temporada que tanto amamos.

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A combinação entre um humor peculiar e personagens bem caricatos fez de The Umbrella Academy uma adaptação de quadrinhos única. Sua atmosfera levemente inspirada no emocore, com uma trama regada por referências POP propositalmente aleatórias, a tornaram um frescor em meio a tantas outras séries do gênero que já são tão formulaicas. Mas sua 3ª terceira temporada perde muito dessa essência e muitas vezes nos deixa à deriva, à espera daquela mesma mágica que um dia fez da original Netflix algo tão precioso dentro do catálogo da plataforma.

O maior problema dos novos episódios reside exatamente em repetir a mesma problemática tão explorada no passado. Enquanto a 2ª temporada usa a temática do fim do mundo para brincar com os personagens, os levando para uma emblemática epifania histórica, a atual se perde no mesmo ciclo vicioso sem muita criatividade e desperdiça 10 episódios com as mesmas e agora enfadonhas questões. Os dilemas existenciais de outrora se repetem, desta vez com o acréscimo da Academia Sparrow, que traz consigo uma leva de novos personagens que – em suma, são extremamente rasos e bastante caricatos.

Aparentemente, Steve Blackman não se esforçou muito no desenvolvimento dos novos heróis, justamente para não criar um elo de ligação com a audiência e facilitar o desaparecimento deles a qualquer instante. Mas essa falta de esforço também custa caro para o público, que agora se vê diante de uma leva de personagens temperamentais, intragáveis e absolutamente arrogantes e bidimensionais – com a exceção de Sloane, estrategicamente montada para ser um membro da Academia Umbrella, alocada no grupo errado.

Não bastando a má construção dos novos personagens, a 3ª temporada de The Umbrella Academy perde muito de seu brilho ao se privar do seu delicioso humor sarcástico e estranho. Como sendo um dos aspectos mais cativantes da série, a redução deste elemento torna os episódios maçantes, impactando ainda na execução do roteiro. Por se tratar de uma trama que quase exclusivamente é ambientada dentro de um único ambiente – o Hotel Obsidian -, o ciclo atual muitas vezes soa repetitivo em aspectos narrativos e os únicos momentos cômicos presentes entre um episódio e outro acabam se tornando a salvação de uma temporada que não caminha para frente e quando o faz, já é tarde demais.

Esticando o enredo do “fim do mundo” até os 40 minutos de seu último episódio, o terceiro ciclo da original Netflix pode acabar perdendo muito de seu público, que talvez já não tenha o mesmo fôlego para seguir adiante pelo mesmo viés. Com um clímax bastante previsível e um final que sugere facilmente o fim da série, caso não seja renovada, The Umbrella Academy ainda mantém sua qualidade técnica – com uma ótima trilha sonora adaptada – e até acerta em seus três primeiros episódios. Mas é inegável que o seu tempo já está chegando ao fim. Com sua história longe da originalidade que vimos no passado, a adaptação da obra de Gerard Way e Gabriel Bá precisa ajustar os ponteiros e começar a preparar um fim que seja digno daquela 1ª e 2ª temporada que tanto amamos.

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