terça-feira , 17 dezembro , 2024

Crítica | Tim Maia

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É a vez do “síndico” ganhar sua cinebiografia

Talvez grande parte do público que irá de fato assistir ao filme Tim Maia nos cinemas fosse jovem demais para conhecer a fundo uma das maiores personalidades do mundo da nossa música. Justamente para eles, a superprodução nacional tratará de apresentar o ídolo. Nascido Sebastião Rodrigues Maia, em 28 de setembro de 1942, receberia o pseudônimo Tim Maia para apelar a um público mais amplo, que no fim da década de 1950 sofria grande influência de bandas e cantores norte-americanos.

Antes disso, cantou com os Sputniks, banda de rock que tinha como integrante seu amigo pessoal e colega de bairro, Roberto Carlos. O “Rei”, que dispensa apresentações, é um dos personagens de destaque no filme, personificado de forma certeira por George Sauma. Moradores do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Roberto Carlos e Tim Maia saíram para conquistar o Brasil e o mundo, mas por caminhos bem opostos. Depois de uma temporada morando nos EUA, para uma espécie de autodescoberta (o que acarretou em mais problemas do que realizações), foi quando Maia viu surgir os primeiros sinais da carreira.



CinePop 5

Logo, seu nome era o suficiente para preencher as marquises e lotar shows, mas a indisciplina de um comportamento sem regras e desenfreado garantiria para sua vida profissional e pessoal diversos calvários. Tim Maia é baseado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, amigo próximo do cantor. O filme é dirigido por Mauro Lima, que já havia entregue uma biografia popular e bem trabalhada, com Meu Nome Não é Johnny (2008). Lima, que assina o roteiro da adaptação, sabe mesclar momentos chave de grande emoção, momentos de humor que funcionam como alívio cômico, e não deixa de apontar a polêmica por trás do mito.

 A retratação de época e a maquiagem merecem destaque, somando pontos na avaliação geral da produção. Os atores igualmente correspondem. Robson Nunes vive o jovem Tim Maia em início de carreira, mas é Babu Santana quem surpreende com uma performance assombrosa e encarnada do Rei do Soul brasileiro já na fase adulta. Em algumas cenas com o ator, tudo o que conseguimos ver é Tim Maia.

Essa é uma obra minuciosa, digna das melhores biografias, num aspecto técnico e de atuações. O resto do elenco também não decepciona, e inclui Cauã Reymond, Luis Lobianco, Laila Zaid e Alinne Moraes. Seu ponto fraco, que promete não incomodar muito, é a estrutura básica de qualquer filme do subgênero no qual é montada e o teor didático. O drama musicado promete emocionar e empolgar o público com a lembrança de algumas das músicas mais populares e tocadas ainda atualmente.

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Talvez grande parte do público que irá de fato assistir ao filme Tim Maia nos cinemas fosse jovem demais para conhecer a fundo uma das maiores personalidades do mundo da nossa música. Justamente para eles, a superprodução nacional tratará de apresentar o ídolo. Nascido Sebastião Rodrigues Maia, em 28 de setembro de 1942, receberia o pseudônimo Tim Maia para apelar a um público mais amplo, que no fim da década de 1950 sofria grande influência de bandas e cantores norte-americanos.

Antes disso, cantou com os Sputniks, banda de rock que tinha como integrante seu amigo pessoal e colega de bairro, Roberto Carlos. O “Rei”, que dispensa apresentações, é um dos personagens de destaque no filme, personificado de forma certeira por George Sauma. Moradores do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Roberto Carlos e Tim Maia saíram para conquistar o Brasil e o mundo, mas por caminhos bem opostos. Depois de uma temporada morando nos EUA, para uma espécie de autodescoberta (o que acarretou em mais problemas do que realizações), foi quando Maia viu surgir os primeiros sinais da carreira.

CinePop 5

Logo, seu nome era o suficiente para preencher as marquises e lotar shows, mas a indisciplina de um comportamento sem regras e desenfreado garantiria para sua vida profissional e pessoal diversos calvários. Tim Maia é baseado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, amigo próximo do cantor. O filme é dirigido por Mauro Lima, que já havia entregue uma biografia popular e bem trabalhada, com Meu Nome Não é Johnny (2008). Lima, que assina o roteiro da adaptação, sabe mesclar momentos chave de grande emoção, momentos de humor que funcionam como alívio cômico, e não deixa de apontar a polêmica por trás do mito.

 A retratação de época e a maquiagem merecem destaque, somando pontos na avaliação geral da produção. Os atores igualmente correspondem. Robson Nunes vive o jovem Tim Maia em início de carreira, mas é Babu Santana quem surpreende com uma performance assombrosa e encarnada do Rei do Soul brasileiro já na fase adulta. Em algumas cenas com o ator, tudo o que conseguimos ver é Tim Maia.

Essa é uma obra minuciosa, digna das melhores biografias, num aspecto técnico e de atuações. O resto do elenco também não decepciona, e inclui Cauã Reymond, Luis Lobianco, Laila Zaid e Alinne Moraes. Seu ponto fraco, que promete não incomodar muito, é a estrutura básica de qualquer filme do subgênero no qual é montada e o teor didático. O drama musicado promete emocionar e empolgar o público com a lembrança de algumas das músicas mais populares e tocadas ainda atualmente.

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