terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Toy Story 4 – Pixar supera TODAS as expectativas e recomeça a franquia

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Estreia nesta quinta-feira (20) o quarto filme da franquia Toy Story. Muitos fãs estavam contrariados com a existência desse novo capítulo, considerando que Toy Story 3 (2010) havia encerrado a história de maneira perfeita. Mas se você é um daqueles que estavam com um pé atrás, fique tranquilo! A Pixar acertou em cheio nesta nova empreitada e abriu uma porta para o futuro dos brinquedos mais amados do cinema.

Chegando aos cinemas em 1995, Toy Story foi um grande sucesso com sua tecnologia revolucionária. Depois desse filme, o mercado de animações nunca mais foi o mesmo. O advento da tecnologia 3D chegou como a grande novidade dos anos 90 e foi o pilar da construção da Pixar nos cinemas. Desde então, o estúdio virou referência e se tornou o rival a ser batido pela concorrência. Com outros estúdios alcançando o 3D, a Pixar precisou encontrar uma forma de manter seu pioneirismo. De maneira óbvia, mas revolucionária, John Lasseter estabeleceu uma regra: foco na história. Para um filme ser feito, ele precisa ter um roteiro memorável e que mexa com a audiência. Por que fazer o básico e entregar filmes bobinhos para crianças, se você pode conquistar o dobro do mercado fazendo filmes para que adultos queiram levar seus filhos para assisti-los? Foi um insight genial e que deu muito certo. Eles emplacaram alguns dos maiores sucessos animados da história e até foram comprados pela Disney para auxiliarem no fortalecimento de seus filmes, que vinham em baixa.

Ultimamente a Pixar não vivia dias tão bons assim. Quer dizer, o estúdio emplacou vários sucessos de bilheteria com suas continuações, mas a crítica já não era mais unanimidade. Algumas avaliações ruins começaram a pipocar, e isso mexeu com a empresa. Com Toy Story 4, a Pixar volta a alcançar o seu conhecido patamar de qualidade com uma aventura memorável de amor, amizade e muita fofura. É a volta por cima da empresa com os personagens que a ergueram rumo a glória. E nada mais emblemático que isso.

Após serem doados por Andy, Woody, Buzz e seus amigos vivem seus dias como brinquedos da Bonnie. Passando por algumas crises existenciais, Woody tem seu papel de “paizão da turma” posto em xeque na nova casa. Com a mudança de série na escola, Bonnie começa a viver novas experiências e cria um brinquedo a partir do lixo: o fofo e criativo Garfinho. Com aquela pegada de monstro de Frankenstein, o Garfinho é trazido para casa e logo se une a Woody, que vê no brinquedo (?) sua chance de ter uma nova função na vida. É a partir dessa perspectiva de “O que faz de você um brinquedo?” que a trama se desenrola. Em uma viagem para o parque de diversões, o Garfinho se perde dos outros e cabe a Woody trazê-lo de volta para Bonnie.

A trama, estruturalmente, lembra bastante a do primeiro Toy Story, aonde Buzz chega e não aceita seu papel de brinquedo. Mas só parece mesmo. A equipe de roteiristas surpreende ao distorcer tudo aquilo que se espera do protagonista, Woody, que frente a sua antiga namorada, a Pastorinha Betty, começa a questionar sua concepção do que é ser um brinquedo e qual o seu papel no mundo. Woody, historicamente, é o amigo fiel, “que nunca te abandona”, e vê-lo questionar sua função é algo assustador, mas não de um jeito negativo. É uma situação absurda para o personagem, só que funciona muito bem por ser trabalhada de maneira competentíssima. É uma viagem adentro da psique do brinquedo mais carismático da história.

Os personagens de apoio não são tão participativos quanto nos três filmes anteriores, mas desempenham papéis importantes. Eles ficam em segundo plano para que Woody, Betty e Garfinho possam brilhar. O interplanetário Buzz Lightyear volta mais divertido do que nunca e passa a agir de forma mais intuitiva, o que rende boas risadas. Já os personagens novos têm papéis com pesos diferentes.

A boneca Gabby (Christina Hendricks) se mostra uma abordagem muito interessante do abandono e dos esforços que as pessoas fazem para agradar as outras, enquanto  o dublê Duke Caboom parece ter sido inserido só para surfar na onda de sucesso do carismático Keanu Reeves.

Enfim, a Pixar acertou em cheio nesta nova aventura, que termina com muitas possibilidades em aberto para o futuro da franquia. Muito mais que a nostalgia, Toy Story 4 investe pesado em uma trama de qualidade e com visual 3D perfeccionista como sempre. É assustadora a capacidade que a Pixar tem de emocionar e fazer seu público chorar. Uma verdadeira AULA de como reiniciar uma franquia nos cinemas. Bem, não tem mais o que dizer, além de corram para os cinemas e levem seus lencinhos, pois vai valer a pena cada centavo do ingresso!

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Estreia nesta quinta-feira (20) o quarto filme da franquia Toy Story. Muitos fãs estavam contrariados com a existência desse novo capítulo, considerando que Toy Story 3 (2010) havia encerrado a história de maneira perfeita. Mas se você é um daqueles que estavam com um pé atrás, fique tranquilo! A Pixar acertou em cheio nesta nova empreitada e abriu uma porta para o futuro dos brinquedos mais amados do cinema.

Chegando aos cinemas em 1995, Toy Story foi um grande sucesso com sua tecnologia revolucionária. Depois desse filme, o mercado de animações nunca mais foi o mesmo. O advento da tecnologia 3D chegou como a grande novidade dos anos 90 e foi o pilar da construção da Pixar nos cinemas. Desde então, o estúdio virou referência e se tornou o rival a ser batido pela concorrência. Com outros estúdios alcançando o 3D, a Pixar precisou encontrar uma forma de manter seu pioneirismo. De maneira óbvia, mas revolucionária, John Lasseter estabeleceu uma regra: foco na história. Para um filme ser feito, ele precisa ter um roteiro memorável e que mexa com a audiência. Por que fazer o básico e entregar filmes bobinhos para crianças, se você pode conquistar o dobro do mercado fazendo filmes para que adultos queiram levar seus filhos para assisti-los? Foi um insight genial e que deu muito certo. Eles emplacaram alguns dos maiores sucessos animados da história e até foram comprados pela Disney para auxiliarem no fortalecimento de seus filmes, que vinham em baixa.

Ultimamente a Pixar não vivia dias tão bons assim. Quer dizer, o estúdio emplacou vários sucessos de bilheteria com suas continuações, mas a crítica já não era mais unanimidade. Algumas avaliações ruins começaram a pipocar, e isso mexeu com a empresa. Com Toy Story 4, a Pixar volta a alcançar o seu conhecido patamar de qualidade com uma aventura memorável de amor, amizade e muita fofura. É a volta por cima da empresa com os personagens que a ergueram rumo a glória. E nada mais emblemático que isso.

Após serem doados por Andy, Woody, Buzz e seus amigos vivem seus dias como brinquedos da Bonnie. Passando por algumas crises existenciais, Woody tem seu papel de “paizão da turma” posto em xeque na nova casa. Com a mudança de série na escola, Bonnie começa a viver novas experiências e cria um brinquedo a partir do lixo: o fofo e criativo Garfinho. Com aquela pegada de monstro de Frankenstein, o Garfinho é trazido para casa e logo se une a Woody, que vê no brinquedo (?) sua chance de ter uma nova função na vida. É a partir dessa perspectiva de “O que faz de você um brinquedo?” que a trama se desenrola. Em uma viagem para o parque de diversões, o Garfinho se perde dos outros e cabe a Woody trazê-lo de volta para Bonnie.

A trama, estruturalmente, lembra bastante a do primeiro Toy Story, aonde Buzz chega e não aceita seu papel de brinquedo. Mas só parece mesmo. A equipe de roteiristas surpreende ao distorcer tudo aquilo que se espera do protagonista, Woody, que frente a sua antiga namorada, a Pastorinha Betty, começa a questionar sua concepção do que é ser um brinquedo e qual o seu papel no mundo. Woody, historicamente, é o amigo fiel, “que nunca te abandona”, e vê-lo questionar sua função é algo assustador, mas não de um jeito negativo. É uma situação absurda para o personagem, só que funciona muito bem por ser trabalhada de maneira competentíssima. É uma viagem adentro da psique do brinquedo mais carismático da história.

Os personagens de apoio não são tão participativos quanto nos três filmes anteriores, mas desempenham papéis importantes. Eles ficam em segundo plano para que Woody, Betty e Garfinho possam brilhar. O interplanetário Buzz Lightyear volta mais divertido do que nunca e passa a agir de forma mais intuitiva, o que rende boas risadas. Já os personagens novos têm papéis com pesos diferentes.

A boneca Gabby (Christina Hendricks) se mostra uma abordagem muito interessante do abandono e dos esforços que as pessoas fazem para agradar as outras, enquanto  o dublê Duke Caboom parece ter sido inserido só para surfar na onda de sucesso do carismático Keanu Reeves.

Enfim, a Pixar acertou em cheio nesta nova aventura, que termina com muitas possibilidades em aberto para o futuro da franquia. Muito mais que a nostalgia, Toy Story 4 investe pesado em uma trama de qualidade e com visual 3D perfeccionista como sempre. É assustadora a capacidade que a Pixar tem de emocionar e fazer seu público chorar. Uma verdadeira AULA de como reiniciar uma franquia nos cinemas. Bem, não tem mais o que dizer, além de corram para os cinemas e levem seus lencinhos, pois vai valer a pena cada centavo do ingresso!

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