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Crítica | ‘Truque de Mestre – O 3º Ato’ devolve a mágica que a franquia pede em uma aventura deliciosa


Quando eu era criança, abriu uma lojinha de mágica na minha cidade. Eu ia todo dia para conhecer cada um dos ítens e ficava encantado, mas perplexo por não conseguir descobrir como aquela mágica era feita. Investigativo desde pequeno, eu tive que desembolsar uma grana para comprar o truque dos três copinhos, aquele que eles fazem um objeto sumir depois de embaralhar os copos. Eles só ensinavam se você comprasse. E claro, eu comprei. Depois que você aprende o truque, ele não tem mais o mesmo impacto, mas você descobriu como funciona a engenhagem.

Com a franquia Truque de Mestre é a mesma coisa. O primeiro filme foi muito inteligente e inventivo, mas o segundo transformou as mágicas em um festival de CGI inexplicável. A mágica perdeu a graça por ser muito surreal, afinal, crescemos com o Mister M explicando os truques e tudo tem que parecer real para encantar.

Eis que esse terceiro filme consegue ser mais pé no chão e trazer mágicas que não pareçam apenas truque de edição, e foi aí que o filme me conquistou. Aí, e com a adição da sempre maravilhosa Rosamund Pike no elenco, nossa ‘Garota Exemplar‘ preferida.



A continuação da franquia desafia os ilusionistas em um truque que vai envolver a joia mais valiosa do mundo. Os Quatro Cavaleiros, interpretados por Eisenberg, Harrelson, Franco e Fisher, estão de volta com uma nova geração de ilusionistas e uma história cheia de reviravoltas, mágicas e surpresas.

Desta vez, eles precisam desmontar um esquema criminoso e antigo de uma família que vende diamantes e tem segundas intenções.

A trama é deliciosa e consegue inserir o telespectador na aventura, coisa que o segundo filme falhou em fazer, na minha opinião.

A direção é de Ruben Fleischer (‘Venom’), um diretor de altos e baixos, mas que entrega filmes incríveis quando está inspirado, como ‘Zumbilândia‘. E ele estava inspirado aqui. Contando com um elenco espetacular, que traz o retorno de Isla Fisher, esquecida no segundo filme, a aventura decola.

Temos ainda os sempre ótimos Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Dave Franco e Morgan Freeman, e a pertinente adição de Ariana Greenblatt, Dominic Sessa e Justice Smith como um novo grupo de jovens mágicos.

Mas como eu disse, é Rosamund Pike que dá o charme para o filme, com uma vilã interessante e cheia de camadas.

O resultado é mágico. Um filme que sabe brincar muito bem com seus truques e criar uma aventura digna de ser assisida nos cinemas. Um diamante raro.

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Renato Marafon
Influencer, dono do CinePOP, crítico de cinema, jornalista, publicitário e empresário.
Renato Marafonhttps://cinepop.com.br/
Influencer, dono do CinePOP, crítico de cinema, jornalista, publicitário e empresário.
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