sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Turma da Mônica: A Série – Suspense Investigativo dá o tom em Nova Aventura da Turminha na Globoplay

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A turminha cresceu. Desde o primeiro longa-metragem em live action, quando conhecemos o elenco principal, soubemos, naquele instante, que por mais que nos apaixonássemos pela garotada, eles iriam crescer – e rápido. O que não esperávamos, porém, é que esse tempo se passasse mais rápido ainda, por conta da pandemia, que causou um hiato nos planos da produção e obrigou a todos a tomarem outros caminhos. É assim que, apesar da suspensão do tempo por causa da covid, nossos personagens favoritos do quadrinho nacional fizeram um esforço para gravar ‘Turma da Mônica – A Série’, que chegou à plataforma da Globoplay para animar as férias da criançada.



O primeiro final de semana das férias é sempre o mais agitado, diz Mônica (Giulia Benite). Por isso ela decide arrumar o velho barracão do bairro do Limoeiro para criar o Clube da Turma – um local onde ela e seus amigos poderão passar o tempo de recesso brincando em paz, uma vez que não são bem-vindos na quadra porque, segundo Titi (Cauã Martins) e Jeremias (Pedro Souza), eles são crianças demais. Só que enquanto Magali (Laura Rauseo), Cascão (Gabriel Moreira), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Milena (Emily Nayara), Marina (Laís Villela), Do Contra (Vinícius Higo), Nimbus (Rodrigo Kenji) e Humberto (Lucas Infante) ajudam na arrumação, a chegada de uma nova colega no bairro, Carminha Frufru (Luiza Gattai), acompanhada de Denise (Becca Guerra), desequilibrará a harmonia da amizade, uma vez que ela marca uma festa no mesmo dia e horário para inaugurar o Clube da Frufru, só para concorrer com Mônica. Porém, um acontecimento inesperado durante a festa tornará a todos os convidados suspeitos para a detetive Denise.

Com apenas oito episódios de cerca de vinte e dois minutos cada, ‘Turma da Mônica – A Série’, mais do que os longa metragens, pede que o espectador já chegue com conhecimento prévio do universo criado por Mauricio de Sousa, pois o enredo não gira em torno apenas dos quatro personagens principais e inclui participação influente dos personagens de apoio, que interferem diretamente no acontecimento das tramas. Então, se o espectador não souber como é a dinâmica de Carminha Frufru e Denise, por exemplo, pode ter a impressão de que as atitudes são meio gratuitas na série.

A primeira coisa que percebemos, já nos minutos iniciais, é que a galera de ‘Turma da Mônica – A Série’ cresceu, e bastante. É um pouco chocante, como quando vemos as séries estadunidenses com atores de vinte e poucos fazendo papel de adolescente de high school; entretanto, nós já conhecemos esses rostinhos talentosos, e igualmente rápido imergimos na história, conduzida com desenvoltura por esse jovem elenco já experiente e muito competente. Destaque para a irritante Carminha Frufru (Luiza Gattai), a maníaca Denise (Becca Guerra), para a coitada da Magali (Laura Rauseo), cuja personagem se mete numa situação de dar dó e para Cascão (Gabriel Moreira), que ganha mais espaço no universo.

O legal do roteiro de Mariana Zatz e Mirtes Santana é que ele traz essa pegada investigativa a la Agatha Christie, em que todos são suspeitos, para o universo juvenil, apresentando, assim, cada um dos personagens, antigos e novos, para o público e para a trama. Essa estrutura casa perfeitamente com a visão entusiasta de cultura pop do diretor geral Daniel Rezende, que não perde uma oportunidade de inserir uma referência ao universo geek-pop nacional e internacional, seja colocando uma camiseta com balão vermelho ao fundo de um Cascão vestido de capa amarela, seja elencando Leandro Ramos (‘Choque de Cultura’) para a série, expandindo a participação e brincando com os múltiplos empregos do vendedor de balão; ou, ainda, chamando Pedro Motta (o Pippo de ‘D.P.A.’) para o papel de Quinzinho, Mariana Ximenes como Madame Frufru e Fernando Caruso como Tio Feitoso, criando um universo infantojuvenil altamente conectado.

Turma da Mônica – A Série’ cumpre o que promete, entregando diversão, entretenimento e legado pop para a cultura nacional. Altamente maratonável, é uma série com sabor de férias, que já deixa o gostinho de quero mais.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A turminha cresceu. Desde o primeiro longa-metragem em live action, quando conhecemos o elenco principal, soubemos, naquele instante, que por mais que nos apaixonássemos pela garotada, eles iriam crescer – e rápido. O que não esperávamos, porém, é que esse tempo se passasse mais rápido ainda, por conta da pandemia, que causou um hiato nos planos da produção e obrigou a todos a tomarem outros caminhos. É assim que, apesar da suspensão do tempo por causa da covid, nossos personagens favoritos do quadrinho nacional fizeram um esforço para gravar ‘Turma da Mônica – A Série’, que chegou à plataforma da Globoplay para animar as férias da criançada.

O primeiro final de semana das férias é sempre o mais agitado, diz Mônica (Giulia Benite). Por isso ela decide arrumar o velho barracão do bairro do Limoeiro para criar o Clube da Turma – um local onde ela e seus amigos poderão passar o tempo de recesso brincando em paz, uma vez que não são bem-vindos na quadra porque, segundo Titi (Cauã Martins) e Jeremias (Pedro Souza), eles são crianças demais. Só que enquanto Magali (Laura Rauseo), Cascão (Gabriel Moreira), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Milena (Emily Nayara), Marina (Laís Villela), Do Contra (Vinícius Higo), Nimbus (Rodrigo Kenji) e Humberto (Lucas Infante) ajudam na arrumação, a chegada de uma nova colega no bairro, Carminha Frufru (Luiza Gattai), acompanhada de Denise (Becca Guerra), desequilibrará a harmonia da amizade, uma vez que ela marca uma festa no mesmo dia e horário para inaugurar o Clube da Frufru, só para concorrer com Mônica. Porém, um acontecimento inesperado durante a festa tornará a todos os convidados suspeitos para a detetive Denise.

Com apenas oito episódios de cerca de vinte e dois minutos cada, ‘Turma da Mônica – A Série’, mais do que os longa metragens, pede que o espectador já chegue com conhecimento prévio do universo criado por Mauricio de Sousa, pois o enredo não gira em torno apenas dos quatro personagens principais e inclui participação influente dos personagens de apoio, que interferem diretamente no acontecimento das tramas. Então, se o espectador não souber como é a dinâmica de Carminha Frufru e Denise, por exemplo, pode ter a impressão de que as atitudes são meio gratuitas na série.

A primeira coisa que percebemos, já nos minutos iniciais, é que a galera de ‘Turma da Mônica – A Série’ cresceu, e bastante. É um pouco chocante, como quando vemos as séries estadunidenses com atores de vinte e poucos fazendo papel de adolescente de high school; entretanto, nós já conhecemos esses rostinhos talentosos, e igualmente rápido imergimos na história, conduzida com desenvoltura por esse jovem elenco já experiente e muito competente. Destaque para a irritante Carminha Frufru (Luiza Gattai), a maníaca Denise (Becca Guerra), para a coitada da Magali (Laura Rauseo), cuja personagem se mete numa situação de dar dó e para Cascão (Gabriel Moreira), que ganha mais espaço no universo.

O legal do roteiro de Mariana Zatz e Mirtes Santana é que ele traz essa pegada investigativa a la Agatha Christie, em que todos são suspeitos, para o universo juvenil, apresentando, assim, cada um dos personagens, antigos e novos, para o público e para a trama. Essa estrutura casa perfeitamente com a visão entusiasta de cultura pop do diretor geral Daniel Rezende, que não perde uma oportunidade de inserir uma referência ao universo geek-pop nacional e internacional, seja colocando uma camiseta com balão vermelho ao fundo de um Cascão vestido de capa amarela, seja elencando Leandro Ramos (‘Choque de Cultura’) para a série, expandindo a participação e brincando com os múltiplos empregos do vendedor de balão; ou, ainda, chamando Pedro Motta (o Pippo de ‘D.P.A.’) para o papel de Quinzinho, Mariana Ximenes como Madame Frufru e Fernando Caruso como Tio Feitoso, criando um universo infantojuvenil altamente conectado.

Turma da Mônica – A Série’ cumpre o que promete, entregando diversão, entretenimento e legado pop para a cultura nacional. Altamente maratonável, é uma série com sabor de férias, que já deixa o gostinho de quero mais.

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