terça-feira , 26 novembro , 2024

Crítica | Uma Mente Canina – Filme infantil da Netflix tem Cachorro como Coach Motivacional

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O grande mote do filme ‘Uma Mente Canina’ é: você já parou para pensar por que os cachorros são tão felizes? A partir dessa pergunta básica, o longa infantil se desenvolve para justificar sua resposta: os cachorros são felizes porque eles pensam simples, se contentam com o necessário da vida, e tudo de que precisam é amor e uma família. Para o filme, esta seria a filosofia canina.

Então conhecemos Oliver (Gabriel Bateman), um garoto super inteligente que, junto com o amigo Xiao (Minghao Hou), consegue entrelaçar as ondas de um aparelho cinético que eles criaram triangulado com um satélite dos EUA, que, no momento do teste, acaba dando um ziriguidum com o cãozinho de Oliver, Henry (voz de Todd Stashwick), e o menino passa a conseguir ouvir os pensamentos do bichinho. Só que os pais do menino – Lukas (Josh Duhamel) e Ellen (Megan Fox) – estão pensando em se separar, e, para ajudá-los a recuperar a chama do amor, Oliver ouve os conselhos amorosos do seu cachorro, que passa a ser como seu melhor amigo e coach motivacional.

Como dá para ver, a ideia do filme é bacaninha, mas é só isso mesmo. E em uma hora e meia de duração o espectador percebe que ‘Uma Mente Canina’ é um filme com uma boa ideia, mas que inventou um monte de outras coisas paralelas bem nada a ver para rechear o argumento e fazer a história render. Escrito e dirigido por Gil Junger, o roteiro parte de uma premissa interessante (afinal, todos os amantes de animais sempre imaginaram poder conseguir entender os bichanos), que se preocupou em criar um núcleo atrativo para seu público alvo (com direito a piadas com pum, bumbum e escatologias aleatórias), mas com elementos paralelos que pouco se explicam, que são pouco trabalhados e cenas jogadas na trama somente para encaixar uma piadinha.

As atuações também não estão lá essas coisas. Josh Duhamel não convence como um pai descolado em crise e Megan Fox se esforça em passar a ideia de mãe cuja família está se distanciando, mas não consegue cumprir o objetivo, apesar de seus personagens também não possuírem profundidade o suficiente para que os atores pudessem trabalhá-los.

Gabriel Bateman carrega direitinho o protagonismo e não apresenta dificuldade em interagir com o cachorro ou com o cromaqui. Temos ainda a participação de Kunal Nayyar como o super carismático CEO das tecnologias, Sr. Mills, mas que no arco final da trama se torna um personagem bastante caricato.

Uma Mente Canina’ é um desses filmes genéricos de sessão da tarde para a garotada ficar entretida diante da televisão – e só.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Então conhecemos Oliver (Gabriel Bateman), um garoto super inteligente que, junto com o amigo Xiao (Minghao Hou), consegue entrelaçar as ondas de um aparelho cinético que eles criaram triangulado com um satélite dos EUA, que, no momento do teste, acaba dando um ziriguidum com o cãozinho de Oliver, Henry (voz de Todd Stashwick), e o menino passa a conseguir ouvir os pensamentos do bichinho. Só que os pais do menino – Lukas (Josh Duhamel) e Ellen (Megan Fox) – estão pensando em se separar, e, para ajudá-los a recuperar a chama do amor, Oliver ouve os conselhos amorosos do seu cachorro, que passa a ser como seu melhor amigo e coach motivacional.

Como dá para ver, a ideia do filme é bacaninha, mas é só isso mesmo. E em uma hora e meia de duração o espectador percebe que ‘Uma Mente Canina’ é um filme com uma boa ideia, mas que inventou um monte de outras coisas paralelas bem nada a ver para rechear o argumento e fazer a história render. Escrito e dirigido por Gil Junger, o roteiro parte de uma premissa interessante (afinal, todos os amantes de animais sempre imaginaram poder conseguir entender os bichanos), que se preocupou em criar um núcleo atrativo para seu público alvo (com direito a piadas com pum, bumbum e escatologias aleatórias), mas com elementos paralelos que pouco se explicam, que são pouco trabalhados e cenas jogadas na trama somente para encaixar uma piadinha.

As atuações também não estão lá essas coisas. Josh Duhamel não convence como um pai descolado em crise e Megan Fox se esforça em passar a ideia de mãe cuja família está se distanciando, mas não consegue cumprir o objetivo, apesar de seus personagens também não possuírem profundidade o suficiente para que os atores pudessem trabalhá-los.

Gabriel Bateman carrega direitinho o protagonismo e não apresenta dificuldade em interagir com o cachorro ou com o cromaqui. Temos ainda a participação de Kunal Nayyar como o super carismático CEO das tecnologias, Sr. Mills, mas que no arco final da trama se torna um personagem bastante caricato.

Uma Mente Canina’ é um desses filmes genéricos de sessão da tarde para a garotada ficar entretida diante da televisão – e só.

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