quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica | Unbreakable Kimmy Schmidt: 4ª Temporada – Parte final

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As despedidas de uma série que acompanhamos por um longo período sempre são um tanto quanto emocionais. É natural, para a maioria das pessoas, criar um vínculo para com aquela história e aqueles personagens seja por questão de gostos ou identificação. Já do lado dos showrunners existe a difícil tarefa de realizar uma conclusão digna de tudo que a produção representou e que, de fato, consiga agradar os fãs.

Tina Fey e Robert Carlock, uma parceria que vem sendo edificada desde a época de 30 Rock quando ele fazia parte da mesa de roteiristas da sitcom criada por Fey, precisaram encarar essa missão ao chegar nesta quarta temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt após a parte um ter ido ao ar em maio do ano passado. A última etapa contou com seis episódios, sendo um deles, mais especificamente o nove, com exatos 53 minutos. Os dois showrunners juntamente à mesa de roteiristas precisaram encarar a missão de dar um fechamento para a produção que durou quatro anos e com isso, infelizmente, esbarraram em alguns obstáculos.



A série de TV construiu um arco intrigante durante os primeiros sete capítulos desta temporada, entretanto, ao retornar do hiato é perceptível a queda de ritmo que a narrativa teve. ‘Kimmy Fights a Fire Monster!’ e ‘Kimmy is in a Love Square!’ são dois episódios arrastados que parecem demorar uma eternidade para passar, é como se a qualidade com a qual o público está acostumado se perdesse e as situações se repetissem com uma nova roupagem.

Entretanto com ‘Sliding Van Doors’, a criação de Fey e Carlock ganha a atenção do espectador ao entregar uma perspectiva diferente de como seria a vida dos protagonistas se Kimmy (Ellie Kemper) nunca fosse sequestrada e Titus (Tituss Burgess) nunca tivesse realizado o teste para O Rei Leão. É interessante o quanto a personalidade de cada um tem alterações devido a este fato mantendo características essenciais de cada um. É uma construção excelente de trama e traz o conforto da qualidade vista anteriormente.

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Com ‘Kimmy Finds a Liar!’, Unbreakable Kimmy Schmidt parece se distanciar um pouco do que o público está acostumado a conferir, enquanto os dois capítulos finais, ‘Kimmy is Rich*!’ e ‘Kimmy Says Bye’, a sitcom volta a resgatar alguns personagens vistos anteriormente para pequenas participações como é o caso de Xanthippe Voorhees (Dylan Gelula) e Lori-Anne Schmidt (Lisa Kudrow), mas entrega uma trama corrida que deixa um leve gosto amargo na boca de “isso não foi o suficiente”.

Em relação aos personagens, é perceptível o crescimento da protagonista, assim como do próprio Titus e Jacqueline White (Jane Krakowski), tendo a última dado uma volta por cima em diversos aspectos da sua vida, incluindo escolhas passadas. Já Lillian Kaushtupper (Carol Kane) segue sendo a louca de Nova York que o público ama, sempre com um plano mirabolante e discursos que nem mesmo quem escreve deve conseguir entender. Contudo, Unbreakable Kimmy Schmidt falha ao não entregar um final com mais união entre os quatro, com esta família que cada um encontrou ao longo da jornada e opta por mostrar os caminhos separados deles.

Nos quesitos técnicos a série entrega a qualidade das temporadas anteriores. Em relação as canções originais, eles continuam com o nível já conhecido e provocam risadas com suas letras peculiares e dignas de uma comédia. Contudo, não trazem nada marcante como é o caso da icônica ‘Peeno Noir’. A produção traz algumas participações especiais marcantes como Jon Bernthal, Zachary Quinto e Steve Buscemi, sendo a deste último uma ponta sensacional!

No geral, Unbreakable Kimmy Schmidt entrega uma parte final com qualidade inferior ao que o seu espectador está acostumado e não muito satisfatória. É como se a última mordida que, em tese, deveria ser a melhor não estivesse tão bem cozida assim.

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As despedidas de uma série que acompanhamos por um longo período sempre são um tanto quanto emocionais. É natural, para a maioria das pessoas, criar um vínculo para com aquela história e aqueles personagens seja por questão de gostos ou identificação. Já do lado dos showrunners existe a difícil tarefa de realizar uma conclusão digna de tudo que a produção representou e que, de fato, consiga agradar os fãs.

Tina Fey e Robert Carlock, uma parceria que vem sendo edificada desde a época de 30 Rock quando ele fazia parte da mesa de roteiristas da sitcom criada por Fey, precisaram encarar essa missão ao chegar nesta quarta temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt após a parte um ter ido ao ar em maio do ano passado. A última etapa contou com seis episódios, sendo um deles, mais especificamente o nove, com exatos 53 minutos. Os dois showrunners juntamente à mesa de roteiristas precisaram encarar a missão de dar um fechamento para a produção que durou quatro anos e com isso, infelizmente, esbarraram em alguns obstáculos.

A série de TV construiu um arco intrigante durante os primeiros sete capítulos desta temporada, entretanto, ao retornar do hiato é perceptível a queda de ritmo que a narrativa teve. ‘Kimmy Fights a Fire Monster!’ e ‘Kimmy is in a Love Square!’ são dois episódios arrastados que parecem demorar uma eternidade para passar, é como se a qualidade com a qual o público está acostumado se perdesse e as situações se repetissem com uma nova roupagem.

Entretanto com ‘Sliding Van Doors’, a criação de Fey e Carlock ganha a atenção do espectador ao entregar uma perspectiva diferente de como seria a vida dos protagonistas se Kimmy (Ellie Kemper) nunca fosse sequestrada e Titus (Tituss Burgess) nunca tivesse realizado o teste para O Rei Leão. É interessante o quanto a personalidade de cada um tem alterações devido a este fato mantendo características essenciais de cada um. É uma construção excelente de trama e traz o conforto da qualidade vista anteriormente.

Com ‘Kimmy Finds a Liar!’, Unbreakable Kimmy Schmidt parece se distanciar um pouco do que o público está acostumado a conferir, enquanto os dois capítulos finais, ‘Kimmy is Rich*!’ e ‘Kimmy Says Bye’, a sitcom volta a resgatar alguns personagens vistos anteriormente para pequenas participações como é o caso de Xanthippe Voorhees (Dylan Gelula) e Lori-Anne Schmidt (Lisa Kudrow), mas entrega uma trama corrida que deixa um leve gosto amargo na boca de “isso não foi o suficiente”.

Em relação aos personagens, é perceptível o crescimento da protagonista, assim como do próprio Titus e Jacqueline White (Jane Krakowski), tendo a última dado uma volta por cima em diversos aspectos da sua vida, incluindo escolhas passadas. Já Lillian Kaushtupper (Carol Kane) segue sendo a louca de Nova York que o público ama, sempre com um plano mirabolante e discursos que nem mesmo quem escreve deve conseguir entender. Contudo, Unbreakable Kimmy Schmidt falha ao não entregar um final com mais união entre os quatro, com esta família que cada um encontrou ao longo da jornada e opta por mostrar os caminhos separados deles.

Nos quesitos técnicos a série entrega a qualidade das temporadas anteriores. Em relação as canções originais, eles continuam com o nível já conhecido e provocam risadas com suas letras peculiares e dignas de uma comédia. Contudo, não trazem nada marcante como é o caso da icônica ‘Peeno Noir’. A produção traz algumas participações especiais marcantes como Jon Bernthal, Zachary Quinto e Steve Buscemi, sendo a deste último uma ponta sensacional!

No geral, Unbreakable Kimmy Schmidt entrega uma parte final com qualidade inferior ao que o seu espectador está acostumado e não muito satisfatória. É como se a última mordida que, em tese, deveria ser a melhor não estivesse tão bem cozida assim.

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