Estreia nos cinemas de todo o Brasil o nono capítulo da saga principal de Velozes & Furiosos, uma das franquias que mais cresceu nos últimos anos. Trazendo personagens antigos de volta, a aventura de Dom (Vin Diesel) e sua família, literalmente falando, leva o grupo a lugares ainda não explorados de forma divertida e absurda, o que provavelmente vai agradar os fãs.
Mas para entender o que a equipe criativa decidiu fazer nesse filme, é preciso lembrar que a franquia virou meme nas redes sociais do mundo por conta de suas sequências de ação impossíveis, mas extremamente divertidas. Paralelamente a isso, a popularidade da saga começou a crescer e se popularizar. Ou seja, ao tirar sarro dos filmes, muita gente acabou se interessando e curtindo as aventuras sobre quatro rodas. E a produção soube se aproveitar disso para abraçar de vez o impossível e adotar um roteiro que homenageia a trajetória dos personagens ao mesmo tempo que usa um tom muito próximo da autoparódia.
Um personagem importantíssimo para que o público consiga comprar essa ideia de parodiar a própria franquia é Roman (Tyrese Gibson), que constantemente se questiona sobre as ações impossíveis que eles realizam e parece não acreditar no que acabaram de fazer. Ele é a personificação daquele tio que vai ao cinema e fica falando: “maior mentirada isso aí”. E isso é muito divertido, principalmente quando Tej (Ludacris) tira sarro das ideias filosóficas, por assim dizer, do amigo.
Apesar desse tom de paródia, a história promove uma viagem no tempo para conhecer as origens da família Toretto, mostrando a juventude de Dom e Jakob (John Cena) ajudando o pai, um piloto da Nascar. Para mostrar esses dois personagens jovens, a produção traz dois atores mais novos que promovem boas imitações de suas versões “adultas”. Os trejeitos do jovem Dominic Toretto pilotando nos rachas são idênticos aos de Vin Diesel. Chega a assustar. Essa história do passado não é gratuita, já que explica como os irmãos se desentenderam ao ponto de Jakob se tornar o grande vilão deste filme. É divertido, sem muitas surpresas, mas eficaz.
Outro bom ponto para os fãs da franquia é o retorno de personagens amados. O principal deles é o Han (Sung Kang), que todos viram morrer há alguns anos. Sua volta ao mundo dos vivos é meio confusa, mas dá para comprar a ideia para ter ele de volta. Ele traz uma nova personagem para a franquia que está diretamente relacionada ao tesouro da vez e ajuda a amarrar o motivo de Han estar vivo.
Também muito aguardado pelos fãs, o retorno do núcleo de Velozes & Furiosos: Desafio em Tóquio é simples, mas suficiente. Sean (Lucas Black), Twinkie (Bow Wow) e Earl (Jason Tobin) dão as caras para ajudar numa missão de Roman e Tej, mas a principal função do grupo mesmo é ser um gigantesco fan service. Eles são muito divertidos e enfim interagem com os personagens do núcleo principal da saga. Só faltou fazerem drift. Na verdade, se não fossem todas as galhofas, explosões e guerras magnéticas, alguns poderiam até dizer que Velozes & Furiosos 9 é uma história intimista que preza pelo resgate de sua própria história, honrando e homenageando todos aqueles que os acompanharam nos últimos 20 anos.
Porém, como é recheado de galhofas, explosões, guerras magnéticas e da Cardi B – em um papel 100% Cardi B -, Velozes & Furiosos 9 é um baita filme pipoca, que não faz a menor questão de se levar a sério e que abraça o impossível para divertir, emocionar, fazer rir e até mesmo passar uma lição sobre família. É diversão em alta velocidade que vai encantar os fãs e arrancar uns sorrisos dos mais céticos, que adoram reclamar das “mentiradas”. O novo Velozes & Furiosos é tudo aquilo que os fãs esperam e um pouco mais.
Ah, vale lembrar que a Universal preparou um teaser bem grande de Jurassic World: Domínio para ser exibido exclusivamente antes do filme. É um conteúdo fantástico que vai deixar os fãs ansiosos para 2022.