terça-feira, março 19, 2024

Crítica | Vingadores: Guerra Infinita – O Auge do Cinema Entretenimento

O Extremista das Galáxias

Cinema sempre foi arte, desde seus primórdios. Mas também sempre foi entretenimento, diversão. Ir ao cinema é uma experiência única, que nos remete à infância, quando íamos assistir a filmes… bem, de entretenimento. Esta é a magia tão falada. No fim da década de 1970, esta magia foi empacotada e vendida como produto de maneira sem precedentes. Na década de 1980, o mercado para este tipo de produto se consolidou. Nas décadas seguintes, com o aumento cada vez maior da produção, já que a demanda também era mais significativa, naturalmente esses produtos começaram a se diluir consideravelmente.

É justamente por isso, em uma época de ofertas de qualidade em declínio, e consumidores menos exigentes, que é necessário enaltecer obras de entretenimento como Vingadores: Guerra Infinita.

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Há dez anos a Marvel começou um plano. Ambicioso, sim. Poderia não dar certo? Com certeza. Dividido por fases – o Universo Cinematográfico da empresa, o MCU, necessitava realizar produções boas o suficiente apenas para continuar o plano, mesmo que as unânimes deem para contar nos dedos de uma mão.  E foi o que a empresa fez, com o marqueteiro e gerenciador megalômano Kevin Feige à frente das decisões. É seguro apontar o nome do produtor, e face da Marvel no cinema, como um dos mais importantes para este tipo de filme nos últimos dez anos. O que ele foi capaz de realizar é um marco para a história da sétima arte, queiram os mais cínicos admitir ou não. Ele é o novo e eficiente “empacotador” de sonhos e magia.

Feige, ao longo de 10 anos e 18 filmes (19 com este), interligou um universo intrincado, no qual os mesmos personagens desfilavam por entre as produções e se adicionavam como parte de um todo através de centenas de referências. É basicamente a estrutura das histórias em quadrinhos transportada ao cinema de forma grandiosa.

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Em Guerra Infinita, o maior evento deste universo até aqui, todos (ou quase todos) os personagens principais (e alguns coadjuvantes) se unem para evitar o fim da vida na Terra como a conhecemos. Do espaço sideral surge a nova e mais magnânima ameaça com a qual os heróis já se depararam. Thanos (Josh Brolin) é um vilão (ou seria anti-herói) trágico, sofrido, que realiza seus atos com pesar e em sua loucura (que muitos aqui na Terra compartilhariam) assume a conclusão de um bem maior. Essa talvez seja a melhor surpresa do longa, a humanização de seu antagonista. A motivação, suas atitudes, seu sofrimento (sim, este é um malvadão melancólico) são mesclados a um desempenho certeiro do intérprete – é possível enxergar o ator o tempo todo no personagem – e efeitos de cair o queixo de tão reais.

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Como os irmãos Russo, diretores do filme, já haviam anunciado, Thanos é o protagonista aqui, e o mais completo arqui-inimigo da casa. Este filme é definitivamente dele. Mas também temos espaço para os heróis, que fazem o que sabem de melhor, entreter. São tantos que seria necessário um texto à parte para mencionar cada um e suas subtramas – e talvez este texto aconteça. O que vale ser dito é que todos têm tempo de tela suficiente para brilhar. Desde o Homem de Ferro de Robert Downey Jr., o óbvio dono da bola, passando pelo Thor de Hemsworth, a Gamora de Zoe Saldana, até o Homem-Aranha de Tom Holland e o Doutor Estranho de Cumberbatch.

Não deixe de assistir:

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E, é claro, não seria justo terminar esta resenha sem dar crédito aos roteiristas (Christopher Markus e Stephen McFeely) e os comandantes da obra (Joe e Anthony Russo), que mesclam tudo na medida certa, fazendo a transição ideal entre humor, drama, tensão e momentos épicos de ação tão primorosos que conseguem elevar o status do subgênero a outro patamar. Vingadores: Guerra Infinita é pretensioso, mas é uma ambição positiva, principalmente quando se consegue estar à altura de sua expectativa. Existem consequências aqui, e conclusões estarrecedoras.

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Os únicos pequenos problemas deste que pode ser considerado a mãe de todos os filmes de super-heróis são: a falta de conclusão, deixando um cliffhanger tão gigantesco que por pouco não matará nerds ao redor do mundo de crise de nervos (assim esperamos); e algumas óbvias reversões de fatos – o que diminui a importância do impacto inicialmente apresentado aqui, já que sabemos alguns detalhes do futuro que não corroboram a dramaticidade almejada. Seja como for, isso não exime a coragem do filme por suas apostas arriscadas. Portanto, se prepare para entrar na fila e comprar seu ingresso novamente, porque uma vez só não basta. Eu sei que eu vou…

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