quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Viva: A Vida é Uma Festa – Animação é cativante, deslumbrante e mexicana

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Se imagine como garoto de 12 anos cheio de sonhos, mas com todos os seus anseios negados por causa de uma tradição familiar. Este é o dilema de Miguel (Anthony Gonzalez): ser rejeitado pela família ou seguir sua censurada vocação para música em Viva – A Vida é um Festa (Coco), da Disney\Pixar.

O que chama mais atenção à animação, no entanto, é ser o primeiro filme da Disney totalmente no México e dedicado à cultura mexicana. Desde o início, o filme apresenta diversos elementos do país e seu povo como os mariachis, as telenovelas e a devoção ao Día de los Muertos, o que lembra a animação Festa no Céu (2014), da Fox.



Diferente de seu antecessor, porém, Viva – A Vida é uma festa é apresentado através dos olhos do menino Miguel de forma perspicaz e inocente. Apesar do proibição musical, ele mantém sua paixão em um esconderijo onde toca sua viola quebrada e assiste às apresentações do seu grande ídolo já falecido Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt).

Quando Abuelita (Renee Victor) o descobre com um violão nas mãos, as coisas não acabam muito bem. A explicação para o banimento de qualquer assovio musical na família é dada no início do longa pelo próprio Miguel, em forma de lamento pelo seu destino ter sido prescrito por um infortúnio do passado, mas, mesmo assim, ele mantém um fascínio arrebatador por tocar e cantar.

Na celebração do Día de los muertos, na qual acredita-se que as almas voltam para visitar seus entes queridos e, portanto, milhares de pessoas constroem altares para preservar suas memórias e colocam comida de oferenda, ocorre a suprema mágica do filme. Ao tocar o violão do seu falecido ídolo De la Cruz, Miguel é transportado para uma dimensão vibrante e colorida, conhecida como Land of the Dead (Terra dos Mortos), habitada somente por aqueles que ainda são lembrados no mundo dos vivos.

Neste momento, a beleza visual do filme se torna deslumbrante, mas é o carisma do protagonista e os personagem ao redor que sobressaem com diálogos ágeis e ações divertidas. Lá, ele tem a missão de encontrar o seu ídolo, a maior estrela de todos os tempos – mesmo no mundo dos mortos -, e pedir sua benção para voltar para casa, enquanto foge dos seus finados parentes que querem fazê-lo prometer nunca cantar em vida.

Como em qualquer agradável jornada, Miguel aprende, se diverte e vive o seu sonho de menino, com o auxílio do interesseiro, intrigante e divertido Héctor (Gael García Bernal). As reviravoltas são contagiantes, bem engendradas e dignas das telenovelas.

Além disso, a animação está cheia de baladas que misturam inglês e espanhol, como The World is Mi Familia e Proud Corazón, além da canção principal Remember Me\Recuérdame. Boas músicas, contudo, longe de se comparar com as gostosas e alegres How Far I’ll Go, de Moana (2016), e Let It Go, de Frozen (2013).

Dirigido e escrito por Lee Unkrich, dos adoráveis Toy Story 3 (2010) e Procurando Nemo (2003), Viva – A Vida é uma Festa é uma homenagem belíssima à cultura mexicana e a força dos laços familiares. Assim como Moana e Elza, fala sobre ser corajosas e confiar em si mesmas, Miguel mostra como é importante ser persistente e batalhar para alcançar suas expectativas.

Com participação especial até de Frida Kahlo (Natalia Cordova-Buckley), a obra de Unkrich mostra que não basta ter bons personagens para fazer um filme ser bem sucedido, vide Liga da Justiça (2017). Aqui, o roteiro se destaca e mistura melodrama, desfaçatez e verdades reveladas, típicas das tramas mexicanas, em sua cativante narrativa, que faz os olhos brilharem na escuridão do cinema.

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O que chama mais atenção à animação, no entanto, é ser o primeiro filme da Disney totalmente no México e dedicado à cultura mexicana. Desde o início, o filme apresenta diversos elementos do país e seu povo como os mariachis, as telenovelas e a devoção ao Día de los Muertos, o que lembra a animação Festa no Céu (2014), da Fox.

Diferente de seu antecessor, porém, Viva – A Vida é uma festa é apresentado através dos olhos do menino Miguel de forma perspicaz e inocente. Apesar do proibição musical, ele mantém sua paixão em um esconderijo onde toca sua viola quebrada e assiste às apresentações do seu grande ídolo já falecido Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt).

Quando Abuelita (Renee Victor) o descobre com um violão nas mãos, as coisas não acabam muito bem. A explicação para o banimento de qualquer assovio musical na família é dada no início do longa pelo próprio Miguel, em forma de lamento pelo seu destino ter sido prescrito por um infortúnio do passado, mas, mesmo assim, ele mantém um fascínio arrebatador por tocar e cantar.

Na celebração do Día de los muertos, na qual acredita-se que as almas voltam para visitar seus entes queridos e, portanto, milhares de pessoas constroem altares para preservar suas memórias e colocam comida de oferenda, ocorre a suprema mágica do filme. Ao tocar o violão do seu falecido ídolo De la Cruz, Miguel é transportado para uma dimensão vibrante e colorida, conhecida como Land of the Dead (Terra dos Mortos), habitada somente por aqueles que ainda são lembrados no mundo dos vivos.

Neste momento, a beleza visual do filme se torna deslumbrante, mas é o carisma do protagonista e os personagem ao redor que sobressaem com diálogos ágeis e ações divertidas. Lá, ele tem a missão de encontrar o seu ídolo, a maior estrela de todos os tempos – mesmo no mundo dos mortos -, e pedir sua benção para voltar para casa, enquanto foge dos seus finados parentes que querem fazê-lo prometer nunca cantar em vida.

Como em qualquer agradável jornada, Miguel aprende, se diverte e vive o seu sonho de menino, com o auxílio do interesseiro, intrigante e divertido Héctor (Gael García Bernal). As reviravoltas são contagiantes, bem engendradas e dignas das telenovelas.

Além disso, a animação está cheia de baladas que misturam inglês e espanhol, como The World is Mi Familia e Proud Corazón, além da canção principal Remember Me\Recuérdame. Boas músicas, contudo, longe de se comparar com as gostosas e alegres How Far I’ll Go, de Moana (2016), e Let It Go, de Frozen (2013).

Dirigido e escrito por Lee Unkrich, dos adoráveis Toy Story 3 (2010) e Procurando Nemo (2003), Viva – A Vida é uma Festa é uma homenagem belíssima à cultura mexicana e a força dos laços familiares. Assim como Moana e Elza, fala sobre ser corajosas e confiar em si mesmas, Miguel mostra como é importante ser persistente e batalhar para alcançar suas expectativas.

Com participação especial até de Frida Kahlo (Natalia Cordova-Buckley), a obra de Unkrich mostra que não basta ter bons personagens para fazer um filme ser bem sucedido, vide Liga da Justiça (2017). Aqui, o roteiro se destaca e mistura melodrama, desfaçatez e verdades reveladas, típicas das tramas mexicanas, em sua cativante narrativa, que faz os olhos brilharem na escuridão do cinema.

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