quinta-feira , 30 janeiro , 2025

Crítica | Viva a Vida – Thati Lopes e Rodrigo Simas Estrelam um Mazel Tov de Filme

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O Brasil tem influências culturais de muitas partes do mundo. Ao longo dos séculos, pessoas de diversos territórios vieram para cá por razões múltiplas, o que fez com que o que hoje conhecemos como cultura brasileira tivesse influências e raízes em muitas outras. Dentre os indígenas que aqui já estavam, os povos africanos, europeus, orientais, houve também forte migração dos povos do Oriente Médio, que para cá vieram e ficaram, formando as comunidades judaica e árabe no Brasil. Porém, muitas pessoas desconhecem a ligação desses povos com nosso país, mas parte desse desconhecimento está prestes a ser solucionado com a chegada do longa ‘Viva a Vida’, drama cômico brasileiro que chega a partir de hoje nos cinemas.

Jessica (Thati Lopes, de ‘Diários de Intercâmbio’) é sozinha no mundo. Mesmo trabalhando num antiquário de Copacabana, ela está totalmente quebrada, sem dinheiro nem para o aluguel. Certo dia, chega à loja um lote de coisas de um falecido, e, dentre os objetos, Jessica encontra um colar igualzinho ao que ela mesma usa, dado por sua falecida mãe. Desconfiada, ela entra em contato com Gabriel (Rodrigo Simas, de ‘Vidas Bandidas’) e descobre que o rapaz pode ser seu meio-primo. A partir dessas informações, Jessica decide viajar até Israel para conhecer sua possível avó, Hava (Regina Braga, de ‘Irmã Dulce’), e, nessa jornada, ela e Gabriel conhecerão brasileiros incríveis por lá, como o guia de turismo Ramirez (Diego Martins, de ‘Um Ano Inesquecível: Verão’) e o dono da empresa, Ben (Jonas Bloch, de ‘Amarelo Manga’).

O roteiro de Nathalia Klein pode ser lido em dois caminhos. O primeiro, a jornada pessoal da protagonista em busca de suas respostas, que funciona como o gatilho da aventura; o segundo é a apresentação da cultura judaica, e este acaba se sobrepondo à trama principal – o que é uma boa coisa, pois é o ponto forte do longa. Acertadamente, a diretora Cris D’Amato e o diretor de fotografia Dante Belluti se dedicam a preencher a telona com belas imagens de Israel, que seduzem o espectador a querer conhecer o país.

Para quem já tem contato com a cultura judaica, é delicioso ver, num filme brasileiro, características tão peculiares como a bebida araque, as garrafinhas das Minas do Rei Salomão ou o propósito do Muro das Lamentações. Para quem não é judeu e não conhece o país, ‘Viva a Vida’ é um deleite turístico para os olhos passearem por lugares paradisíacos e históricos, dos quais muitas pessoas podem até ter ouvido falar, mas talvez não saibam que fica naquele território.

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Thati Lopes e Rodrigo Simas têm uma química natural que transparece na telona, parecendo dois grandes e bons amigos se divertindo numa viagem inesperada. A cena em que Rodrigo quase cai no meio da rua dá o tom do quão natural é a interação da dupla – outro acerto da diretora Cris D’Amato, em juntar esses dois num drama cômico que precisava da leveza desses dois atores para tornar a história muito mais agradável. Soma-se à dupla o sempre incrível Diego Martins, alívio cômico da trama que nem precisa de direcionamento para entregar toda a comicidade que o enredo precisa, com direito a vídeo-clip a la ‘Priscilla a Rainha do Deserto’ nos créditos finais (peça musical que Diego estrelou posteriormente, aliás). Diego é um meteoro cheio de energia e brilho próprio.

Viva a Vida’ é como viajar para outro país sem sair de casa. Engraçado e instrutivo, mostra a cultura judaica para além das notícias jornalísticas, num convite sincero para uma imersão no Oriente Médio pelos olhos brasileiros.

Será ALUCINANTE! Patricia Arquette e Tramell Tillman falam sobre a 2ª temporada de Ruptura

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O Brasil tem influências culturais de muitas partes do mundo. Ao longo dos séculos, pessoas de diversos territórios vieram para cá por razões múltiplas, o que fez com que o que hoje conhecemos como cultura brasileira tivesse influências e raízes em muitas outras. Dentre os indígenas que aqui já estavam, os povos africanos, europeus, orientais, houve também forte migração dos povos do Oriente Médio, que para cá vieram e ficaram, formando as comunidades judaica e árabe no Brasil. Porém, muitas pessoas desconhecem a ligação desses povos com nosso país, mas parte desse desconhecimento está prestes a ser solucionado com a chegada do longa ‘Viva a Vida’, drama cômico brasileiro que chega a partir de hoje nos cinemas.

Jessica (Thati Lopes, de ‘Diários de Intercâmbio’) é sozinha no mundo. Mesmo trabalhando num antiquário de Copacabana, ela está totalmente quebrada, sem dinheiro nem para o aluguel. Certo dia, chega à loja um lote de coisas de um falecido, e, dentre os objetos, Jessica encontra um colar igualzinho ao que ela mesma usa, dado por sua falecida mãe. Desconfiada, ela entra em contato com Gabriel (Rodrigo Simas, de ‘Vidas Bandidas’) e descobre que o rapaz pode ser seu meio-primo. A partir dessas informações, Jessica decide viajar até Israel para conhecer sua possível avó, Hava (Regina Braga, de ‘Irmã Dulce’), e, nessa jornada, ela e Gabriel conhecerão brasileiros incríveis por lá, como o guia de turismo Ramirez (Diego Martins, de ‘Um Ano Inesquecível: Verão’) e o dono da empresa, Ben (Jonas Bloch, de ‘Amarelo Manga’).

O roteiro de Nathalia Klein pode ser lido em dois caminhos. O primeiro, a jornada pessoal da protagonista em busca de suas respostas, que funciona como o gatilho da aventura; o segundo é a apresentação da cultura judaica, e este acaba se sobrepondo à trama principal – o que é uma boa coisa, pois é o ponto forte do longa. Acertadamente, a diretora Cris D’Amato e o diretor de fotografia Dante Belluti se dedicam a preencher a telona com belas imagens de Israel, que seduzem o espectador a querer conhecer o país.

Para quem já tem contato com a cultura judaica, é delicioso ver, num filme brasileiro, características tão peculiares como a bebida araque, as garrafinhas das Minas do Rei Salomão ou o propósito do Muro das Lamentações. Para quem não é judeu e não conhece o país, ‘Viva a Vida’ é um deleite turístico para os olhos passearem por lugares paradisíacos e históricos, dos quais muitas pessoas podem até ter ouvido falar, mas talvez não saibam que fica naquele território.

Thati Lopes e Rodrigo Simas têm uma química natural que transparece na telona, parecendo dois grandes e bons amigos se divertindo numa viagem inesperada. A cena em que Rodrigo quase cai no meio da rua dá o tom do quão natural é a interação da dupla – outro acerto da diretora Cris D’Amato, em juntar esses dois num drama cômico que precisava da leveza desses dois atores para tornar a história muito mais agradável. Soma-se à dupla o sempre incrível Diego Martins, alívio cômico da trama que nem precisa de direcionamento para entregar toda a comicidade que o enredo precisa, com direito a vídeo-clip a la ‘Priscilla a Rainha do Deserto’ nos créditos finais (peça musical que Diego estrelou posteriormente, aliás). Diego é um meteoro cheio de energia e brilho próprio.

Viva a Vida’ é como viajar para outro país sem sair de casa. Engraçado e instrutivo, mostra a cultura judaica para além das notícias jornalísticas, num convite sincero para uma imersão no Oriente Médio pelos olhos brasileiros.

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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