quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Você: 4ª temporada vai fundo na psicopatia de Joe Goldberg com plot twist e final surpreendentes

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Se aprofundando na psique de Joe Goldberg de forma visceral e até mesmo um tanto didática, a segunda parte da 4ª temporada de Você chega à grade de programação da Netflix com uma rica coletânea de surpresas. Aqueles que temiam uma mudança drástica na construção do protagonista serão contemplados por uma nova leva de episódios que dissecam sua perturbadora mente, dilacerando seus sentidos e colocando-os à prova. Abordando a Dissonância Cognitiva em estágios muito mais complexos e perigosos, os capítulos convidam a audiência para uma aventura às avessas dentro do psicológico do psicopata com fachada de anti-herói.



E mais uma vez oniscientes, tendo acesso a todos os pensamentos mais profundos de Goldberg, testemunhamos Sera Gamble e Greg Berlanti subverterem nossas expectativas, com uma avalanche de revelações grandiosas. E essa habilidade de trabalhar a psique do protagonista é um dos aspectos fundamentais para tornar Você uma série ainda relevante. Correndo o risco de cair em uma espiral repetitiva e cíclica, a produção chegou em sua 4ª temporada entendendo os limites narrativos já alcançados, aprendendo a se adaptar ao histórico criminoso de seu personagem, usando isso como o instrumento fundamental para elaborar sua trajetória a longo prazo. Em outras palavras, saímos do círculo vicioso e cansativo de relacionamentos amorosos obsessivos em direção a uma nova etapa: a mais pura insanidade mental.

Ao longo dos cinco últimos episódios da 4ª temporada, a trama resgata questionamentos do passado para explicar exatamente quem é Joe Goldberg e de que forma sua psicopatia se desenvolveu durante os anos. Se livrando da responsabilidade de justificar seu doentio comportamento – como aparentemente achávamos que seria o caso -, a produção opta pelos rumos certos, fazendo uma minuciosa e realista análise de personagem ao longo dessas quase cinco horas finais. E como um quebra-cabeça mental, somos encorajados a juntar as peças, que tentam desenhar a complexidade desse homem que se escondeu em seus traumas, tornando-os sua maior ruína nas suas relações interpessoais.

Finalmente honrando todas as amadas que cruzaram a navalha do psicopata, o ciclo atual ainda é um grandioso confronto entre Joe e seu caráter narcisista. Sem rodeios e sem floreios, Você faz desta leva de episódios a epítome da psicopatia de seu personagem principal. Carimbando a garantia de que chegamos em um caminho sem volta, a 4ª temporada oficialmente introduz seu protagonista não mais como um lobo em pele de cordeiro, alguém em busca de redenção. Agora, um lobo despido diante da audiência e dos protagonistas, ele verdadeiramente assume a persona mais perversa que até então lutava para coabitar com sua versão cheia de boas intenções.

Levando a audiência por caminhos dúbios e conflitantes, a série Você faz de sua 4ª temporada quase um filme de gênero. Com um plot twist que redimensiona o futuro da trama, abrindo margem para uma história muito mais ampla e até mesmo insana, a Netflix entrega ao público uma produção significativamente mais densa, madura e convidativa. Atraindo os fãs de conteúdos criminais e psicológicos com facilidade, Você se consolida como uma das originais da plataforma de streaming mais constantes. Mantendo seu nível de qualidade no roteiro na maior parte do tempo e trazendo Penn Badgley como um brilhante e talentoso antagonista de múltiplas faces, a série é uma genuína imersão na psique humana em seu estado mais deplorável.

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E mais uma vez oniscientes, tendo acesso a todos os pensamentos mais profundos de Goldberg, testemunhamos Sera Gamble e Greg Berlanti subverterem nossas expectativas, com uma avalanche de revelações grandiosas. E essa habilidade de trabalhar a psique do protagonista é um dos aspectos fundamentais para tornar Você uma série ainda relevante. Correndo o risco de cair em uma espiral repetitiva e cíclica, a produção chegou em sua 4ª temporada entendendo os limites narrativos já alcançados, aprendendo a se adaptar ao histórico criminoso de seu personagem, usando isso como o instrumento fundamental para elaborar sua trajetória a longo prazo. Em outras palavras, saímos do círculo vicioso e cansativo de relacionamentos amorosos obsessivos em direção a uma nova etapa: a mais pura insanidade mental.

Ao longo dos cinco últimos episódios da 4ª temporada, a trama resgata questionamentos do passado para explicar exatamente quem é Joe Goldberg e de que forma sua psicopatia se desenvolveu durante os anos. Se livrando da responsabilidade de justificar seu doentio comportamento – como aparentemente achávamos que seria o caso -, a produção opta pelos rumos certos, fazendo uma minuciosa e realista análise de personagem ao longo dessas quase cinco horas finais. E como um quebra-cabeça mental, somos encorajados a juntar as peças, que tentam desenhar a complexidade desse homem que se escondeu em seus traumas, tornando-os sua maior ruína nas suas relações interpessoais.

Finalmente honrando todas as amadas que cruzaram a navalha do psicopata, o ciclo atual ainda é um grandioso confronto entre Joe e seu caráter narcisista. Sem rodeios e sem floreios, Você faz desta leva de episódios a epítome da psicopatia de seu personagem principal. Carimbando a garantia de que chegamos em um caminho sem volta, a 4ª temporada oficialmente introduz seu protagonista não mais como um lobo em pele de cordeiro, alguém em busca de redenção. Agora, um lobo despido diante da audiência e dos protagonistas, ele verdadeiramente assume a persona mais perversa que até então lutava para coabitar com sua versão cheia de boas intenções.

Levando a audiência por caminhos dúbios e conflitantes, a série Você faz de sua 4ª temporada quase um filme de gênero. Com um plot twist que redimensiona o futuro da trama, abrindo margem para uma história muito mais ampla e até mesmo insana, a Netflix entrega ao público uma produção significativamente mais densa, madura e convidativa. Atraindo os fãs de conteúdos criminais e psicológicos com facilidade, Você se consolida como uma das originais da plataforma de streaming mais constantes. Mantendo seu nível de qualidade no roteiro na maior parte do tempo e trazendo Penn Badgley como um brilhante e talentoso antagonista de múltiplas faces, a série é uma genuína imersão na psique humana em seu estado mais deplorável.

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