segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | Vozes – Clima assustador e jumpscares caprichados no novo TERROR da Netflix

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Tá sentindo falta de um bom filme de terror, desses que te deixa com a pulga (ou a mosquinha) atrás da orelha? Então pare tudo que você está fazendo e corre assistir ‘Vozes’, o inquietante novo filme da Netflix.

Daniel (Rodolfo Sancho) e Sara (Belén Fabra) são um casal que costuma comprar casas em mau estado ao redor da Espanha e reformá-las para vender a um preço mais alto. Por isso eles acabam se mudando junto com o filho, Eric (Lucas Blas), para um casarão enorme, super deteriorado e mal assombrado. Já no primeiro dia Eric começa a ouvir vozes malignas, mas seus pais fazem pouco caso e, aos poucos, coisas sinistras começam a acontecer na casa, ao ponto de Dani ter que pedir ajuda ao especialista em fenômenos paranormais, Germán (Ramón Barea), e a filha deste, Sofia (Nerea Barros), para tentar fazer com que as assombrações parem de atormentá-los.



Vozes’ é desses filmes que não dá para falar muito senão estraga. Aliás, nem a parte mais maneira do longa pode ser comentada aqui por justamente ser a explicação muito inteligente do argumento Ángel Gomez Hernández e Víctor Gado.

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O enredo é todo construído de maneira muito atenta aos detalhes, costurando-os de forma imperceptível ao espectador – o que, de fato, é o artifício mais necessário em um filme de terror e suspense, afinal, ninguém quer ter tudo mastigadinho num filme que é para aterrorizar, né?

O roteiro de Santiago Díaz insere bem os sustos (o primeiro, então, é de fazer gritar!) e trabalha bem a evolução dos personagens, nivelando-os no mesmo patamar de conhecimento, de modo que personagens e espectador vão descobrindo juntos tudo que está acontecendo naquela casa.

Porém, nem tudo é perfeito no filme de Ángel Gomez Hernández. O escorregão da direção recai no terceiro arco da trama, no posicionamento de câmera de algumas cenas que se prolongam demais; no sumiço muito conveniente do protagonista apenas para poder desenvolver melhor a trama paralela; e na descoberta e resolução do problema, feita de maneira gratuita através do deslocamento de um personagem e, em seguida, desviando a solução que parece ir por um caminho e acaba indo por outro – ação esta que contradiz as intenções dos personagens.

Nem por isso, porém, o filme é prejudicado, pois essa derrapagem no arco final apenas conduz para um novo plot twist – este sim bem genial. Possivelmente é um dos melhores finais de filme de terror oferecidos nesse 2020, e ainda oferece uma cena pós-crédito que abre brecha para uma possível nova franquia de terror sobrenatural de entretenimento – dessa vez produzida pelos espanhóis. Tomara, porque ‘Vozes’ é um ótimo filme de terror, que prende e engaja o espectador desde a primeira cena, sem desperdiçar nem um momento do nosso tempo e oferece uma história inteligente, cheia de sustos e que ainda deixa uma mosquinha de dúvida atrás da orelha….

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Daniel (Rodolfo Sancho) e Sara (Belén Fabra) são um casal que costuma comprar casas em mau estado ao redor da Espanha e reformá-las para vender a um preço mais alto. Por isso eles acabam se mudando junto com o filho, Eric (Lucas Blas), para um casarão enorme, super deteriorado e mal assombrado. Já no primeiro dia Eric começa a ouvir vozes malignas, mas seus pais fazem pouco caso e, aos poucos, coisas sinistras começam a acontecer na casa, ao ponto de Dani ter que pedir ajuda ao especialista em fenômenos paranormais, Germán (Ramón Barea), e a filha deste, Sofia (Nerea Barros), para tentar fazer com que as assombrações parem de atormentá-los.

Vozes’ é desses filmes que não dá para falar muito senão estraga. Aliás, nem a parte mais maneira do longa pode ser comentada aqui por justamente ser a explicação muito inteligente do argumento Ángel Gomez Hernández e Víctor Gado.

O enredo é todo construído de maneira muito atenta aos detalhes, costurando-os de forma imperceptível ao espectador – o que, de fato, é o artifício mais necessário em um filme de terror e suspense, afinal, ninguém quer ter tudo mastigadinho num filme que é para aterrorizar, né?

O roteiro de Santiago Díaz insere bem os sustos (o primeiro, então, é de fazer gritar!) e trabalha bem a evolução dos personagens, nivelando-os no mesmo patamar de conhecimento, de modo que personagens e espectador vão descobrindo juntos tudo que está acontecendo naquela casa.

Porém, nem tudo é perfeito no filme de Ángel Gomez Hernández. O escorregão da direção recai no terceiro arco da trama, no posicionamento de câmera de algumas cenas que se prolongam demais; no sumiço muito conveniente do protagonista apenas para poder desenvolver melhor a trama paralela; e na descoberta e resolução do problema, feita de maneira gratuita através do deslocamento de um personagem e, em seguida, desviando a solução que parece ir por um caminho e acaba indo por outro – ação esta que contradiz as intenções dos personagens.

Nem por isso, porém, o filme é prejudicado, pois essa derrapagem no arco final apenas conduz para um novo plot twist – este sim bem genial. Possivelmente é um dos melhores finais de filme de terror oferecidos nesse 2020, e ainda oferece uma cena pós-crédito que abre brecha para uma possível nova franquia de terror sobrenatural de entretenimento – dessa vez produzida pelos espanhóis. Tomara, porque ‘Vozes’ é um ótimo filme de terror, que prende e engaja o espectador desde a primeira cena, sem desperdiçar nem um momento do nosso tempo e oferece uma história inteligente, cheia de sustos e que ainda deixa uma mosquinha de dúvida atrás da orelha….

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