quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica ‘What If…?’ | ‘Zumbis Marvel’ deixa gostinho de quero mais

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[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu ao quinto episódio de What If…?, não leia esta matéria para não receber spoilers.



A paixão dos fãs de Cultura Pop pelos zumbis é algo quase inexplicável. Anualmente, dezenas de produções sobre o gênero são lançadas e pouquíssimas trazem novidades ou o famoso frescor para esse estilo de filmes e séries. No entanto, seguem atraindo a atenção de muita gente por aí. Então, quando a Marvel anunciou que juntaria essa temática aos seus personagens em uma linha do tempo alternativa, gerou-se muita expectativa.

Nos quadrinhos, esse “ZumbiVerso” é bem popular, embora esteja longe de ser um consenso de aprovação. Essa “franquia” se inicia ali no início dos anos 2000, quando o gênero de zumbis estava em alta novamente. As HQs resolveram explorar essa temática e colocaram o Quarteto Fantástico para viajar até uma realidade alternativa, na qual os super-heróis foram determinantes para que a humanidade perecesse ante um vírus zumbi. Então, o Quarteto Zumbificado daquela dimensão revela que a viagem de suas contrapartes humanas foi planejada por eles, resultando num apocalipse zumbi na linha do tempo natal do Quarteto Fantástico “humano”.

Isso rendeu uma série que volta e meia ganha novos capítulos, spin offs e prequels. A maioria detonada pela crítica, claro, porque não agrega tanto ao universo e nem se torna tão memorável assim. Baseada nessa trama, a Marvel resolveu trazer os zumbis para o MCU por meio do quinto episódio de What If…?. As imagens do Capitão América zumbificado no trailer foram emblemáticas e deixaram os fãs muito ansiosos. Agora, será que o episódio foi isso tudo?

Bom, uma coisa que tem ficado nítida nas últimas semanas é que What If…? parece seguir uma sequência de um episódio morno e um episódio bom. Não a toa os melhores episódios foram justamente os do T’Challa das Estrelas e o Doctor Strangelove. O episódio dessa semana tinha bastante potencial para ser memorável, já que traz essa temática zumbi para a animação, que não costuma ter os mesmos limites de orçamento de um live action. Porém, a pressa em terminar o episódio faz dele uma boa introdução de uma série animada que não fazemos ideia se verá a luz do dia mais pra frente.

Isso porque a estrutura do roteiro faz uma introdução muito boa do vírus ser uma ameaça interdimensional, também é interessante ao mostrar os heróis sob a perspectiva de vilões e dos sobreviventes precisando se unir para tentar reverter a pandemia. Só que a trama abraça também o dinamismo dos filmes pop de zumbi, o que até dá certo nas telonas ao longo de 1h30 ou 2h de duração. O problema é que esse episódio dura cerca de meia hora, então acaba ficando muita coisa para digerir em pouquíssimo tempo. É como se ele não desse ao público tempo para apreciar o resgate de alguns personagens escanteados do universo regular dos filmes, como a Hope (Evangeline Lilly), o Kurt (David Dastmalchian), a Okoye (Danai Gurira) e o Happy (Jon Favreau), em prol de terminar logo o capítulo. E ver esses coadjuvantes assumindo papéis de protagonistas é muito interessante, porque dá para vê-los desenvolvendo relações e começando a se aprofundar, então vêm os zumbis e acabam com eles bem rápido.

Por outro lado, outros grandes heróis conseguem desenvolver ainda mais suas personalidades, como o Peter Parker tendo que liderar um grupo com seu otimismo – e efetivamente citando o nome do Tio Ben como parte importante de seu passado -, T’Challa (Chadwick Boseman) aparecendo num papel idêntico ao de sua versão dos quadrinhos, e Bruce Banner (Mark Ruffalo) voltando para a Terra para anunciar um apocalipse e tendo que enfrentar um outro tipo de cataclisma logo em seguida. São pontos legais que fortalecem ainda mais esses personagens fora das telonas.


De qualquer forma, por mais que algumas abordagens sejam muito boas, fica aquele sentimento de que poderiam ter desenvolvido mais a história. Na verdade, a sensação real que esse episódio passa é a de que a Marvel está usando o What If…? como um grande laboratório de testes para saber o que o público gostaria ou não de ver nas próximas produções, sejam elas filmes pro cinema ou séries para o streaming. Caso seja esse o propósito desta série animada, basta torcer para que o gancho deixado no último frame desse capítulo renda uma animação todinha ambientada nesse Universo Zumbificado Marvel o quanto antes, cheia de episódios, personagens e tempo de desenvolvimento. Assim, a sensação de episódio morno poderá passar, e todo mundo poderá mergulhar de vez nessa linha do tempo mortal.

Os novos episódios de What If…? estreiam toda quarta-feira no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Nos quadrinhos, esse “ZumbiVerso” é bem popular, embora esteja longe de ser um consenso de aprovação. Essa “franquia” se inicia ali no início dos anos 2000, quando o gênero de zumbis estava em alta novamente. As HQs resolveram explorar essa temática e colocaram o Quarteto Fantástico para viajar até uma realidade alternativa, na qual os super-heróis foram determinantes para que a humanidade perecesse ante um vírus zumbi. Então, o Quarteto Zumbificado daquela dimensão revela que a viagem de suas contrapartes humanas foi planejada por eles, resultando num apocalipse zumbi na linha do tempo natal do Quarteto Fantástico “humano”.

Isso rendeu uma série que volta e meia ganha novos capítulos, spin offs e prequels. A maioria detonada pela crítica, claro, porque não agrega tanto ao universo e nem se torna tão memorável assim. Baseada nessa trama, a Marvel resolveu trazer os zumbis para o MCU por meio do quinto episódio de What If…?. As imagens do Capitão América zumbificado no trailer foram emblemáticas e deixaram os fãs muito ansiosos. Agora, será que o episódio foi isso tudo?

Bom, uma coisa que tem ficado nítida nas últimas semanas é que What If…? parece seguir uma sequência de um episódio morno e um episódio bom. Não a toa os melhores episódios foram justamente os do T’Challa das Estrelas e o Doctor Strangelove. O episódio dessa semana tinha bastante potencial para ser memorável, já que traz essa temática zumbi para a animação, que não costuma ter os mesmos limites de orçamento de um live action. Porém, a pressa em terminar o episódio faz dele uma boa introdução de uma série animada que não fazemos ideia se verá a luz do dia mais pra frente.

Isso porque a estrutura do roteiro faz uma introdução muito boa do vírus ser uma ameaça interdimensional, também é interessante ao mostrar os heróis sob a perspectiva de vilões e dos sobreviventes precisando se unir para tentar reverter a pandemia. Só que a trama abraça também o dinamismo dos filmes pop de zumbi, o que até dá certo nas telonas ao longo de 1h30 ou 2h de duração. O problema é que esse episódio dura cerca de meia hora, então acaba ficando muita coisa para digerir em pouquíssimo tempo. É como se ele não desse ao público tempo para apreciar o resgate de alguns personagens escanteados do universo regular dos filmes, como a Hope (Evangeline Lilly), o Kurt (David Dastmalchian), a Okoye (Danai Gurira) e o Happy (Jon Favreau), em prol de terminar logo o capítulo. E ver esses coadjuvantes assumindo papéis de protagonistas é muito interessante, porque dá para vê-los desenvolvendo relações e começando a se aprofundar, então vêm os zumbis e acabam com eles bem rápido.

Por outro lado, outros grandes heróis conseguem desenvolver ainda mais suas personalidades, como o Peter Parker tendo que liderar um grupo com seu otimismo – e efetivamente citando o nome do Tio Ben como parte importante de seu passado -, T’Challa (Chadwick Boseman) aparecendo num papel idêntico ao de sua versão dos quadrinhos, e Bruce Banner (Mark Ruffalo) voltando para a Terra para anunciar um apocalipse e tendo que enfrentar um outro tipo de cataclisma logo em seguida. São pontos legais que fortalecem ainda mais esses personagens fora das telonas.


De qualquer forma, por mais que algumas abordagens sejam muito boas, fica aquele sentimento de que poderiam ter desenvolvido mais a história. Na verdade, a sensação real que esse episódio passa é a de que a Marvel está usando o What If…? como um grande laboratório de testes para saber o que o público gostaria ou não de ver nas próximas produções, sejam elas filmes pro cinema ou séries para o streaming. Caso seja esse o propósito desta série animada, basta torcer para que o gancho deixado no último frame desse capítulo renda uma animação todinha ambientada nesse Universo Zumbificado Marvel o quanto antes, cheia de episódios, personagens e tempo de desenvolvimento. Assim, a sensação de episódio morno poderá passar, e todo mundo poderá mergulhar de vez nessa linha do tempo mortal.

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